alta

7.4K 595 158
                                    

MC CABELINHO
dois dias depois

- Puta que pariu, Victória. - joguei o celular no sofá putão

- Qual foi? - sentou do meu lado

- Uns pau no cu falando da minha religião, vou nem render. - levantei - Zero estresse hoje que eu vou buscar minha gata no hospital.

Maria Luiza vai receber alta ainda hoje e eu só tava esperando o horário do bagulho de visita, mó chatice papo reto. Posso nem ficar com ela lá o tempo todo.

- Tu quer que eu faça alguma coisa pra ela? - me olhou - Bolo ou sei lá.

- Faz aquele negócio de frango maneiro que tu faz. - peguei a carteira contando as notas - A maluca ama aquilo.

- O empadão? - concordei dando trezentos reais pra ela - Fechou e essa semana não esquece que o Arthur vem ficar contigo.

- Tô ligado, parceira.

Dei um beijo na testa dela e saí em direção a garagem. Vou buscar a Maria Luiza pra ficar aqui em casa, eu que vou cuidar dela mermo.

Eu e o resto da tropa né, que eu tô ligado que vão tudo brotar aqui em casa.

Cheguei no hospital todo brocundo, Maria Luiza tava no maior papo com aquele amiguinho dela lá.

- Boa noite. - fechei a porta e sai na intenção dela

- Oi, amor. - se esticou pra me dar um selinho - Demorou.

- Tá bem tu? - concordou - Tava resolvendo umas paradas.

- Hum. - olhei pro moleque lá - Esse é o Jorel, ele me ajudou lá no cafofo. Jorel esse é o...

- A gente se conhece já, Malu. - me olhou, depois olhou pra ela e piscou

- É né. - respirei fundo - O médico vai dar alta pra tu não?

- Ele ainda não apareceu.

Concordei e fiquei lá esperando o médico aparecer, uma demora da porra e eu tendo que aguentar os papinho dos dois.

Não é ciúmes não, tá ligado? Só sei lá.

Depois de esperar pra caralho o médico apareceu, também se não aparecesse ia atrás dele mermo.

- Olá, boa noite. - sorriu - Vim assinar sua alta, Maria.

- Graças a Deus. - bateu palmas toda animada

Olhei pra ela querendo rir, toda capenga, só vai pra casa mesmo por que não tem risco de nada mas tô ligado que não vai poder fazer nada também.

- Vou passar algumas instruções pra você seguir a risca, ok? - concordou - Repouso total por no mínimo mais duas semanas e nada de sexo nesse período, entendido?

- Porra doutor, qual foi mermo? - neguei

- Amor, para com isso. - deu risada

Olhei pro amiguinho dela que tava com maior cara de marola e voltei a encarar o doutor lá. Ele falou uns bagulho lá e depois liberou a Maria Luiza.

- Eu vou vazar, Malu. - pegou a mão dela e ela puxou ele pra um abraço.

- A gente se bate la no morro.

O cara concordou e saiu de perto da gente. Empurrei a ela na cadeira de rodas até o carro sem falar nada mermo.

- O que foi que cê tá com essa cara, Victor? - ajudei ela entrar no carro

- A gente se bate la no morro. - imitei ela

- Não acredito. - falou depois que eu entrei no carro - Tu é muito otário, cara. Ciúmes do Jorel? Se manca.

- Oh, vem meter essa pra cima de mim não hein. - guiei pra casa - Tô com ciúmes não, pô. Bagulho é outro.

- Ah, é? - debochou - Qual?

- Te interessa não, garota. - dei risada

Demorou muito de chegar em casa não, o bagulho tava com maior cheiro da comida da Victória, papo reto barriga chega roncou.

- Hum, que cheiro bom. - tava ajudando ela a entrar - Quem tá aí?

- Victória. - fechei a porta - Qual foi pirralha, cheguei.

Falei alto pra outra escutar que brotou de algum buraco por que eu nem fechei a boca e mulher já tava lá.

Olhei pra cara da Maria Luiza e nem precisava perguntar, a mulher ficou nervosa, maluquice.

- Oi, cunhada. - abraçou ela - Fica nervosa não, mulher. A pior parte já passou, que é aceitar namorar esse otário.

Maria Luiza deu risada e eu olhei com maior carão pras duas. Botei minha mulher no sofá toda confortável e sentei também.

- O Victor Hugo nem me avisou nada, por isso a surpresa. - sorriu toda dengosa - Tá fazendo o que que tá esse gostoso?

- Empadão, ele falou que tu gosta.

- Erra nunca, amor. - me deu um selinho - Se o cheiro já tá assim, imagine o gosto.

Elas ficaram lá fofocando, tava ligado já que essas duas iam dá certo juntas. Agora falta só a outra maluca da Vanessa, papo reto, tô fudido.

Foi tanta falação que eu peguei no sono mermo. Acordei com um bando de filho da puta fazendo maior barulho.

- Toma no cu. - disse baixo e levantei - Porra, vão embora da minha casa, na moral mermo.

- Que isso amor. - riu - Larga de chatice.

- O que a falta de xereca não faz. - a otária da Vanessa revirou os olhos e geral deu risada

Ia dar maior resposta de crianção pra ela mermo mas Maria Luiza negou com dedo, se minha mulher manda, eu faço.

Geral tava amassando e eu fui fazer isso também cadique se não eles comem tudo e não deixa nada pra mim.

Eu marolava com o pessoal assim mas tava felizão deles aqui com nóis, Malu tava precisando disso mermo e só assim pra ela não ficar pensando nos bagulho.

Minha mulher é forte demais mermo, apanhou pra caralho, levou tiro e as porra,  e ainda perdeu um filho. Se me contassem eu não acreditava não, papo reto, parece bagulho de filme.

Mas nóis vai fazer um mermo, um filme da nossa história que vai ser pra ser pra sempre. Vou pedir ela em casamento mermo, já decidi o bagulho.

A real é que com essa mulher eu vou até pra guerra.

meu deus mto rendida a esse casal inabalável (até agora rs
dêem o nome de vcs, amores meu😚💌
postando nos 45 do segundo tempo mas o que vale é a intenção hihi

OUTRA DIMENSÃO  • MC CABELINHO Onde histórias criam vida. Descubra agora