— Você notou também. – Kana sussurrou, caminhando ao lado de Legolas, que olhou de relance para algum ponto atrás da Sociedade. O elfo assentiu, falando tão baixo quanto ela:
— É Gollum. – A Uchiha lembrou-se da reunião, quando Legolas avisou do prisioneiro que escapou e observou o rosto melancólico do mais velho com confusão. – Ele não consegue ficar longe do Anel.
— Devo eliminá-lo, então? – Ela pergunta e o loiro faz uma careta com a facilidade que ela considera tirar uma vida.
— Não. Aragorn e Mithrandir também estão cientes da presença dele, mas o mago disse que não deveríamos tomar medidas drásticas. Há um papel a ser desempenhado por ele, embora qual, apenas o tempo poderá dizer.
— Mnnn... – A mulher diz, um pouco cética, quando Gandalf, que liderava, parou. Logo, todos estavam diante de Moria e a Uchiha ficou intrigada com a energia emitida das runas inscritas, quando o luar revelou à mesma.
— Está escrito: "As portas de Durin, senhor de Moria. Fale, amigo, e entre."
— Mas o que isso quer dizer? – Merry questionou.
— Ah, é muito simples, se for amigo basta dizer a senha e as portas se abrirão.
"Mn. Devia acontecer algo, certo?" Kana pensa, enquanto Gandalf fazia algumas tentativas de abrir a entrada com sua magia.
— Não aconteceu nada. – Pippin disse o óbvio e Kana notou Gandalf ficando um pouco constrangido e mal-humorado o que foi divertido de ver.
— Eu conhecia todos os feitiços em todas as línguas: dos elfos, dos homens, dos orcs... – Ele resmungou.
Quando Pippin novamente importunou Gandalf, sem o tato de ver que o bruxo estava pensando no que faria então, recebeu uma resposta ríspida. Kana decidiu sentar-se na pedra próximo a árvore então e não foi a única. Um a um, a sociedade tornou-se mais confortável enquanto o bruxo tentava descobrir qual seria a senha. Seu elfo preferido estava ao seu lado, observando o céu, mas para sua surpresa o anão decidiu-se sentar ao seu lado. Ela o fitou curiosa quando ele olhava hesitante para seus cabelos.
— Então... a senhora tem um prometido, Kana?
"O quê?"
— Uh? – Ela inclinou a cabeça, confusa. O anão apontou para sua cabeça.
— A trança. Na nossa cultura, diferentes tipos de tranças tem diferentes significados. A sua por exemplo, significaria que você tem um noivo.
Kana tocou seu próprio cabelo, a trança raíz bem apertada o penteado que ela decidiu usar durante a jornada para evitar que seus cabelos longos a atrapalhassem. Ela não perde a forma como o elfo ao seu lado parece fitar seus cabelos com mais atenção agora e isso a deixa nervosa.
— Oh. – Ela murmurou, ainda tocando o próprio cabelo. Kana balança a cabeça de forma negativa. – Não, sem prometidos, nem nada assim. Nunca tinha ouvido falar sobre tranças tendo tanto significado. – Ela acrescenta, com um brilho curioso e Gimli se anima, falando dos diferentes tipos de tranças e a importância de cada um, principalmente em batalhas.
— Vocês, elfos, também usam dessa forma, estou certo? – O anão diz para Legolas, tentando incluí-lo na conversa. Ele assente.
— Sim, embora seja mais para identificar nossas profissões e patentes. No restante das vezes, costuma ser uma questão estática ou, como Kana, de praticidade. Embora o comprimento de nossos cabelos sejam tão importantes quanto para os anões. Tê-los curtos seria um sinal de luto ou algo igualmente trágico.
Kana põe-se a fitar suas tranças laterais e o elfo sorri, respondendo a pergunta não dita:
— Significa que sou um guerreiro élfico com maestria em batalhas de longa distância. Aqueles de meu povo que tem preferência pela espada usa-o em outro estilo. Também indica minha arma de preferência, o arco. Algumas vezes, mesmo que de longe pareça o mesmo estilo, há uma variação sutil na forma como é trançado, e você pode saber que tipo de arma um guerreiro élfico usa... – Ele faz uma pausa, voltando seu olhar para Aragorn, que impediu os dois hobbits mais novos de continuarem a jogar pedras no lago. Kana e Gimli seguem seu olhar.
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Beyond Duty and Blood
FanficExiste uma nova criatura perigosa na Terra-Média. Legolas sabia que não era sábio procurar ser amigo de algo tão perigoso. Mas, novamente, também não era sábio para um elfo se tornar amigo de um humano e lá foi ele e o fez de qualquer forma. Então...