não quero morrer

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MALU

- LEVANTA CARALHO. - Th invadiu o quarto e me puxou brutalmente pelo braço

- Me solta, tá me machucando. - tentei me afastar mas ele era mais forte

O homem me posicionou em sua frente, me fazendo de escudo humano e saiu em direção a varanda do quarto.

A varanda tinha uma vista pra entrada da casa e eu consegui ver claramente o meu pai e alguns homens com ele, todos posicionados com as armas apontadas em nossa direção.

Tinha alguns corpos no chão, deduzi ser os seguranças do fudido do Th.

- Larga ela e o comando do PPG é todo teu. - meu pai se pronunciou - Só larga ela.

- Quem me garante? Tu pode muito bem estar metendo essa só pra eu soltar a garota e meter bala em mim.

- Eu garanto. - fez um sinal pros soldados abaixarem as armas - Eu só quero a minha filha viva, ela não tem nada a ver com a nossa guerra.

Th ficou um tempo calado e depois saiu me puxando do quarto. Eu tentava falar alguma coisa mas não conseguia nem formar uma frase de tão nervosa que eu tava.

- Solta ela, Th. Só solta ela, a visão é não fazer nada contigo. - tentou se aproximar da gente mas o Th apontou a arma em sua direção

- Pai. - disse com dificuldade por estar ter um braço apertando meu pescoço - Não faz isso, o morro não.

- Tudo por você, minha filha. - vi uma lágrima escorrer pelo rosto dele

- Cala boca, filha da puta.

Th me deu uma coronhada que me fez cair no chão e do nada começou uma intensa troca de tiros. O filho da puta tinha mais soldados escondidos, ele tava jogando com a gente.

Consegui levantar com dificuldade e tentei andar pra perto do lugar onde o meu pai estava mas fui impedida com um tiro na perna.

- MALU - o braço direito do meu pai gritou - CARALHO COROA, A GAROTA LEVOU UM TIRO.

Olhei na direção deles e quando o cara chamou atenção dele, Carlos me procurou com o olhar, o que foi uma péssima ideia. Ele foi atingido com um tiro no ombro.

- PAI - gritei chorando

Tentei levantar mas minha perna tava doendo muito, enquanto tentava me arrastar pra perto dele senti me agarrarem pela cintura e me levantarem, era o Jorel.

- Cês não vão morrer agora não, porra. - me guiou pra trás de um carro

Jorel começou a atirar na direção do Th e um tiro pegou na mão daquele escroto fazendo a arma cair no chão.

Th olhou na direção do carro vendo a gente e soltou um "filho da puta".

- Bora, caralho. - me pegou no colo - A gente tem que sair daqui, o cara tá com armamento pesado.

Conseguimos chegar do outro lado, entrei no mesmo carro que meu pai estava. O velho tava com uma cara de dor fudida, tal pai tal filha.

- Filha. - disse com dificuldade e me abraçou - Eu ainda vou matar esse desgraçado.

- Esquece isso, agora. - disse chorando e demonstrando dor - A gente precisa ir no médico.

- Um caralho. - tossiu - Tu vai no melhor médico, eu pago. E eu vou no postinho do posto mermo, lá é certo.

Concordei e ele pegou o radinho mandando todos recuarem, o negócio tava feio, era muito tiro rolando. Jorel entrou no carro e Carlos me olhou com uma cara estranha, expliquei a ele a situação que ficou mais de boa.

Já tínhamos conseguido sair da casa do Th e parecia que minha dor só aumentava, era uma dor insuportável e uma cólica surreal. O negócio tava tão feio feio que eu gritava de dor.

- Puta que pariu. Acelera essa porra aí, Rd. - Carlos disse nervoso

O tal do Rd pisou fundo no acelerador e Jorel virou para me encarar.

- Tu tá pálida pra caralho. - me olhou de cima abaixo - Tu nem tá perdendo sangue.

Jorel tinha amarrado um pano pra estancar o sangue da minha perna mas parecia não funcionar já que eu estava perdendo a consciência ao poucos.

- E-eu vou desmaiar. - disse com dificuldade

- Vai porra nenhuma. - Jorel pulou pro banco de trás, ficando do meu lado que estava vazio - Encosta aqui.

Ele passou o braço por cima do meu ombro e me abraçou deitando minha cabeça na curvatura do seu pescoço.

- E-eu não quero morrer. - puxei o ar com dificuldade - Eu quero falar com o Victor.

- Calma, filha. - pegou minha mão - Não vai acontecer nada.

Concordei fechando os olhos lentamente, depois disso não vi e nem escutei mais nada. Só senti meu corpo ficar mais leve.

oi amores 🤍
tô sem ideia p escrever, tive q usar meu últimos neurônios p esse aq kk 😩
até depois💜

OUTRA DIMENSÃO  • MC CABELINHO Onde histórias criam vida. Descubra agora