- Estou indo. – me levantei. – Vamos lá! Você consegue. – essas são as minhas últimas palavras antes de abrir a porta.- Você está linda. – reviro meus olhos.
- Como vou saber que não envenenou minha comida? – pergunto descendo as escadas.
- Eu não ia fazer isso. – me acompanha.
- Você também disse que ia me deixar em paz e olha no que deu! – minhas palavras foram em tom de sarcasmos.
Me sento no balcão e o Alex vai até ao fogão e pega uma panela com macarrão dentro.
- O que isso?
- Não reconhece, querida? – quando Alex coloca em meu prato pude perceber que era umas das minhas comidas preferidas feitas por ele. Macarrão ao molho branco e camarão.
Um dos meus dons preferidos do Alex, era seus dotes na cozinha! Ele era simplesmente perfeito cozinhando. Eu estava faminta, portanto não estou confiante.
- Come uma garfada! – aponto para meu prato.
- Mas...
- Coma, ou então eu não janto. – por baixo dessa pessoa abusiva, existe alguém que se importa comigo e que sabe dos meus problemas passados com comida.
Ele respira fundo e come.
- Viu? Não estou morto. – fico olhando para o prato e para ele. – Qual é, Catarina.
- Tá! – pego o garfo e começo a comer, meu Deus que coisa tão gostosa! Odeio admitir, mas a comida está ótima.
Foi um silêncio total, depois de comer me levantei da mesa e lavei a louça que usei. Ficar naquela casa estava me trazendo uma sensação péssima, eu não sabia que tinha beijado o Alex em todos os locais dessa casa!
Depois de tudo pronto volto para minha posição anterior, sentada no balcão ao lado do Alex. Crio coragem e quebro o silêncio que estava no cômodo.
- Quando vai me levar para vê-lo? – pergunto e o mesmo se levanta pegando uma venda, que estava em seu bolso.
Ele vai colocar isso em mim?
Brincadeira, né?
- Coloca isso. - me entrega o pedaço de tecido.
- Eca, eu lá sei onde você enfiou isso? - o olho com cara de nojo.
- Vai logo, Catarina! Você me odeia tanto assim? - ele me olha e percebe o que acabou de falar. - Não responde.
Não aguentei e soltei uma pequena risada, mas meu sorriso se desfez assim que percebi que eu realmente teria que colocar aquela venda. Coloco e vou fazendo birra até chegar ao carro. Aí você me pergunta, como você conseguiu ir andando até lá? O tecido não estava tão apertado e além do mais, o tecido era quase transparente.
Não sei se o Alex foi burro por ter pegado uma venda assim, ou tudo faz parte do plano dele. Prefiro a primeira opção!
Alex pisou o pé no acelerador e começou a entrar em umas ruas que eu nunca tinha visto na minha vida, confesso que fiquei assustada. Porém, continuei calada para não acabar com meu disfarce.
Chegamos em uma espécie de garagem ou uma casa bem velha, ou melhor, bem protegida! Haviam diversos guardas espalhados pelo local, que inclusive um veio em nossa direção. O homem era tão forte e grande que causou um arrepio enorme em meu corpo! Ok, esse realmente me dá medo.
- Abram as portas. Ela vai ver o garoto. - Alex fala para o guarda. - Pode tirar a venda, já chegamos.
Sério? Nem percebi!
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Meu namorado imperfeito
Romance"Prestem atenção nos bilhetes que vem dentro dos biscoitinhos da sorte!" Este seria o conselho ideal para a Catarina Martins. Era uma manhã normal como as outras até seu namorado mandar uma mensagem á perguntando se ela poderia encontrá-lo na cafet...