SECRET ADMIRATION? (SADIE SINK)

Capitulo 18

SADIE SINK POV

— o-o que?— pergunto não acreditando no que acabei de ouvir.

Jasmin suspira do outro lado.

— eu achei que ela tivesse te contado. — diz — S/n nasceu com um tipo de doença rara e incurável. Durante seu crescimento, ela fez vários tratamentos para que sua saúde ao menos melhorasse um pouco. Essa doença faz com que ela desidrate absolutamente rápido e que seu metabolismo seja mais lento do que o normal. Ela também tem convulsões, mas conseguimos que isso parasse com alguns remédios por um tempo. — há uma pausa do outro lado — ela quase morreu quando tinha 17 anos. Teve uma convulsão enquanto dormia. Foi um pesadelo.

— você está brincando, não é? — enxugo uma lágrima que caía. Ryan e Emily me olhavam preocupadas.

— eu queria poder dizer que sim. — responde — você já deve ter notado que ela está sempre com uma garrafa de água em tempos mais calorosos. —

FLASHBACK

Eu estava me preparando para correr na mata, alongando um pouco minhas pernas. Ao longe, vejo S/n lendo seu roteiro. Ela para e caminha em direção a uma pequena mesa, que ficava atrás de um dos cinegrafistas. Pega uma garrafa de água das várias que tinham ali e bebe um pouco. Percebo que ela iria me olhar e logo volto a me preparar.

[...]

— hey! — s/n fala se sentando ao meu lado. Tento disfarçar minha tristeza. levanto o olhar e olho para ela, dando um pequeno sorriso forçado. — você está bem?

— estou sim, só cansada, eu acho. — digo, mas eu sei que ela sabia que estava mentindo — é bom se hidratar mesmo, está fazendo calor. — digo, apontando para a garrafa em sua mão.

— é, eu posso morrer se não fizer isso. Literalmente. — diz um pouco baixo, mas eu escutei, olhando confusa para ela. — estou brincando. Você quer? — oferece a garrafa.

— não, obrigada! — digo olhando para frente e pensando no que ela havia dito.

[...]

— ela está demorando tanto. — Emily fala, suspirando cansada ao meu lado.

Emily, Ryan e eu decidimos acompanhar S/n até o aeroporto, onde sua irmã chegaria em alguns minutos. Estávamos todos bem, até Emily ficar falando a cada cinco minutos que Jasmim estava demorando, o que estava esgotando não só minha paciência, como a de S/n também.

Estava fazendo calor. S/n estava com sua segunda garrafa de água pela metade em suas mãos. Ela havia perguntado se também queríamos, mas negamos.

[...]

— relaxa, S/n! — Diz Emily enquanto conduzia o volante — se você está comigo, se considere estando com Deus.

— há muitas formas de interpretar isso. — ela diz — e acredite, eu tomei como a pior.

S/n pega uma garrafa d'água e bebe a metade rapidamente. Eu olho para ela e levanto as sobrancelhas.

— estava com sede mesmo, hum? —

— preciso me hidratar. — diz, voltando a beber o resto da água.

— relaxa, não é como se fosse morrer. — digo voltando a lixar minhas unhas.

S/n levanta as sobrancelhas e pega outra garrafa, olhando para a janela.

FLASHBACK OFF

Só então lembro dos sinais que ela dava frequentemente e eu não me importava, pois achava que ela só gostava de se hidratar. Eu me sinto péssima por deixar ela estar na situação que está agora, suando dentro daquele carro. Se ao menos eu soubesse...

— por que ela nunca me contou isso? — pergunto entrando no carro e colocando a cabeça de S/n em minhas pernas.

— medo, eu acho. — diz — ela queria que você a visse como uma pessoa normal e não um peso.

— mas ela nunca seria um peso! — digo enxugando as lágrimas e abanando o rosto avermelhado de S/n.

— ela não quer que você sinta pena. — continua — é tudo imprevisível demais, Sadie. Ela não queria que você soubesse para que não ficasse sobrecarregada com isso. Não queria que você pensasse que cada dia que passa seja o seu último, embora até ela mesma pense isso.

— ela deveria ter me contado! —

— sim, deveria. — diz — mas Sadie, ela já está conformada.

— conformada com o que? — paro, enquanto sentia meu coração deparar.

— que cada dia possa ser o seu último, como esse. — a voz de jasmim treme, indicando que ela chorava — todos tempos uma chance, Sadie. Mas não aquela pessoa que nasceu com uma sentença.

— ela não vai morrer! — digo convicta, tentando passar certeza para mim mesma, pois eu estava com medo.

— ela também dizia isso. — revela — até que aceitou.

— por favor, vem logo! — imploro com a voz embargada, olhando para S/n.

— é aquele? — ouço a voz de McCabe.

— sim! — responde Jasmin — estamos vendo vocês!

Olho através do vidro, vendo o carro que McCabe havia alugado se aproximando. Sorrio e olho para s/n.

— eles já estão chegando, meu amor! — digo para ela — por favor, aguenta firme!

O carro para ao lado do nosso e as portas se abrem rapidamente. Jasmim corre até a gente, chorando assim que olha para sua irmã. McCabe aparece ao seu lado, se colocando dentro do carro e pegando s/n nos braços. Ele leva ela para dentro do seu carro e Jasmim me abraça quando eu começo a me desesperar.

— vai ficar tudo bem! — diz ela, tentando me acalmar.

— desculpe, mas o que está acontecendo? — pergunta Emily, olhando para o carro de MacCabe.

— eu explico no caminho. — diz Jasmim — vamos!

[...]

Estávamos no carro de MacCabe, o ar-condicionado estava ligado e uma garrafa de água quase vazia estava em minha mão. Eu havia feito S/n beber de uma só vez, mesmo que ela ainda estivesse fraca. Ela havia acordado a alguns minutos com o remédio que sua irmã a deu e insistiu que continuássemos o caminho até o acampamento. Houve uma briga dentro daquele carro, pois todos descordamos com a ideia de continuar, mas S/n disse que essa era sua meta antes de morrer, o que nos fez ficar em silêncio e seguirmos o caminho.

Sua cabeça estava em meu ombro enquanto meu braço estava atrás de suas costas, abraçando-a de lado. Jasmim se vira para olhar sua irmã, pois estava no banco ao lado do motorista. Ela pega mais uma garrafa de água e da para ela, que logo começa a beber.

— vai ficar tudo bem. — sussurro para a garota em meus braços.

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Eita kakkakakaka

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