Babi on
Eu perdi completamente a cabeça.
Hoje antes de sair de casa eu peguei dois potinhos e coloquei almoço nos dois. Um pra mim e outro pro maldito do Victor.
Minha vida decaiu de uma forma absurda.
Sexta de manhã e eu fazendo marmita pra bandido.
Como sempre eu mal cheguei na minha sala e Victor apareceu .
Coringa: bom dia docinho - ele senta na cadeira de frente pra minha.
Babi: bom dia.
Coringa: que papelada toda é essa ?
Babi: a transferência dos novos presos.
Coringa: hmm...
Babi: você tá bem ? Parece que não dormiu direito.
Coringa: tô preso, não é muito legal dormir aqui.
Imagino, acho que um dos meus maiores medos é ser presa. Eu me suicido se tiver que tomar banho na frente de várias estranhas.
Babi: você tomou café antes de vir pra cá ?
Coringa: não gosto da comida daqui- reviro os olhos.
Julgo o Victor por não comer a comida do presídio, mas eu também não comeria.
Babi: mas pelo menos comeu algo que sua irmã mandou ? - pela cara dele eu sei que não.Pego um pacote de bolacha e jogo na direção dele- não quero ninguém desmaiado de fome na minha sala.
Coringa: tá preocupada comigo, docinho
Babi: come quietinho, por favor.
Volto pra ficha dos novos detentos, pelo que eu percebi não vamos ter um Victor 2.0, não por enquanto.
Meu olhar vaga rapidamente para o Victor que tá me encarando.
Coringa: que hora você vai pra casa ?
Babi: horário de sempre.
Coringa: hmm...- ele levanta e vai pro sofá com o pacote de bolacha.
Eu sou muito burra, o cara só quer em usar e eu tô preocupada com ele.
Me levanto e vou até o sofá.
Babi: você tá bem mesmo ? Tá mais quieto que o normal - ponho a mão na testa dele - tá com dor ?
Coringa: eu tô bem- ele sorri pra mim- mas você podia ficar um pouco aqui comigo.
Babi: eu tenho que resolver o assunto da transferência agora. Depois do almoço eu fico um pouco com você.- deixo um beijo na bochecha dele e volto pro meu trabalho.
Cuido da papelada da transferência dos novos presos e começo a ler os meus e-mails.
Depois de um tempinho eu sou obrigada a parar e respirar fundo por conta do aperto no peito, uma sensação ruim, sei lá.
As horas passam e eu nem noto de tão concentrada que estava
Babi: olha, talvez você vá pra máxima. Devia aproveitar a chance de ver sua irmã esse fim de semana.
Coringa: tô bem assim.
Babi: certo.
Coringa: você visitaria alguém na cadeia ? Passaria por essa humilhação?
Babi: depende muito da situação.
Vejo muitas namoradas/esposas visitando o companheiro que foi preso por tráfico
Acho bem justo, se aproveitou do luxo lá fora, vida de madame.
Babi: eu visitaria a Tainá e o tio Oscar sem pensar duas vezes- dou um sorriso- eles são a minha família.
Coringa: hmmm....
A maioria dos funcionários almoçam na sala de descanso, mas eu não gosto então fico na minha sala.
Babi: trouxe pra você também - entrego o pote - mas na hora do almoço você vai ter que descer, mesmo que já tenha almoçado aqui. Levantaria questionamentos que não queremos explicar.
Coringa: você trouxe o meu almoço?
Babi: só a base de miojo você vai acabar com a saúde no lixo.
Victor e eu almoçamos juntos, depois ele desceu pro refeitório.
Demorou um pouco mais que o normal pra ele voltar, mas quando voltou me chamou pro sofá. Ele deitou a cabeça no meu colo e pegou a minha mão colocando no cabelo dele, entendi o recado e comecei a fazer carinho.
Babi: pensei que não gostava de carinho.
Coringa: gosto do seu, é bom.
Ok, por essa eu não esperava.
Coringa: vai sentir a minha falta quando eu for transferido?
Babi: tenho que admitir ter vai ser estranho não ter você aqui.
Ele fica deitado no meu colo por um tempo significativo. Depois ele senta e começa a me beijar, a mão deslizando pelo meu corpo.
Acho que viciei na bala de cereja sem nunca ter chupado.
Eu tô muito doida mas tenho a sensação de que o beijo é diferente. Meu Deus tudo parece muito diferente.
Victor segura o meu pescoço com uma certa força e me beija com brutalidade.
Coringa: eu não menti, eu gosto de beija você . E com certeza você é a mulher mais gata que eu já fiquei.
Talvez seja só por conveniência, mas ele vive me elogiando e isso me dá um friozinho gostosinho na barriga.
O clima de beijos e amassos vai esquentando e de repente eu estou de joelhos chupando ele, que vida decadente.
Eu fiz um boquete em um preso e amei ver como ele se entregou pra mim. Gostei do efeito que tenho sobre ele, mesmo que não seja 100% verdadeiro.
Volto a me sentar no colo dele.
Babi: preciso trabalhar, perto da hora da contagem você vai ter que descer.
Coringa: tô sabendo.
Babi: é só pra avisar com antecedência, não enche meu saco no fim de semana.- dou um selinho nele.
Coringa: sabia que o seu número é o único que eu decorei além do meu meu ?
Babi: que azar o meu.
Voltei pro meu trabalho e Victor ficou comigo até perto da hora da contagem.
Babi: tchau, bom final de semana.
Algo muito estranho acontece, ele se despede de mim com um beijo casto.
Coringa: a gente se vê. Tchau docinho
Babi: apelido ridículo esse que você me deu.
Coringa: no fundo você gosta.
Talvez bem lá no fundo eu goste, mas nunca que eu vou admitir uma coisa dessas.
Depois que o Victor sai da sala termino de fazer as minhas coisas, eu só vou embora depois da contagem. Só pra ter certeza que não temos problemas.
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Lance Criminoso
FanfictionOnde a Bárbara é a superintendente de um presídio. Muito respeitada e sempre seguindo as leis ela vai ter problemas quando o traficante mais perigoso do país for realocado e enviado para ficar sobre seus cuidados. Coringa vai conseguir tirar a dir...