Aprendiz.

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Sn = Victória Starkov

Sn = Victória Starkov

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Grisha.
Uma palavra pequena mas com grandes significados. No meu caso, significa, Família.

Ninguém nunca entendeu o porque, a razão e o motivo de uma garota tão nova e tão bela estar no meio de "Bruxos", me lembro da primeira vez que estive no acampamento do primeiro e segundo exército, meu kefta azul sem qualquer bordado de qual classe eu pertencia, sem indicação se era dominadora do fogo, água ou ar...... Não havia nada além de azul e o sinto preto com fivela dourada com o símbolo de Ravka.

Me lembro da sensação de ver a dobra pela primeira vez, eu só tinha catorze  anos na época, a primeira vez nunca se esquece, o frio na barriga, o suor de nervosismo que se acumula na nunca, e os batimentos cardíacos acelerados que qualquer sangrador poderia senti-lo a quilômetros. Foi assustador e libertador ao mesmo tempo.

Quando eu treinava no pequeno palácio isolada dos outros, minha professora me dizia que tudo o que eu precisava saber era que: " A dobra é a criação de alguém cruel e impiedoso, que só se importava com sigo mesmo e seu poder". Nunca acreditei muito nela, ela era uma velha rabugenta e mal humorada que só sabia me bater com sua bengala caso não fizesse as lições direito. Graças a ela eu consegui controlar muito da minha pequena ciência, mesmo eu odiando seus métodos, ela me treinava todos os dias, das madrugadas aos fins de tarde, me obrigou a estudar política e praticar combates corpo a corpo.

"Nunca dependa só de sua pequena ciência, ou vai acabar morrendo"

Era o que ela dizia quando eu reclamava de ter aulas com BotKin, ele era um professor melhor, um pouco mais humorado e preocupado, mas também me treinava como uma adulta, me transformou em uma verdadeira assassina, o seu maior orgulho, segundo ele. Aquilo nunca me assustou, Baghra dizia que medo é para os fracos. Bem ela estava certa. E foi graças a ela que consegui ir a dobra aos catorze, ela me dizia que o general só estava esperando seu consentimento para ele dar início ao meu treinamento.

O General Negro nunca me deu aulas pessoalmente, não até eu completar vinte  anos, ele não pode me ensinar até que as coisas na dobra estivessem estabilizadas, me lembro quando o vi pela primeira vez. Eu havia acabado de chegar ao acampamento pela primeira vez e encarava a dobra estática, os sangradores tiveram que me pegar pelos braços sutilmente para me levar a tenda do general, um deles parecia ranzinza e reclamava por ter uma criança ao meio deles. A tenda do General não era muito longe, e também nada discreta, com estandartes, guardas e muito maior do que as outras, lá dentro a escuridão reinava e não havia mais ninguém lá a não ser ele, de costas para mim em seu Kefta negro.

— Deixe-nos.— ele ordenou baixo mas duro o suficiente.

Meu coração disparou quando ele se virou para mim, os olhos me analisando duramente e a expressão severa, ele era lindo, completamente diferente de como Baghra o descreveu. Ele sinalizou para que eu desse mais alguns passos e fiz em silêncio, seus olhos não deixando os meus e minha respiração descompassada não me ajudavam nem um pouco.

imagines- Darkling 🖤Onde histórias criam vida. Descubra agora