OUTRA DIMENSÃO • MC CABELINHO

não vale nada

MALU

Acordei toda dolorida e sorri ao lembra o motivo. Olhei pro lado e nenhum sinal do Victor, dei de ombro e fiquei enrolando.

Depois de enrolar na cama decidi levantar. Fiz minha higiene matinal e pus uma parte de baixo pra poder sair do quarto.

- Bom dia, meninos - apareci na cozinha vendo os dois tomarem café

- Bom dia, tia - esticou os bracinhos me chamando

Fui até ele, dei um abraço e um beijo. Arthurzinho parece me conhecer há anos e saber que ele gostou de mim logo de cara me deixou muito feliz.

- Tu tava dormindo que nem pedra, então nem te acordei. - concordei sentando do lado dele, o mesmo se esticou um pouco me dando um selinho - Come aí, fiz café e tem pão. Nem pergunto se tu come esses bagulho por que tô ligado que tu é uma draga.

- Idiota - ri botando um pouco de café no copo - Tô toda dolorida.

- Por que, tia? - perguntou curioso e só depois disso me lembrei o quanto criança presta atenção em tudo

- Nada moleque, come aí - falou rindo e se aproximou do meu ouvido - Tava doido pra te macetar tem muito tempo. Ainda não matei toda a minha vontade.

Não sei se dá pra perceber mas caso dê, com certeza eu fiquei vermelha. Ele sabia muito bem como mexer comigo.

- Victor me deixa comer em paz. - dei um tapinha em seu braço - Tu é muito chato, cara.

- Sou mermo - segurou meu rosto e me deu um selinho - Terminou, moleque?

- Terminei. - fez joinha - Padrin, também quero uma namorada. Aí sai eu com ela e você com a tia Malu.

Não me aguentei e caí na gargalhada, como que pode? O menino só tem 7 anos e já tá avançado desse jeito.

- Tu não quer nada, filhão. - levantou e tirou o prato dele da mesa - Vai procurar estudar primeiro, jae?

Arthur concordou rindo sapeca e foi pra sala jogar. Fiquei tomando o meu café enquanto o Victor lavava os pratos.

Sem querer me precipitar mas já fazendo isso, acho que tenho uma visão totalmente errada sobre o Victor Hugo. Pelo menos essas horinhas que eu passei aqui com ele, foi totalmente diferente do que eu imaginei antes e pra ser sincera, prefiro essa versão que eu não conhecia.

- Tá marolando o que? - me tirou dos pensamentos - Olhando pro nada, parecendo até que fumou.

- Só tava pensando, posso? - concordou e me roubou um selinho - Cara, qual é a tua toda hora me dando selinho?

- Eu gosto, parceira. - roubou outro - Mas se tu não gosta, jae. Vou parar então.

- Não - ri - Pode continuar mo, eu gosto. E muito.

Ele riu negando e me deu mais um. Victor ficou na cozinha comigo até eu terminar o café e lavar o prato. Já tava pronta pra ir embora depois do café mas meus planos acabaram indo por água abaixo por causa dos dois.

- Vai tia, fica aqui hoje. - me olhou com cara de pidão - Meu padrin pede um almoço bolado pá nóis.

- Tu gostou mesmo de mim, né? - ele concordou sorrindo - Tá bom, vou ficar só por tua causa.