Vegas

Twenty Three

Phuket era linda, as praias com água cristalina deixavam tudo tão encantador diferentemente da Bangkok agitada, barulhenta e com um tráfego de carros intenso, era um pouco sufocante. Depois de Vegas me fazer ter dois orgasmos — que por sinal foram maravilhosos — descansamos um pouco e comemos para recuperar nossa energia, seriam longos dias de férias e queríamos aproveitar ao máximo.

Porsche havia me ligado mais cedo para dizer que ele e Kinn estariam viajando também, dessa vez iriam para a Itália fechar uma parceria com um mafioso antigo cliente de Korn, e depois iriam passar uns dias curtindo a sua lua de mel, eles se casaram muito antes de Vegas e eu, apesar de estar feliz com meu noivo eu ainda estava um pouco chateado porque ele fez o pedido tão romântico na frente de todos e no final, acabamos imersos em trabalho sem tempo de cuidar um do outro, confesso a inveja que estava dentro de mim.

Vegas queria visitar algumas lojas, e eu lhe pedi para que fôssemos ao centro da cidade para ver algumas lembranças da viagem, mas estava alerta para qualquer sinal de perseguição. A verdade era que eu estava um pouco preocupado com nossa segurança, apesar de Vegas garantir que não seríamos perseguidos por alguma gangue rival, eu simplesmente não confiava cem por cento em andar desarmado, carregando para todo lado na bolsa uma pistola que encomendei, apesar da pousada ser da família também ali estavam vários guardas que cuidavam da segurança do local e segurança reforçada por causa da clientela que sempre se hospedava, amigos da máfia para novas negociações, Milk uma velha amiga havia providenciado a arma deixando-a no quarto para que eu pudesse pegá-la discretamente, Vegas não sabia disso e eu estava com receio de contá-lo porque ele mais do que tudo merecia esse descanso.

"Amor, você parece um pouco tenso." Vegas chamou minha atenção, ele estava lindo com uma camiseta estampada de palmeiras como um verdadeiro turista, usava óculos de sol redondos e sua bermuda branca que era perfeita para ele.

"Estava apenas divagando." Lhe respondi.

Infelizmente era época do turismo, ruas lotadas de estrangeiros falando em idiomas que eu não saberia identificar, alguns olhavam torto para Vegas e eu que estávamos de mãos dadas, ele estava despreocupado e eu não poderia me importar menos com esses olhares de julgamento, na verdade meu namorado gostava de provocar ainda mais me puxando para si, era divertido ver as pessoas indignadas com nossas interações.

A primeira loja que Vegas entrou era pequena, uma típica que vendia miniaturas da ilha, de Buda e coisas de praia, como algumas camisetas escritas 'Eu amo Phuket', também pouco interessantes, na verdade esse destino não poderia ter sido a melhor escolha para nós, depois de uma pequena férias na casa de praia dos Theerapanyakun's, descobrimos que praia não era nosso forte, Vegas odiava pegar sol e eu muito mais. Macau adorou pegar um bronze, mas acabamos voltando não muito tempo depois, Kinn ter escolhido Phuket foi um pouco óbvio demais.

"Aqui parece não ter nada de interessante, Pete." Vegas finalmente se virou para mim, um pouco chateado. Ele estava fofo, como uma criança frustrada e não como um mafioso.

"Bem, eu acho que deveríamos ter trocado nosso destino para Las Vegas." Eu me aproximei dele, colocando meus braços sob seus ombros e dando um pequeno selar em seus lábios.

Ele começou a acariciar o meu braço esquerdo e deu um sorriso malicioso, eu amava Vegas até mesmo quando ele conseguia maliciar tudo o que eu falava.

"Mas você tem um Vegas bem aqui, baby." Ele sussurrou, pegando uma mão guiando para sua virilha, exatamente como naquela primeira vez em que montei em sua moto, tirei rapidamente antes que alguém pudesse ver e ligar a polícia e nos acusasse de atentado ao pudor.

"Se controle Vegas, não estamos em casa." Lhe adverti e ele soltou uma risada rouca.

"Olha Pete se quiser podemos ir para outro lugar, ou podemos voltar para casa."  Vegas disse sério dessa vez.

"Mas viemos para descansar e ficar longe dos nossos problemas e trabalho." Eu contestei.