Visita.

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Os dias atípicos estavam virando rotina na vida de Alicia e Raquel. Após uma manhã repleta de papéis para assinar e documentos para preencher, tiveram que passar a tarde correndo atrás de um bandido que mais parecia o mestre dos magos: sumia do nada. Se não fosse por seus colegas de trabalho que também tinham o visto, poderíam jurar que havia sido uma miragem e que estavam enlouquecendo, provavelmente por conta do estresse coletivo naquela delegacia. Mas, felizmente ainda tinham sanidade e, portanto, respiraram fundo, chamaram mais reforços e traçaram uma boa estratégia que foi crucial em sua captura.

Ao retornarem à delegacia, foram dispensadas, pois além de trabalharem muito todos os dias, estavam chegando mais cedo que o normal, já planejando uma folguinha ou o mais perto disso possível, uma vez que teriam que dirigir até Valência para buscar Nick, já que Raquel sentiu-se insegura em deixá-lo viajar sozinho logo de primeira e Alicia a apoiou nessa, pois como policiais enxergavam o mundo real por outra óptica e não queriam ele em perigo.

Alicia's Point Of View.

No banheiro, Raquel já tomava banho na área aberta das duchas. Parecia concentrada apoiava uma mão no pequeno muro que separava um chuveiro do outro e jogava a cabeça para trás, se deliciando mesmo com a água fria. Esse lado da delegacia me lembra muito a Academia de Polícia, é nostálgico.

Tranquei a porta principal com muita cautela para não ser percebida por ela, pois não queria nem chamar a sua atenção e nem que ninguém entrasse–Apesar de que raramente alguém aparece por aqui–, peguei meu kit de higiene no armário e tirando a roupa e deixando rastros me guiei até ela, agarrando-a por trás.

Se assustou brevemente pensando que estava em perigo e quase me bateu com sua escova de cabelo como se eu fosse lhe assaltar, mas segurei seu pulso e ao reconhecer a minha mão com unhas pintadas de vermelho vinho, relaxou e começou a reclamar.

Tomei o objeto de sua mão vagorosamente e afastaei seus cabelos molhados do seu ombro esquerdo, beijando seu pescoço por alguns longos segundos e sentindo sua respiração pesando instantaneamente.

Coloquei o objeto que estava em minha mão sobre o muro de um metro e meio que nos cercava, desliguei o chuveiro e acessei o seu sabonete líquido, espalhando em seu corpo encharcado com as duas mãos. Comecei pela barriga, pressionado suas costas contra o meu corpo e fui subindo para seus seios, apertando-os e estimulando seus mamilos enquanto sentia que ela ficava cada vez mais tensa, parecendo esquecer como respirava corretamente.

Parei os lentos movimentos em sua cintura, empurrando-a contra a parede ainda de costas para mim. E em supresa, espalmou ambas as mãos e encostou um dos lados do rosto no local, mantendo a boca entreaberta e olhar caído. Estava em transe.

Juntei minhas mãos com as suas, entrelaçando os nossos dedos e encaixei nossos quadris, suspendendo uma das pernas para tocar sua intimidade enquanto esfregava a minha em sua bunda empinada.

Encheu os pulmões de ar de uma só vez e levou as mãos até as laterais as minhas coxas, apertando-as com força em beliscão. Encarei o seu rosto e negou com a cabeça engolindo seco. Me afastei.

—Aqui não.–Disse quase sussurrando, ainda desconcertada.

Se virou de frente para mim com a cabeça baixa, se recuperando da minha pequena surpresa e olhou em meus olhos, antes percorrendo todo o meu corpo.

—Podem nos pegar.–Explicou.—Chega de adrenalina por hoje.–Brincou sobre a operação que lideramos naquela manhã.

Sorriu e a puxei pela cintura, dando-lhe alguns selinhos demorados. Depois, lhe soltei, ligando o chuveiro de uma vez sobre a mesma, antes que começasse a reclamar.

Tentativas. || Ralicia [AU]Onde histórias criam vida. Descubra agora