feliz dia dos solteiros

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MALU

Cheguei no local da festa pronta pra causar, se ele pode, eu posso também.

Não medi esforços pra montar um look que parasse tudo na festa, tava afim de chamar atenção.

- A PATROA CHEGOU - ouvi alguém gritar assim que pisei dentro do espaço

- Amiga, tu tá parando tudo. - riu - Essa é minha garota.

- Tô nervosa pra cacete, e se ele me expulsar? - olhei pra ela nervosa

- Jurou né, filha? - fomos pegar uns drinks logo - Capaz dele ficar atrás de tu a festa toda.

Dei de ombros dando um gole no meu drink e fui andando com ela pro meio do povo pra dançar. Em casa eu tava achando que todo mundo namorava com base no Instagram, mas nessa festa o que tem de gente solteira não tá escrito. Na verdade, o que mais tem é mulher.

Tava dançando a beça com a Vanessa e até o momento o Victor não veio falar comigo, tá só me olhando de longe.

- Ele não para de te olhar. - Vanessa disse no meu ouvido

- Eu sei. - dei de ombros - Deixa ele admirar.

Dei risada e me virei pra dançar mas acabei me esbarrando com uma pessoa. Um homem pra ser mais específica e pra dar mais detalhes, um homem gostoso.

- Desculpa, gatinha. - segurou minha cintura - Tu virou de vez e eu nem vi.

- Tá tudo bem. - sorri

- Sozinha? - concordei - Posso te beijar então?

- À vontade. - me aproximei dele

Coloquei meus braços em volta dele com uma certa dificuldade já que ele era bem mais alto que eu e o mesmo continuou com uma mão na minha cintura e outra na nuca.

O cara sabia o que tava fazendo, o beijo era incrivelmente bom e a pegada nem se fala. Passaria horas e horas beijando ele sem reclamar.

Ficamos nessa pegação por um longo e bom tempo até a gente se afastar por falta de ar e por vontade minha de ir ao banheiro.

Ia chamar Vanessa pra vim comigo mas aquela rapariga já me deu um chá de sumiço.

- Nossa, as mona são porquinhas viu. - fiz cara de nojo vendo o estado do banheiro

Fiz meu xixi no maior nojo do banheiro, era incrível como o povo perde a noção da educação.

Sai do banheiro procurando meu chiclete na bolsa quando senti puxarem meu braço.

- Me solta, caralho. - olhei pra pessoa

- Fecha as asinhas, na moral mermo. - travou a mandíbula - Qual foi de tu mermo? Maluquice daquela, tô entendendo legal não.

A gente tava num cantinho um pouco escuro e eu tava praticamente imprensada na parede, tinha nem como correr dali.

- Eu não fiz nada, Victor. - fiz a linha - Deixa eu voltar, quero curtir a festa.

OUTRA DIMENSÃO  • MC CABELINHO Onde histórias criam vida. Descubra agora