Capítulo 23

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Aproveitando que o dia estava um pouco quente, Ângela a levou até a área externa. Lá era muito ventilado, o vento batia com vontade.

- Gosta de nadar?

- Amo. Não faço com frequência porque onde moro não tem.

- Bom, fica a vontade então. A propósito, sua casa é linda, Angie.

- Gostou? Planejei ela com muito cuidado.

Por breves segundos de silêncio Ângela conseguiu vizualizar aquela área em um sábado a tarde, os filhos e a família dela ali em um almoço e ela sorriu sutil sem perceber.

- Terra chamando. — Maria foi engraçada ao chamá-la.

- Desculpa, disse alguma coisa?

- Você estava longe.

- Não... — Ângela lhe abraçou na cintura. — Na verdade eu estava bem aqui.

Naquele sábado elas saíram para almoçar juntas em um lugar que havia mesas de jogos, elas ainda ficaram algumas horas em uma sinuca e Maria estava surpresa com as habilidades de Angela.

- Que isso! Você não perde? — Ângela riu levantando um copo com cerveja como um brinde no ar e bebeu em seguida.

- Podemos? — uma moça mais jovem apareceu ao lado delas. — Uma partida, sem apostas de nada.

- Ok. — Ângela concordou e Maria sentou ao lado rindo.

A partida estava lado a lado, a música era agitada mas baixa, era um bar com pouca luz mas elas gostaram de lá, as jogadoras não falavam nada.

- Bom... Se você acertar agora, acho que temos uma vencedora. — A mulher disse sorrindo para Ângela.

- Tenho que admitir que parece difícil mas vamos lá, não vou fugir.

- Espero que não.

Maria sentiu uma pontinha de ciúme que por ser tão bobo, se forçou a ignorar. Ângela acertou a final, venceu por pouca diferença. A mais jovem de cabelos castanhos claros se aproximou lhe oferecendo a mão.

- Ok, meus parabéns, você realmente é muito boa nisso. — Ângela riu segurando sua mão.

- Você também é, dei sorte.

- Bom, te ofereço uma bebida?

- Como? Oh, não... — Ângela riu.
— Agradeço mas estou acompanhada, muito bem acompanhada por sinal. — ela olhou para Maria.

- Acho que entendi. Mas olha, de qualquer forma foi um prazer. A acompanhante também tem sorte. Boa noite.

Ângela não estava acostumada, aquilo lhe causou graça, diferente porém de uma Maria muito séria lhe olhando.

- Eu juro que não tive culpa!

- Você gosta, não é?

- De você? — Ângela lhe abraçou pela cintura, ajeitou melhor seus cabelos para um lado e lhe deixou um beijo rápido na boca.

- Vai na minha casa hoje?

- Dona Maria Elisa, que maneira pouco romântica de me chamar, estou ofendida. — A maneira de Ângela falar fez Maria rir alto.

- Ok. Angie, meu bem... Me leva em casa e não vai embora, fica comigo essa noite? — Maria acaricou seu rosto.

- Com toda certeza irei.

Elas estavam no carro indo para o apartamento de Maria, riam muito dentro do carro e inclusive quando subiram. Maria brincava de dançar para Ângela que estava adorando.

A número 43Onde histórias criam vida. Descubra agora