- imperfeitas.

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Thomas  Stanley    

     Bem, Catarina me pediu calmamente para que eu ficasse preso em seu quarto, enquanto ela fazia sei lá o que! Sabe o que é mais estranho? Eu acho que ela precisa da minha ajuda. Suas expressões por mais que tentassem transmitir paz e tranquilidade, algo também a prendia. Ela claramente não estava feliz e eu como um bom namorado, tenho que ajudar!

—  ISSO! Vou ajudar minha Catarina. —  Digo destemido indo abrir a porta.

—  Mas como eu vou ajudar ela? —  Tiro minhas mãos da maçaneta e volto para a cama, na esperança de alguma ideia incrível vir a minha mente.

       Eu simplesmente estava largado e destinado a sofrer até a eternidade nesse enorme quarto decorado com pôsteres grudados na parede.

—  Catarina, por que você tem tantos homens colado na sua parede? —  Olho para eles.

—  Ui, vocês me assustam! —  Paro de olhar com medo.

     Eu não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo. A única coisa que dava para saber é que alguém está falando, ou melhor, perguntando se poderia entrar. Mas logo depois disso, tudo ficou em silêncio.

Será que é feio escutar a conversa dela? Sim, Tom. É feio!

  A Catarina não iria ficar feliz, e eu não seria um namorado perfeito dessa forma...

   E se ela estiver em apuros? Que nem a MJ no desenho, se o homem aranha não tivesse escutado aquela conversa não iria saber que a MJ estava em apuros. Quer saber? Escutar um pouco não faz mal! Até porque o que os olhos não veem, o coração não sente, né?!                                    
   Me ajoelhei no chão, entretanto, essa coisa chamada de calça me impediu de ficar ajoelhado de forma confortável.

Urgh, calças são horríveis! Como a Catarina consegue ficar usando isso?

Não me aguentei e tirei somente a calça jeans. Deixei minha blusa vermelha no corpo porque me remetia ao homem aranha, me deixando dessa maneira feliz!

—  Olha, eu sei que você está brava comigo e tem total direito por isso! Eu tive uma semana e um mês complicado no trabalho. E ao ver que você estava me cobrando para que eu fosse mais presente, me sufocava sabe? Eu queria e quero ser um namorado presente! Mas não posso ser assim sem o nosso relacionamento, poxa Cat você me faz muito bem! Será que não posso receber uma segunda chance? —  A voz era bem grave, só de escutar me causou arrepios na espinha!

—  Alex, é o seguinte. —  Uh! Então o nome do rapaz é Alex? Que nome estranho.

—  Você acha que pode vir na minha casa depois de ter me falado aquilo tudo? E ainda acha que eu vou te dar uma segunda chance só porque você me pediu desculpas? Tá legal, fora da minha casa.

—  Eita, ela está brava! Hihi minha namorada está brava. — Digo com um
sorriso orgulhoso no rosto.

MEU DEUS MINHA NAMORADA ESTÁ BRAVA!

—  ESSE TAL DE ALIEN, SEI LÁ O QUE A DEIXOU BRAVA? Eu vou matar ele. —  Olho no espelho e faço uma cara de bravo.

—  Uh! Isso ficou muito legal. Bate aqui! —  Bato no espelho e ele racha.

—  Aí caramba. E agora? Já sei. —  Cubro com o lençol, como se nada tivesse acontecido!

—  Lindo amorzinho. Só espero que a Catarina não veja isso.

—  Catarina, olha eu sei, tá legal? Eu sei que falhei, e falei coisas horríveis sobre você!  Mas para de pensar um pouco em si mesma e pensa um pouco em nós dois. Você era feliz ou não quando estávamos namorando? —  Paro de olhar para o espelho e volto a escutar a conversa.

Meu namorado imperfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora