Aproveitando que o dia estava um pouco quente, Ângela a levou até a área externa. Lá era muito ventilado, o vento batia com vontade.
- Gosta de nadar?
- Amo. Não faço com frequência porque onde moro não tem.
- Bom, fica a vontade então. A propósito, sua casa é linda, Angie.
- Gostou? Planejei ela com muito cuidado.
Por breves segundos de silêncio Ângela conseguiu vizualizar aquela área em um sábado a tarde, os filhos e a família dela ali em um almoço e ela sorriu sutil sem perceber.
- Terra chamando. — Maria foi engraçada ao chamá-la.
- Desculpa, disse alguma coisa?
- Você estava longe.
- Não... — Ângela lhe abraçou na cintura. — Na verdade eu estava bem aqui.
Naquele sábado elas saíram para almoçar juntas em um lugar que havia mesas de jogos, elas ainda ficaram algumas horas em uma sinuca e Maria estava surpresa com as habilidades de Angela.
- Que isso! Você não perde? — Ângela riu levantando um copo com cerveja como um brinde no ar e bebeu em seguida.
- Podemos? — uma moça mais jovem apareceu ao lado delas. — Uma partida, sem apostas de nada.
- Ok. — Ângela concordou e Maria sentou ao lado rindo.
A partida estava lado a lado, a música era agitada mas baixa, era um bar com pouca luz mas elas gostaram de lá, as jogadoras não falavam nada.
- Bom... Se você acertar agora, acho que temos uma vencedora. — A mulher disse sorrindo para Ângela.
- Tenho que admitir que parece difícil mas vamos lá, não vou fugir.
- Espero que não.
Maria sentiu uma pontinha de ciúme que por ser tão bobo, se forçou a ignorar. Ângela acertou a final, venceu por pouca diferença. A mais jovem de cabelos castanhos claros se aproximou lhe oferecendo a mão.
- Ok, meus parabéns, você realmente é muito boa nisso. — Ângela riu segurando sua mão.
- Você também é, dei sorte.
- Bom, te ofereço uma bebida?
- Como? Oh, não... — Ângela riu.
— Agradeço mas estou acompanhada, muito bem acompanhada por sinal. — ela olhou para Maria.- Acho que entendi. Mas olha, de qualquer forma foi um prazer. A acompanhante também tem sorte. Boa noite.
Ângela não estava acostumada, aquilo lhe causou graça, diferente porém de uma Maria muito séria lhe olhando.
- Eu juro que não tive culpa!
- Você gosta, não é?
- De você? — Ângela lhe abraçou pela cintura, ajeitou melhor seus cabelos para um lado e lhe deixou um beijo rápido na boca.
- Vai na minha casa hoje?
- Dona Maria Elisa, que maneira pouco romântica de me chamar, estou ofendida. — A maneira de Ângela falar fez Maria rir alto.
- Ok. Angie, meu bem... Me leva em casa e não vai embora, fica comigo essa noite? — Maria acaricou seu rosto.
- Com toda certeza irei.
Elas estavam no carro indo para o apartamento de Maria, riam muito dentro do carro e inclusive quando subiram. Maria brincava de dançar para Ângela que estava adorando.
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A número 43
Fiksi PenggemarNúmero 43 ganha um nome em uma história com descobertas, segredos, coragem e porque não... amor. Maria Elisa entrará na difícil busca do que de verdade é viver ainda dentro da prisão.