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Coringa on

Coloco a mão no bolso da calça e seguro a chave com força.

Na hora da contagem todos os presos precisam ficar do lado de fora da cela, um do lado do outro.

É incrível como algumas pessoas se vendem por pouco, é tão fácil subornar um preso ou até mesmo um dos carcereiros.

Se você tem dinheiro você consegue tudo que quer.

Me ponho do lado da minha sala e espero pelo show.

X: já falei pra não tocar em mim assim - ele resmunga com o guarda - tem mulher em casa não ? Fica passando a mão em macho ?

Guarda1: cala a boca.

X: cala você viado filho da puta ....

Abro um sorriso ao ver o guarda socando a cara dele, é simples assim já tem mais três presos batendo boca com os guardas, e muito rápido a situação piora, são muitos presos revoltados para poucos guardas.

Lopez passa por mim esbarrando e deixa o cartão de acesso na minha mão.

Olho pra briga e vejo que já tem um preso partindo pra agressão, só precisei de cigarros....

A porrada começa a comer solta, todo mundo se envolvendo. O alarme toca no presídio e isso vai chamar os outros carcereiros

Bak aparece do meu lado.

Coringa: a luz da câmera ainda tá vermelha- encaro a câmera de segurança - temos que esperar um pouco - e então a luz as apaga.

Bak: saudade da minha casa.- a luz da câmara apaga.

Coringa: vamos lá.

Arthur vai encher meu saco por ter lavado o Gabriel junto.

A briga tá feia, isso tá bem melhor do que eu esperava.

Passo pelo primeiro portão usando o cartão. Alguns não abrem com o cartão, mas o cara que eu tô pagando( Lopez ( já deixou  aberto.

Vamos indo na direção da saída e podemos escutar a confusão ficando cada vez maior.

Não é um caminho pequeno desde a minha cela até a porta de saída, fora que temos que ficar nos escondendo dos guardas que passam correndo indo pro bloco ajudar no motim.

A gente para quando vê um guarda perto da porta de saída.

A gritaria atrás da gente fica maior que me deixa confuso.

O rádio do guarda perto da porta transmite "as notícias"

" bloco B também tá criando confusão"

Hmm, não era pra isso acontecer rapazes.

Eu só tô no controle do bloco A. Mas quanto maior a confusão melhor. Certo ?

Bak: você aparece  pro guarda, quando ele for pra te pegar eu chego por trás e apago  ele. Certo? - concordo

É o que faço, apreço no meio do corredor e o guarda vem logo na minha direção com o cassetete na mão

Guarda: ajoelha com a mão na cabeça - ele põe a mão na arma de choque - eu mandei ajoelhar, porra

O rádio dele tá uma bagunça, é uma conserva atrás de outra .

" o bloco B foi dominado pelos detentos"

Porra, isso muito rápido.

" a polícia chega em 20 minutos"

" alguns conseguiram ir pro segundo andar"

Segundo andar ? O escritório e a enfermaria.

Bom o enfermeiro vai se ferrar legal. A Bárbara tem um escritório com um porta difícil de abrir se estiver trancada, então vai ficar bem.

O guarda na minha frente cai com tudo no chão quando o Gabriel acerta a cabeça dele.

Bak: vamo rápido antes que a polícia venha.

Dou uma última olhada pra trás e volto minha atenção pra porta.

Minha liberdade porra.

Coringa: vamo rápido.

Penha aí vou eu.

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Babi on

Estava arrumando minhas coisas para ir pra casa quando um guarda entrou em contato pelo  rádio avisando que tínhamos problemas no bloco A.

Pensei que eles iam da da conta, mas de algum jeito se espalhou pro bloco B.

A situação desandou muito rápido.

Entrei em contato com a polícia o que é feito em caso de emergência e estamos esperando o reforço.

Os guardas falando no rádio só me deixam mais nervosa.

" alguns conseguiram ir pro segurando andar"

Fui até a minha porta pra fechar mas quando  coloquei a mão no pescoço não encontrei a chave. Na hora o pânico tomou conta de mim.

Só tem uma chave, assim não corre o risco de outra pessoa ter uma cópia e entrar aqui.

Babi: porra- vou até o sofá e começo e procurar por ela, deve ter caído quando eu estava com o Victor- merda, merda.

Eu não tô achando a porcaria da chave.

Antes que eu possa ter qualquer outra atitude a porta da minha sala é aberta.

Engulo em seco ao ver o homem de uniforme laranja.

Meu corpo congela ao ver ele entrando na sala com um sorriso no rosto, ele não tá sozinho.

Babi: a polícia chega em pouco tempo, suas sentenças vão ser estendidas e ...

Macedo: uns anos a mais não vai dar em nada - ele se aproxima de mim.

Babi: o que você quer ? O que querem ?

Macedo: algum já te disse que tu é muito gostosa ?

Alan: ela sabe, com certeza sabe que é nela que a maioria dos caras lá embaixo pensam quando tão batendo uma.

Meu estômago se revira e eu não sei como reagir.

Carlos: vai  logo porra,  ela já disse que os porcos tão a caminho.

Ok. Fodeu.

Tento correr pro banheiro mas eu não consigo, Macedo é mais rápido. Me puxa pelo cabelo com força.

Ele aproxima o rosto do meu e da um sorriso que faz meu estômago embrulhar.

Se eu tivesse escutado o Bruno e eu não estaria nessa situação de merda.

Ele me arrasta até o sofá e me joga nele, eu tento reagir e  me defender. Mas são três contra um.

Babi: por favor, não faz isso. Eu posso conseguir o que vocês querem- ele puxa minha blusa fazendo ela abrir e os botões "voarem" pelo lugar.

Com muita dificuldade eu consigo dar uma cabeçada nele, mas tudo que eu consigo é levar um tapa no rosto.

O tapa é tão forte que eu consigo sentir o gosto do sangue. Minha visão fica embaçada por conta das lágrimas.

Tento me soltar a todo custo enquanto ele beija o meu pescoço

Ele dá um jeito de de rasgar a merda do meu sutiã e aperta o meu seio.

Merda, isso vai mesmo acontecer...

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