SECRET ADMIRATION? (SADIE SINK)

Capítulo 28 (Final)

S/N GRIFFIN SINK POV

era madrugada e eu era a única acordada naquela casa. Chovia como nunca lá fora e eu observava a chuva cair pela janela do meu quarto. Sadie dormia como um anjo em nossa cama, ressonando como sempre faz. Olho para ela, sorrindo com a visão calma e serena de minha esposa. Observo que o cobertor está mal colocado em seu corpo e estava fazendo frio. Fecho a persiana da janela e vou até Sadie, subindo o cobertor até seus ombros para que ela fique bem aquecida. Dou um beijo em sua testa e sorrio.

-- eu te amo, meu pequeno sol. -- sussurro.

A observo por mais alguns segundos e me dirijo para fora do quarto, fechando a porta atrás de mim. Caminho até a porta do quarto de meu filho, abrindo com cuidado para que não o acorde. O abajur estava ligado, Simon não gosta do escuro. Vou até ele, me sentando ao seu lado na cama. O cubro corretamente e observo seu rosto. Era engraçado a forma que ele parecia tanto com Sadie. Seus olhinhos também eram azuis e os cabelos eram tão ruivos quanto os de Sadie. As sardas em seu rosto e por todo o corpo branco como a neve também a lembravam muito. Mas os dois nunca haviam descoberto a existência um do outro até o dia em que fomos ao orfanato.

A decisão de adotar uma criança veio logo após o nosso aniversário de 3 anos de casamento. Sadie deu a ideia e eu aceitei de bom grado. Sempre soube de seu amor por crianças e de seu desejo de ser mãe. Tivemos quer ir a muitos orfanatos, pois a maioria não queria deixar um casal de duas mulheres adotar uma criança, até que conhecemos Mara, diretora de um orfanato em Los Angeles. Ela nos recebeu bem e não se importou pelo fato de sermos duas garotas tentando adotar uma criança. Ela nos apresentou várias delas e eu juro que, se não fosse por Sadie, eu adotaria todas elas. Simon nos chamou a atenção logo de cara, o mais quieto e afastado das outras crianças. Soubemos por Mara que o pequeno tinha dificuldade de socializar com as outras crianças e sofria bullying por isso.

Sadie foi a primeira a se aproximar dele. Sentou ao seu lado no balanço do playground que havia no orfanato e iniciou uma conversa. Eu observava de longe, dando espaço para que os dois se conhecessem. Simon parecia muito tímido com a presença da ruiva, então esperei o tempo certo para que eu fosse até os dois sem deixar o pequeno desconfortável. Fiquei admirada pela semelhança que os dois possuíam. Comentei isso com Mara, que estava ao meu lado. Ela também estava bastante surpresa. Lembro da forma exata que ela disse:

" -- uau, eu poderia jurar que eles são mãe e filho se não tivesse conhecido seus pais verdadeiros antes de morrerem."

Eu disse a ela que sentia muito. Sadie logo fez um breve aceno para que eu me aproximasse e assim eu fiz, com o olhar atento do garoto sobre mim. Ele me olhava desconfiado, mas não de um jeito ruim. Eu sabia que ele já havia sofrido muito e confiar fácil como as outras crianças, já não fazia mais parte dele.

-- essa é a minha esposa, S/n. -- foi o que Sadie disse, sorrindo para mim.

Me abaixei em sua frente, e olhei no fundo de seus olhinhos azuis.

-- é um prazer te conhecer, pequeno. --

-- prazer em te conhecer, também. -- ele se mantinha sério.

-- quantos anos você tem? -- pergunto, vendo o garotinho levantar quatro dedinhos das mãos -- quatro? Uau.

-- vocês são casadas. -- não foi uma pergunta.

Assenti.

-- sim. Você tem algum problema com isso? -- pergunto meio receosa. Sadie assistia nossa interação com um pequeno sorriso.

Simon negou com a cabeça.

-- por que eu teria? Amor é amor!-- ele olhou para Sadie e depois voltou a me olhar -- e é exatamente isso que vocês exalam; amor.