Em família.

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A manhã seguinte havia sido muito bem aproveitada pelo trio. Acordaram, higienizaram-se, tomaram seus cafés e olharam algumas fotos que o garoto tinha tirado com o seu celular de todos os porta-retratos espalhados pela sua casa e álbuns bem guardados no escritório do seu pai.

—Oh Meu Deus!–Raquel se encantou por uma das que Nick mostrava.

—Essa?–Deslizou o dedo para a direita, voltando para a imagem.

—Sim.–Ele entregou o aparelho para a loira.—Olha como você era pequeno, molinho ainda. Acho que tinha acabado de completar dois meses.–Sorriu para a tela com os olhos brilhantes.—Foi a minha primeira vez te dando banho.–Disse olhando para ele, que sorriu sem mostrar os dentes.

—Caramba!–Alicia se aproximou da loira.—Não parece ter passado tanto tempo.–Fitou o garoto.—Mas olha para você, está quase adulto. Bom, pelo menos na idade. O juízo não mudou muita coisa.–Acabou zoando o menino, que riu e negou com a cabeça.

—O tempo não passou só para ele, Ali. Olha para nós. Estávamos tão jovens e radiantes.

—É a dinda aqui?–Apontou para uma mulher sentada na cama ao lado da banheira verde, estranhando, pois não parecia muito com a ruiva. Além de bem muito mais nova e com um estilo diferente, a foto havia saído um pouco escura já que estava atrás de Raquel e do baby Nick, que eram o foco do flash.—Nossa!

—Ei, eu nem mudei tanto assim, garoto! Ainda sou bem jovem, se quer saber.

—Claro que mudou. Está mais bonita.

—Ah, para de ser puxa-saco, moleque!–Deu um tapinha na nuca dele e riram.

—Eu me lembro desse momento como se fosse hoje.–Disse Raquel, bastante nostálgica.—A gente estava ansiosa para te ver, pois com a carreira começando, tudo estava muito corrido e era quase impossível termos tempo para qualquer coisa que não envolvesse a palavra "crime".

—E quando ela fala ansiosa, acredite! Compramos tanta coisa até chegar esse dia... Fizemos, praticamente, um segundo enxoval.

—Sim...–Raquel sorriu e fitou Alicia.—Nosso primeiro afilhado.–Passou a mão nos cabelos dele.

—Continuem.–Ele estava super interessado na conversa.

—Bom... Chegamos na casa dos seus pais e eu estava tão anestesiada que parecia que eu iria entrar em trabalho de parto a qualquer momento. Foi uma sensação diferente...–Comentou, levando a mão ao peito, franzindo a testa ao lembra-se exatamente da mesma sensação.

—Eu lembro. Inclusive, de se preocupar com o Nick não gostar de você, chorar muito no seu colo ou até mesmo lhe melar de merda. Você estava apavorada! Nunca havia te visto dessa forma.

Sorriram uma para outra.

—Muito apavorada.–Corrigiu.—Só passou quando seu pai o trouxe para perto e você nos encarou fixamente.–Se dirigia ao menino, alisando o seu rosto.

—Ei, conta a história direito, Raquel!–Interrompeu.—Na verdade, você encarou ela sem muita emoção, mas para mim deu até um sorrisinho de lado bem sem vergonha.–Raquel revirou os olhos.—Desde sempre já deixou claro que era a sua preferida.–Provocou.

—Calma, meninas. Não briguem por mim. Tem Nick para todo mundo.–Falava esbanjando confiança, passando a mão no topete. Piscou um dos olhos.

—Deus! Como são iguais.–Raquel reclamava, comparando a personalidade dos dois.

Continuaram a conversa de onde haviam parado, contando em detalhes como foi esse grande encontro do pequeno Dominik com as suas madrinhas.

Tentativas. || Ralicia [AU]Onde histórias criam vida. Descubra agora