Capítulo 5| Negócios

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-Porra Melissa

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-Porra Melissa...-É tudo o que ele diz antes de encostar os nossos lábios, ele começa me beijando sem a língua e acho que dá pra notar que não tenho partica alguma.

Quando ele pede permissão com sua língua eu abro minha boca, ele me engole como se eu fosse a melhor coisa do mundo. Sentir os dedos dele apertando a minha garganta como se tivesse me enforcando. Sua mão vai direto pra minha bunda fazendo eu arfar e sentir algo duro em meu estômago, imagino que seja a pau dele. Ele bufa e eu passo minhas mãos pelas suas costas a arranhando levemente enquanto ele não desgruda nossos lábios.

Nos afastamos por estarmos sem ar e ele me joga na cama, subindo em cima de mim e distribuindo beijinhos pelo meu rosto. Ele me dá um selinho e começa a descer, chupando a minha pele sensível do pescoço e depois indo para os meus seios, ele tira a minha blusa e vejo seus olhos brilharem.

Ele caí de boca neles e meu corpo arfa pela nova sensação, sinto o pau dele duro feito rocha me pressionando.

Escuto uma batida na porta e me assusto, olho pro Massimo que está claramente irritado.

-O que é porra?-Ele grita e escuto a voz do homem que me trouxe até aqui.

-Massimo, temos que resolver algumas coisas.

-Agora eu não posso caralho.

-Mas...

-Sai daqui porra.-Ele diz e não escuto mais nada, olho pra ele que volta a me beijar e logo depois se afasta.

-O que foi? -Pergunto preocupada. -Fiz algo de errado?

Ele me olha sério veste uma roupa e sai, me deixando sozinha nesse quarto enorme e nua.

Coloco a camiseta novamente e me deito, sinto as lágrimas tomarem conta dos meus olhos, será que eu fiz algo errado? Ou ele não gostou do meu corpo?

Acordo e vejo uma senhorinha largando uma bandeja, ela não diz nada e sai do quarto. Como a comida, era ovos com torrada. Tomei um suco de laranja também. Tomo outro banho, e assisto TV.

Vejo a porta ser aberta e Massimo entra calmamente, ele está com olheiras fundas e com sua mão sangrando.

-O que aconteceu?-Pergunto praticamente apavorada.

-Segunda gaveta do banheiro. -Ele só diz isso e se senta na cama, vou até o banheiro e acho uma caixa de primeiro socorros onde ele deu as instruções.

Me sento ao lado dele e faço um curativo em seus dedos.

-Me conta o que aconteceu...-Eu digo após terminar de fazer tudo e voltar do banheiro.

-Matei o cara que tentou te estuprar noite passada. -Meu deus eu não acredito que ele fez aquilo, não é certo é como se fosse culpa minha, como se a assassina fosse eu. -Esse homem matou o meu filho. -Eu nem sabia que ele teve um filho. Caio sentada ao lado dele e sinto lágrimas tomarem conta dos meus olhos, de novo.

-Eu quero ir pra casa...-Digo mais como um sussurro e ele me olha sério.

-Não.

-Como não? E o nosso acordo?

-Nosso acordo era que eu ia te tirar da porra do hospício e não que eu iria deixar você voltar pra casa.

-Tu não tem que deixar nada, eu vou voltar pra minha casa. -Digo me levantando e ele se levanta também, esse homem é muito alto puta que pariu.

-O teu pai te espancava, garota. Tu não vai voltar. -Caio na cama como se tivesse perdido a coisa mais importante do mundo, minha liberdade. O que esse homem quer comigo? O que eu fiz de tão ruim pra ele que ele não me deixa em paz?

-Por favor, Massimo, ele não vai fazer mais. -Digo isso e ele nem me responde e sai de novo pela porta a batendo. Do nada ele volta e bate a porta de novo.

-E quem é Gabriel?-Ele pergunta brabo, puta merda nem lembrava mais dele.

-Um amigo.

-Amigo? -Ele grita.

-Ta gritando por quê?

-Eu quero saber quem é.

-Eu já falei que é um amigo.

-Um amigo...que te visitava 3 vezes por semana?

-Como tu sabe disso?

-Eu quero saber quem ele é.

-Meu namorado.-Digo alto e ele me olha com uma sombrancelha levantada. -Não era isso que tu queria ouvir? Ele é meu namorado.

-Então tu mentiu? Tu não era tão inocente assim, não é mesmo?

-É com isso que tu tá preocupado agora? -Dou uma gargalhada.

-Eu quero saber por que você mentiu pra mim.

-Eu não menti, eu nem gosto dele, minha mãe me obrigou a namorar com ele, mal pegavamos na mão, nunca ficamos sozinhos no mesmo ambiente. Eu não menti.

-Tu gosta dele?

-Não. -Ele me olha de cima a baixo e bufa saindo de novo pela porta, esse homem tem sérios problemas.

Acordo e sinto que estou dentro de algo em movimento.

-Pra onde estamos indo?-Pergunto baixo por estarmos de certa forma brigados.

-Inglaterra.

-Fazer o que?-Ele levanta o olhar do celular pra mim e vejo raiva em seus olhos.

- Negócios.

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