Seven

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“Pete, não confio em Vegas.” Sr.Kinn disse me encarando sério, entendo sua preocupação.

Após a reunião ele quis conversar em particular, acredito que eu ter concordado daquela maneira gerou um certo impasse entre os guardas da casa principal, e Kinn apesar de ter aceitado ajuda da segunda família ainda se mostrava muito receoso em deixar que Vegas de alguma forma mostrasse algum plano de parceria, já que ele tentou se aproximar de Porsche para atingi-lo, e nem o culpo por isso, porque para Vegas a família principal não era nem de longe considerada sua e ele nem se esforçava pra esconder.

Estar entre eles era como entrar em um campo minado.

“Sr.Kinn entendo sua preocupação, vou tomar todo cuidado possível, ficarei de olho em Vegas e se notar algo suspeito eu aviso.” Tentei tranquilizá-lo.

“Porsche definitivamente me mataria se algo acontecesse com você e eu também não me perdoaria em mandar meu melhor guarda-costas para alguém como Vegas.” Ele falou enquanto colocava o whisky no copo.

“Serão apenas dez dias, e estarei relatando cada passo que estivermos dando durante essa missão.” Falei.
“Se foi assim decidido então, que assim seja.” Kinn deu seu veredito.

Me despedi de Kinn e dos outros guardas e caminhei em direção ao meu quarto, Porsche deixou um bilhete avisando que havia saído com Chay e voltaria apenas pela noite, achei melhor assim, porque ele iria fazer todo um monólogo dos motivos pelos quais eu não deveria ir com Vegas. Fiz uma pequena mala com roupas para os dez dias que viriam, um misto de ansiedade e agitação tomava conta de mim, e curiosidade a respeito de como seria estar perto dele por tanto tempo assim.

“PETEEEEEEEEE” Ouvi um grito esganiçado bem familiar.

“Sr.Tankhun...” Respondi, como eu poderia esquecer de Tankhun, ele definitivamente iria querer matar o Vegas assim que soubesse.

Empurrando a porta do quarto com toda força Tankhun entrou, acompanhado de Arm e Pol que tentavam amenizar sua fúria, ele vestido com roupas com estampas exageradas características pessoais dele e era capaz de chamar atenção há metros de distância.

“Pete, quem te deu permissão para ir morar com Vegas, seu traidor!” Ele apontou para mim como se estivesse decepcionado.

“Mas senhor eu só estou indo em missão...” Tentei argumentar.

“AQUELE BASTARDO DO VEGAS QUER ME ATINGIR, MAS EU NÃO IREI DEIXAR.” Gritou novamente. “E se eu sequestrasse Macau e o torturasse, assim aquele cachorro não iria se meter com meus guardas novamente!” Ele falou pensativo.

“Senhor se acalme, eu irei completar uma missão para a primeira família e voltarei assim que tiver concluída.” Respondi meu chefe que me olhava insatisfeito.

“Pete você é tão ingênuo, uma pessoa como Vegas nunca vai te deixar voltar, ele vai te prender pra me atingir! Provavelmente vai te matar e dar seus restos para os cachorros” Khun chorava “Pete! Pete! Pete! Não vá.” E continuava se esperneando enquanto me abraçava sem intenção de me soltar, Tankhun apesar de lunático as vezes, faria de tudo para proteger aqueles com que se importa, de certa forma ele me confortava.

“Basta!” Chegou Kinn, único que conseguia controlar um pouco seu irmão. “Pete irá nessa missão porque ele é o melhor para executar, e você não vai tentar impedir.” Disse com autoridade. “Pete, Vegas te espera na entrada, vá logo antes que meu irmão maluco te amarre aqui.”

“Tchau Sr.Kinn, Sr.Tankhun.” Me despedi enquanto saia caminhando rapidamente.

“PETE VOLTA AQUI.” Ouvi o grito distante no corredor.

·

Perto de sua moto Vegas fumava novamente, um vício ruim, mas que se tornava sexy à medida que eu o observava tragar a fumaça e soltá-la ao vento, sem mais guardas a sua volta ele esperava pacientemente. Como sempre, observava a paisagem distante e pensativo ele tinha um leve sorriso, seu humor parecia bom este dia. Acredito que tenha se deleitado muito ao escutar minha resposta na frente de Kinn e de todos os guardas da família principal, a possibilidade de tomar algo como seu o excitava tanto assim?

