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Babi on

De sexta pra cá tudo desandou de um jeito absurdo.

Eu beijei um detento, cheguei atrasada no jantar importante do Bruno, fui pedida em casamento, contei da minha traição, briguei feio com o meu namorado ....

Já é terça-feira feira e os acontecimentos de sexta ainda estão me perturbando.

Bruno quer saber quem foi, ele me disse o seguinte.

" sei que eu fui um namorado de merda nesses últimos meses. Mas é porque eu amo você e me preocupo com a sua segurança. A gente pode superar isso, mas você precisa me dizer quem foi"

Ele está disposto a perdoar a traição e reatar o relacionamento.... Nem sei o que comentar.

Coringa: você parece estar no mundo da lua.- ignoro o comentário dele.

Considero o escritório mais dele do que meu.

Babi: você não vai me dizer o que aconteceu na sexta ?

Coringa: a gente se beijou e você cortou o clima indo embora.

Babi: eu tô falando da surra que você levou. Tem como você esquecer essa história de beijo ?

Coringa: deixa que da minha surra cuido eu. E sobre o beijo, não vou esquecer.

Babi: ridículo.

Coringa: você passa o dia todo atrás dessa mesa - ele resmunga - que chatice.

Babi: eu fico bem atrás da mesa.

Coringa: ficaria bem melhor em cima dela.

Babi: você vai passar o resto dos seus dias aqui flertando comigo ?

Coringa: viu só ? Você já me conhece tão bem.

Babi: ridículo. Você quer me contar como que óleo de cozinha foi parar no topo das escadas ? Um dos meus funcionários caiu e se machucou feio.

Coringa: sei lá, tenho cara de quem guarda óleo de cozinha ?

Babi: nossa, te odeio demais.

Coringa: sei ....- sinto o pé dele roçando a minha canela- sabe, o vestido de sexta ficou muito bom em você. Deve ter chamado muita atenção .....

Babi: não começa.

Coringa: por que a gente não senta um pouco no sofá ?

Babi: não.

Coringa: você não quer ? - ele se levanta e vai até o sofá se sentando- vamos, docinho. Eu sei que você quer.

Babi: você não sabe nada sobre mim.

Coringa: você tem uma mania de mexer no cabelo o tempo todo, fuma que nem um chaminé quando tá nervosa, gosta do que faz mesmo não tendo apoio nem do seu namorado babaca, você cozinha muito bem e tem um vício em cafeína, tô nessa sala a pouco tempo e já vi você tomar três canecas.... Eu sei algumas coisas sobre você, e se você cooperar vou saber mais.

Me levanto da minha cadeira e me aproximo do sofá onde ele está sentado.

Babi: também sei algumas coisas sobre você. Você é o maior criminoso do país, tem uma ficha criminal tão grande que chega a assustar, e é profissional em manipular e eu sou a vítima da vez.

Coringa: qual foi, docinho?  - ele sobe a mão pelo meu joelho - o que você sabe sobre mim de verdade ? Fiquei curiosos, vai lá .

Babi: você é pior que criança pra comer, reclama de tudo. É bem irritante- ele concorda - tem vício em bala de cereja, tá sempre com uma na boca. E tem toc , sempre que um guarda revira a sua cela você põe tudo no exato lugar que estava.

Coringa: esqueceu o mais importante. Eu tenho uma quedinha pela diretora da prisão.

Babi: você não tem uma quedinha por mim, só quer me usar.

Coringa: acho que nós dois podemos nos usar no momento - ele fica de pé na minha frente- vai me dizer que você não tá curiosa pra saber se aquilo na sexta foi uma exceção ou a gente tem realmente uma química foda.

A mão dele para na minha cintura e puxa o tecido da blusa social de dentro da minha calça. Quando a mão dele toca a pele da minha barriga meu corpo todo fica tenso.

O olhar dele permanece fixo no meu enquanto ele desliza o dedo pela base do meu sutiã. O rosto dele se aproxima do meu pescoço, quando ele me beija ali meu corpo todo se arrepia.

Isso não devia ser tão bom, não devia parecer uma novidade. Mas é bem diferente do que eu estou acostumada.

Ele chupa a pele do meu pescoço e na mesmo hora aperta meu peito por cima do meu sutiã. Não consigo evitar o som que sai da minha garganta.

Coringa: não foi uma exceção- ele murmura quando mordisca o meu queixo- não dá pra negar a química ...

Victor tira a mão do meu peito e desce até o botão da minha calça.

Coringa: aposto tudo que eu tenho que você já tá excitada. Porque eu já tô.

Eu devia impedir isso .... Nossa, claro que devia.

Ele abre o botão da minha calça.

Isso é loucura.

Ele me beija e o gosto de cereja domina minha boca. Eu deixo ele me beijar do jeito que quer, e quando  a mão dele entra dentro do tecido da minha calça eu simplesmente esqueço o bom senso.

Ele me acaricia por cima da calcinha.

Coringa: sabia ....- o polegar dele faz movimentos circulares em cima do tecido úmido da calcinha.

Ele puxa o meu lábio inferior entre os dentes.

Coringa: eu posso fazer bem melhor se você deitar bem ali no sofá. - ele passa a língua pelo meu lábio inferior.

Deitar no sofá ?

Porra. Ele desliza dois dedos pela minha intimidade.

Coringa: deita, Bárbara - a voz dele sai firme como uma ordem.

Antes que eu possa dizer algo escuto batidas na porta.

Lopez: diretora ? O inspetor chegou. Tá te esperando lá embaixo.

Babi: já vou. Obrigada.

Coringa: filho da puta- ele bufa baixinho- a gente termina isso amanhã. Te vejo amanhã, docinho.

Ele tem a cara de pau de me dar um selinho antes de sair da minha sala.

Babi: cacete, Bárbara - resmungo indo pro banheiro me ajeitar para poder ir ver o inspetor- que merda tá acontecendo com você ?

Quando foi que eu virei uma vadia ?

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