Capítulo 13

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Blue

— Bom dia, Sr. Salvatore.

— Bom dia, Srta. Faulkner.

Miles ri, pegando em minha mão e trazendo meu corpo para seu colo. Ele geme quando me mexo de forma provocativa e aperta minha cintura.

— Se não parar de se mexer, vou acabar esquecendo que é virgem e te foder bem forte em cima dessa mesa. — sussurra, a voz séria e excitante.

— Bom, eu adoraria... — murmuro, ouvindo o rosnado de Miles.

— Vamos trabalhar, então depois... eu posso considerar.

Coro com suas palavras, levanto e ajeito minha saia, observando Miles tentar fazer o mesmo com o volume em suas calças.

Dou risada, saindo da sala e voltando para minha mesa. Temos muitas coisas para resolver, incluindo reuniões importantes, então tudo o que não precisamos é de uma distração.

Ouço meu celular tocar, seguido de um frio da barriga ao ver o nome da minha mãe brilhar na tela. Tenho ignorando suas ligações há alguns dias, e não preciso ser vidente para saber que a mesma está muito brava.

Oi, mamãe. — atendendo, receosa.

Aonde você se meteu, sua idiota?! — grita, me deixando assustada.

Eu não queria, mas tenho medo dela.

E-eu andei ocupada, desculpe. — peço, é sempre assim, uma hora ou outra sempre acabo submissa ao seus comandos.

Ocupada fodendo com qualquer homem que aparece? Acha que me engana, Blue?

— O que? N-não.

Calada! Ordenei que falasse?

Abaixo a cabeça, sentindo o choro querer sair com tudo. Engulo o nó que se formou na garganta e me obrigo a falar.

Não, mamãe...

— Estou indo para Massachusetts, lidar com o problema eu mesma! Maldita hora que confiei alguma coisa em suas mãos.

O que vai fazer? — pergunto preocupada.

O que deveria ter feito há muito tempo, aliás... estou pensando em começar pelo seu namorado.

Arregalo os olhos, surpresa e assustada.

C-como você sabe?

Um risada maléfica soa do outro lado, causando arrepios por todo o meu corpo. Sempre odiei essa risada, a forma como ela sentia prazer com a dor dos outros...

Ah querida, acha que pode me enganar?

— Mamãe, por favor, não faça nada. Eles são boas pessoas e...

— Boas pessoas?! Eles mataram o seu pai, Blue, e vão matar você também!

Não! Eu conheço essa família, eles nunca fariam mal a ninguém que não merecesse. Eu cansei de receber ordens, cansei da suas mentiras e cansei de você! Esqueça que sou sua filha, não preciso de nada que venha de você. — paro por um minuto, recebendo apenas silêncio do outro lado. — Não mexa com eles, porque no final, a única pessoa que acabará morta, será você.

Desligo a chamada, sentindo meu coração bater freneticamente dentro do peito. O ar escapa lentamente de meus pulmões e busco me acalmar, mas é algo quase impossível.

Miles aparece, provavelmente ele ouviu toda a agitação e logo veio ao meu encontro.

— Amor, o que aconteceu? — questiona preocupado, corro para abraçá-lo, sendo muito bem recebida.

Meu choro é audível, mas não me importo que alguém ouça, apenas preciso colocar para fora o peso de tudo.

Pela primeira vez enfrentei minha mãe. Tenho medo das consequências, porém no momento me sinto muito mais leve.

Miles não me cobra nada, apenas está alí para me segurar enquanto permito que todos os anos que sofri nas mãos daquela mulher, sejam apagados através das lágrimas derramadas.

— Estou aqui com você, minha Blue. Sempre. — Miles sussurra contra meu ouvido, acariciando meu rosto na esperança de trazer algum tipo de conforto.

⇷ ⇸ ⇹ ⇺

— Não temos medo dela, há muito tempo estou procurando aquela vadia para meter uma bala em sua testa! — Alicia exclama nervosa, arregalo os olhos. — Desculpe, querida.

Não sei como me sinto sobre isso. Morgana não é uma boa pessoa, ela causou muito mal a essa família, mas ainda assim... é minha mãe. A mulher que, apesar de tudo, me criou.

Mesmo não querendo, eu a amo.

— Não quero que ela morra... — sussurro, recebendo um abraço aconchegante de Alicia.

— É a vida dela ou a nossa. — Will se pronuncia, sério.

Permaneço calada, mas um pouco tranquila em ter contado o que aconteceu para eles. Não quero mais segredos, não aqueles que são responsáveis pela sua destruição.

— Vamos resolver isso, okay? Por hora, não preocupem minha namorada com isso. — Miles pega em minha mão, me ajudando a levantar do sofá que estou sentada. — Você vai dormir aqui hoje.

Subimos até o quarto em silêncio, minha cabeça está a mil e tudo o que preciso é de uma boa noite de sono.

E do meu leite.

Miles ajuda em tudo o que preciso, sempre carinhoso e mostrando o quanto me ama. Ainda não dissemos aquelas três palavras, mas sinto que estamos perto.

Afinal, tenho a plena certeza que amo ele.

Por fim, nos deitamos na cama depois de um longo dia. Meu namorado me chama para seus braços, disponibilizando seu peito para que eu possa mamar.

Suspiro, relaxando de imediato ao sentir o leite descer pela minha garganta. Fecho os olhos, apreciando a música que Miles canta.

Quando estamos no meio da multidão, rindo alto e ninguém sabe o porquê
Quando estamos perdidos na balada, ficando bêbados e você me dá aquele sorriso
Voltando para casa no banco de trás de um carro e sua mão toca na minha
Quando terminamos de fazer amor e você olha para mim e lança aquele olhar

Porque são todas as pequenas coisas que você faz
Que me lembram porque me apaixonei por você
E quando estamos separados e eu sinto sua falta
Eu fecho meus olhos e tudo que vejo é você
E as pequenas coisas que você faz

⇷ ⇸ ⇹ ⇺

Estou um pouco insegura com minha escrita e gostaria de saber se vocês estão gostando da história? Críticas construtivas são sempre bem vindas :)

Olhos AzuisOnde histórias criam vida. Descubra agora