Depois da janta, viemos pro quarto e eu adormeço em minutos, acordo com uma gritaria no andar de baixo.
Tem uma mulher com um vestido tão curto que vejo sua bunda de cima da escada, ela tem unhas enormes e uma maquiagem bem escura, apesar do relógio mostrar que não são nem 10 da manhã.
Desço as escadas devagar e o olhar de Massimo e da mulher com os cabelos loiros viram pra mim, ela demostra nojo e o Massimo indiferença.
-Tudo bem?-Peço e ela revira os olhos.
-Me trocou por isso?-Ela aponta as unhas enormes pra mim.
-Fala direito com ela, porra.
-Com uma puta? Por que eu deveria fazer isso?
Ele vai até ela e a puxa pelos cabelos e aproxima o teu rosto da mesma.
-Deu Massimo. -Eu digo e ela me olha com os olhos cheio de lágrimas.
-Ele te deixa chamá-lo pelo nome?-Não entendo sua pergunta e viro o meu rosto.-Dom...por que está fazendo isso comigo? -Pergunta a mulher me assustando da forma que ela fala com ele. -Eu te dei tudo que você queria, aceitei ser tratada de qualquer forma, tudo por você...
-Talvez esse tenha sido o problema... -Eu digo meio baixo e ambos me olha, Massimo larga ela e a mesma fica caída no chão chorando.
-Eu te amo tanto Dom... -Ela tapa o rosto com as mãos e seu choro sai alto.
-Nunca me amou, amou o meu dinheiro. -Ele diz brabo e seu rosto está mais sério do que eu jamais vi.
-Eu sou a mãe do teu filho. -Ela diz com a voz chorosa, em lágrimas e a maquiagem borrada.
-Era a mãe do meu filho. -Ele diz grosso e vira o rosto, ele serve whisky em um copo e não consigo expressar nada, são 10 horas da manhã. -Ele está morto. -Ele diz frio.
Ela continua chorando e eu vou até ela.
-Quer um copo de água? -A mesma concorda com a cabeça e vou em direção a cozinha, pego a água para ela e volto entregando a ela o copo, ela se senta em uma cadeira e me sento no sofá observando o que está acontecendo.
-A gente não podia transar na cama dele, porque ele tinha nojo de mim. -Ela diz me olhando, ele bufa e vira toda a sua bebida de uma só vez. -Não podiamos transar sem camisinha, nem me beijar ele já beijou. -Continuo com a cabeça escorada prestando atenção. -Ele só queria comer a minha bunda, mal encostava na minha buceta. Se tu acha que ele já me chupou ou que eu já chupei ele sem a camisinha está muito enganada. -Arregalo os meus olhos e vejo ele passar a mão pelos cabelos.
-Tu é a porra de uma puta.
-Massimo, ela é a mãe do seu filho.
-Meu filho está morto.-Ele diz se levantando e me levanto também.
-Não bata nela como batia em mim. -Diz a mulher baixo e ele a olha com a sombrancelha erguida.
-Tu não é porra nenhuma, não tem moral nenhuma. É só uma puta. -Ele da um soco na mesa e o olho com um certo ódio dentro de mim.
-E como você acabou engravidando? -Eu pergunto pra ela e ela me olha surpresa.
-A camisinha estourou.
-E ocorreu tudo certo com o bebê?
-Ele nasceu com AIDS por minha causa. -Ela diz com os olhos cheios de lágrimas novamente.
-Eu não peguei nada. -Ele diz e não tinha nem passado isso pela minha cabeça.
-Perdi o Michel no dia que o teste de DNA testou positivo.
-E o Massimo conviveu com a criança?
-Não, ele o viu na vez que eu o trouxe aqui, ele nem encostou na criança. Pediu o teste de DNA, estávamos no hospital e duas horas depois o médico veio avisar que tinha dado positivo. O nosso filho nunca mais voltou, eles queriam fazer o exame de sangue para ter certeza e meu filho não voltou mais daquela sala.
Meus olhos se enchem de lágrimas.
-O Dom me deu um dinheiro e mandou eu ir embora, me sumir da vida dele. As vezes ele me ligava pra fazermos sexo, a final eu ganho dinheiro com isso e eu sou a única que aguentava ser espancada por ele.
-Eu sinto muito. -Digo baixo e sinto meu braço ser puxado, Massimo me olha nos olhos e suspira.
-Sobe Melissa.
-Eu não quero.
-Eu aceitei ser morta a partir do momento em que eu me deitei com ele, todas que passam em suas mãos estão condenadas. -Ela diz com as lágrimas descendo e eu não tenho expressão.
-Por que diz isso?
-Porque ele não ama ninguém além dele mesmo.
-Cala a porra da tua boca. -Ele diz soltando meu braço e indo em direção a ela, me meto no meio dos dois e ele me olha com seus olhos pegando fogo.
-Pelo amor de deus Massimo, vai bater na mulher que foi a mãe do teu filho? -Ele suspira e puxa o meu pescoço dando um beijo em meus lábios, sua mão se aprofunda em meus cabelos e suspiro ao sentir sua língua na minha boca, ele me beija com delicadeza como se tivesse todo o tempo do mundo.
-Ou talvez não amava. -Ela diz baixinho e o Massimo se afasta, ele me dá um selinho e segura a minha cintura com firmeza na frente dele, sinto o seu membro bater em minha bunda, acho que sei o motivo dele me mater aqui imóvel.
-Olha, eu não consigo imaginar a dor que você sentiu a passar por uma dor tão horrível, mas eu de verdade não sei o que eu posso fazer pra te ajudar. -Digo e escuto ela suspirar.
-Eu voltei, por que achei que ele iria me ver e sei lá...me amar.-Ela diz baixinho a última parte
e me sinto mal por ela.-Eu sinto muito.-Digo e ela sorri tentando disfarçar a tristeza.
-Tudo bem, não é sua culpa. -Ela pega a bolsa com estampa de cobra e vira as costas , antes de sair pela porta completamente ela se vira e encara ele por alguns segundos, depois seus olhos vem pra mim e ela limpa a lágrima que escorreu. -O primeiro amor de Dom Massimo. Está mais condenada que todas nós.
-Por quê? -Peço sentindo a minha voz falhar e a mão de Massimo se aperta mais ainda em minha cintura.
-Nós éramos apenas descartáveis, éramos fodidas, tanto dentro da cabeça quanto no corpo, nos apaixonavamos por ele, mesmo sabendo que nunca iríamos receber esse amor de volta e depois éramos jogadas fora. Mas você não, ele nunca te deixará ir embora, porque diferente de nós ele te ama, você fez ele te amar, ele não sabe disso, talvez você também não. Você conseguiu aquilo que milhares de mulheres tentam a anos, e talvez isso não seja tão bom quanto você imagina.
A mulher sai pela porta me deixando nervosa e fazendo eu encarar o Massimo que está sério e com o maxilar travado, agora trata de saber, por ele sentir esse amor por mim, eu vou ser sua salvação ou ele a minha ruína?
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Perigosa Atração
RomanceCom 17 anos já estar em uma clínica psiquiátrica por tentar se matar diversas vezes, Melissa já está acostumada com isso, a tristeza já tomou conta dela, mas tudo tem mudado desde que esse novo médico chegou. -Para com isso.-Ele diz brabo. Parar co...