Quanto mais ele se mostrava pra mim, mais eu queria.

“Sr.Vegas?” O chamei.

“Vegas, only Vegas to you.” Disse ele em flerte.

“Vamos?” Sentou-se e apontou para a parte de trás do moto, se tem algo que ele não fazia questão era ser discreto, ele não gostava de andar com seus guardas então a moto era sempre seu veículo de transporte favorito.

Olhei para os lados antes de subir, com medo de ser visto dessa forma com Vegas pelos outros e começarem a levantar suspeita, ser paranoico estava começando a me deixar ainda mais alerta. Apesar de enfrentar todo tipo de perigo andar de moto não estava em meu currículo, fiquei nervoso, mas me ajeitei na parte traseira e vi a satisfação de Vegas ao sentir meu corpo mais perto de si, não sabendo onde colocar a mão me segurei em seu ombro.

“Você plantou um caos dentro dessa mansão, deve estar muito satisfeito por isso.” Comentei.

Vegas pegou minha mão que estava pousada em seu ombro e a guiou para sua cintura, não se contentando foi descendo o suficiente para que eu sentisse seu membro que estava duro e inchado dentro da calça, levei um susto e a força de Vegas impediu que eu a tirasse do local, me fez massageá-lo por uns segundos antes de eu finalmente conseguir me soltar. Meu rosto deve ter ficado de vários tons de vermelho, como poderia ser um descarado em público dessa maneira com risco de ser visto e me levar junto em suas loucuras.

“Pete, você não tem noção do quanto eu fiquei animado.” Ele sorriu, cínico.

“Vegas! Pare de graça.” Reclamei enquanto ele ria ainda mais “Vamos logo porque é capaz de Tankhun chegar com uma bandeja só para te atingir igual daquela vez.” Avisei.

Ele conduzia como um louco, tive que me agarrar forte ao seu corpo para minha própria segurança, era tão quente e aconchegante. O clima nesse dia estava perfeito para sentir o vento no rosto e lentamente fui perdendo um pouco do medo, comecei a aproveitar aquela adrenalina causada pela alta velocidade, estava sendo tão bom que eu queria gritar. Foram aproximadamente uns quinze minutos até chegarmos na mansão da segunda família, que diferente da primeira não escancarava uma imagem de poder, era mais como um casarão rústico bem bonito, cercado de árvores e fachada de pedra.

Os guardas vestiam roupas comuns, bebiam e fumavam enquanto conversavam na maior altura, a diferença contrastante entre as famílias se mostrava nessas situações onde jamais poderíamos ser tão informais, senti um pouco de inveja. Dava para sentir olhar hostil de cada um deles sobre mim quando chegamos, Vegas e eu descemos na entrada principal, todos assim que o reconheceram saudaram-no com respeito e a mim só faltavam arrancar o fígado.

“Vamos, vou te mostrar seu quarto.” Vegas chamou minha atenção, que estava concentrada na fachada enorme da mansão.

Passamos por enormes corredores, escadas como se fosse um labirinto dentro de uma mansão, portas e janelas verdes se destacavam de uma forma diferente das casas tailandesas, se eu pudesse ter certeza, diria que estaria num cenário de novela mexicana daqueles que a história se passa numa casa semelhante. Depois de uns minutos enfim chegamos, Vegas me olhava com uma expressão que eu não conseguia decifrar, abriu a porta para um quarto grande.

Haviam vários indícios indicando que esse lugar pertencia a alguém, como um violão num canto, os vários livros colocados em uma estante, olhei atentamente para os sapatos bem organizados e um closet aberto no qual tinham roupas idênticas as que Vegas usava.

Na mesa havia um notebook, e ao lado fotos de Vegas e Macau sorrindo bem felizes, um deles mais novinhos e outra mais atual.

“Esse é seu quarto.” Falei me virando para ele, que estava em frente a porta me encarando com um sorriso enigmático.

“Exatamente.” Ele disse, fazendo meu coração disparar tão forte. “Você é interessante sabia, a princípio achei que seria apenas um cachorro que vive sobre as ordens daquela família, mas depois de te conhecer melhor, acho que pode ser muito mais.” Se aproximou de mim novamente e me agarrou pela cintura, me fazendo aproximar de si, sentindo seu hálito quente e fresco.

“Porque me trouxe Vegas?” O interroguei, colocando meus braços em seu ombro e acariciando sua nuca, havia essa tensão entre nós, eu sabia que não poderia resistir.

