A ascensão... A Arqueira do sol.

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— Olá, General! — minha voz ecoa animada, um tom sedutor mascarado e quase maléfico

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— Olá, General! — minha voz ecoa animada, um tom sedutor mascarado e quase maléfico.

O homem de preto sentado a cama de costas para mim sequer se mexe, ele continua a encarar a parede a sua frente respirando profundamente, se controlando.

— Vá embora, não estou com vontade de atura-la hoje, Cecília. — sua voz sai dura, autoritária e cheia de mau humor. Isso me faz rir.

— Há pare com isso, você adora minhas visitas. — sorrio me aproximando, o som de minhas botas contra o chão de madeira ecoando pelo quarto — Você me adora.

Meus passos cuidados sessam quando me coloco a sua frente, o corpo cansado do homem vestido de preto nunca me pareceu tão tentador como agora. Minhas mãos seguram seus ombros cuidadosamente com um sorriso arteiro, ele me olha de cima a baixo sem qualquer indícios de que irá me impedir, a expressão cansada e desapontada.

— Me conte o que aconteceu, e eu o ajudo a relaxar. — pisco para ele, minhas mãos se posicionando em seu pescoço.

— Eu vou relaxar..... — suas mãos seguram as minhas, os dedos fortes segurando os meus antes de afasta-los com cuidado — Quando você estiver aqui, de verdade.

A conexão parece tremer com suas palavras, meus olhos focam nos seus com seriedade antes dele se levantar e sumir de meu campo de visão, a nossa conexão se rompendo me trazendo de volta a sala acabada da velha mansão.

Fugir do General Negro nunca esteve em meus planos, nem ser uma conjuradora do Sol. Mas foi o que os Santos reservaram para mim, e mesmo assim não foi uma boa coisa. Minha vida toda, eu passei sendo humilhada e esmurrada, as crianças e pessoas não são bondosas com órfãos, pior ainda com aqueles que são parecidos com o inimigo. Então quando descobri minhas habilidades eu as escondi com medo da rejeição ser maior, até eu o conhecer.

O primeiro exército foi meu lar por muito tempo, até que ele descobriu quem eu era, e me tornou em sua bonequinha, a marionete perfeita. Eu não aguentei por muito tempo, não queria ficar presa em um palácio com muros altos e ter pessoas erguendo altares para mim, eu queria lutar e proteger nosso povo, já que nossos governantes não faziam isso. Então eu fugi, mas é claro que isso não terminaria tão fácil, as conexões começaram alguns dias depois. Na primeira vez eu estava em uma estalagem, e ele apareceu, os olhos negros transbordando raiva, nas outras vezes eram mais como brigas e ameças, até se tornar nosso momento. Passou a ser nosso segredo, nossa maneira de cada um saber se estávamos bem, nosso pequeno momento que nos permite ser somente Cecília e Aleksander, e nada mais.

— Ouvi de alguns soldados lá fora, a situação no front não está nada boa. O General vai estar no acampamento amanhã de manhã!— Maly entra na sala desesperado.

O jovem rastreador é meu amigo desde que entrei para o exército, ele sempre foi como um irmão. Quando fugi ele foi o primeiro que procurei, atualmente ele serve como meu informante de tudo que acontece no exército, sempre de olho em tudo e me trazendo as informações necessárias.

imagines- Darkling 🖤Onde histórias criam vida. Descubra agora