“Eu gostei de você.” Respondeu, me deixando inquieto sob seus braços.

Para as pessoas era tão difícil encarar os olhos de certas pessoas, percebi que ninguém ousava olhar para Vegas. O que esses olhos teriam de diferente dos outros? Encarando sem medo esses olhos negros tão profundos, que me enchiam de nervosismo e de calor. Eu estava muito mais entregue do que pensava quando inconscientemente comecei a acariciar seu rosto, sentindo sua pele e o espanto que essa ação lhe causou, sem ao menos responder Vegas umedeceu os lábios me beijou, selou cada parte de minha boca antes de pedir permissão para beijar profundamente, senti sua intensidade ao ponto de ficar trêmulo com seus toques e seu cheiro estavam evocando lembranças da nossa primeira noite.

Era tão quente que eu poderia derreter.

Vegas me puxou ainda mais para si, provando que dois corpos estavam prestes a ocuparem o mesmo espaço, suas mãos apertavam minha bunda com tanta energia e vontade, dessa vez eu tiraria proveito de cada momento sem medo. Esqueci missão, esqueci primeira família, estava a ponto de esquecer até meu nome, de tanto prazer que era estar aqui. Comecei a despir Vegas, tirando sua camiseta vermelha e a jogando em qualquer canto, usando minhas mãos para sentir a sua pele macia e seus músculos definidos, beijando e lambendo seu pescoço, deixando minha marca sobre ele.

“You’re so sexy Pete.” Gemeu enquanto eu descia meus lábios sobre seu abdômen, aquela era a visão do paraíso ou do meu próprio inferno? Me ajoelhei e comecei a massagear com a mão o seu membro ainda coberto, meu coração nesse momento estava prestes a explodir de desejo, nervosismo era pouco para me descrever.

Desabotoei sua calça e abaixei o zíper, antes de continuar olhei para cima novamente para ver expressão de Vegas, que acariciou meu cabelo e sorriu para que eu continuasse, abaixei sua calça e pude ter uma visão maior de sua ereção que estava tão dura e molhada de seu sêmen que começava a sair, mostrando o quanto ele estava necessitado de toques também, aquilo me deu água na boca.    Pude ver seu pau que estava tão duro, grosso e grande, fiquei pensando em como consegui abrigar tamanha coisa dentro de mim e comecei usando as mãos em ritmo lento para estimulá-lo, quanto mais aumentava a velocidade, mais Vegas ia gemendo tão gostoso como tal.

“Fuck Pete!” Disse em voz falha.

Ouvi-lo foi o suficiente para colocar seu membro na minha boca, tão grande que era difícil abrigá-lo completamente, comecei a lambendo e chupando a ponta que estava completamente sensível, sentindo o gosto desse Theerapanyakul segurei a base subindo e descendo, era incrível ver ele com os olhos semicerrados aproveitando enquanto eu chupava seu pau com vontade.

Vegas agarrou meus cabelos com força e começou a ditar os movimentos, mexia seu quadril da maneira que achava mais confortável para ele e um pouco complicado para mim que começava a engasgar com as estocadas tão profundas, estava ficando sem fôlego, mas não queria parar. Era tudo tão novo pra mim, os olhos lacrimejavam com ele fodendo minha boca, meu membro começava a ficar um pouco incômodo apertado, e era uma sensação de liberdade tão grande poder fazer tudo o que eu tinha vontade, explorar as coisas que nunca tive oportunidade de tentar, minha sexualidade era quase morta e eu nunca soube muito bem o que queria até aquele momento.

Os barulhos de sucção somados aos gemidos que Vegas soltava só deixava esse momento mais erótico, eu poderia gozar somente escutando sua voz, havia uma brutalidade em seus movimentos, cada vez mais ele ia aumentando o ritmo das estocadas em minha boca, eu não conseguia conter as lágrimas que saiam e que deixava esse momento ainda mais insano, como eu poderia gostar de uma forma tão intensa de proporcionar prazer?

“Pete que boca deliciosa você tem.” Vegas me elogiava.

De repente tirou seu membro da minha boca e me puxou para beijá-lo novamente, beijar ele sempre atraia sentimentos confusos para meu coração, era tão bom naquilo que despertava todas as terminações nervosas de meu corpo, ele não tinha vergonha, e nem pudor em seus toques pesados, era como se ele me conhecesse melhor do que a mim mesmo.

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