O preço da mentira

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Gatilho: Abuso sexual não detalhado

Obito estava no seu quarto cigarro, a fumaça ia desaparecendo a medida que o vento a carregava pela noite

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Obito estava no seu quarto cigarro, a fumaça ia desaparecendo a medida que o vento a carregava pela noite. A lua enfeitava o céu e a brisa gélida compunham aquela noite estranha.

O Uchiha nem mesmo tremeu quando as mãos delicadas tocaram seus ombros, ele tinha ouvido os passos de Deidara antes mesmo do loiro estar tão próximo.

— Por que não está na cama? — Deidara perguntou beija do as costas do marido.

— Não consigo deixar de pensar em uma coisa... — Obito falou tragando mais uma vez, ele estava completamente impróprio para o tempo, apenas de calça social, seu dorso nu e assim suas tatuagens a mostra. Deidara se pôs ao lado do Uchiha, o loiro estava com um roupão de frio e seu cabelo loiro estava enrolado em um coque.

— Diga-me o que tanto te perturba...— Deidara falou já imaginando o que era.

— Hinata era uma traidora, Neji era sequestrado e por isso desaparecia... — Obito falou olhando diretamente nos olhos azuis. — Por que? Por que você fugiu de mim a primeira vez e depois a segunda, a terceira e continuou até...

— Até a chegada do Naruto! — Deidara falou e Obito ficou olhando o loiro.

— Eu só quero entender! Eu te amo Deidara, moveria céus e terra por você, mas tudo que ganho é suas birras e suas fugas... Em que momento nos distanciamos tanto?

— Tem uma coisa que você não sabe... — Deidara falou.

— Me conte.

— Quando eu cheguei, eu já estava apaixonado por você e eu realmente queria seguir as regras, mas... — Deidara cruzou os braços e respirou fundo. — Uma noite, você e seu irmão tiveram uma emergência, Hashirama tinha caído e vocês não podiam deixar de ir vê-lo, era minha primeira vez na Itália e eu estava amando tudo aquilo. Eu era novo, era burro, era ingênuo e tudo mais que você poder lembrar, mas acima de tudo, eu era fraco! — Deidara falou umedecendo os lábios. — Na casa ficou alguns poucos seguranças, um sócio do seu pai e seu tio Fugaku... Eu estava com sede e resolvi ir até a cozinha, eu estava com sua blusa e uma cueca, achei que não teria problema,  afinal já era de madrugada. Você tinha me falado que voltava ao amanhecer e acredito que os outros receberam a mesma informação. — Deidara suspirou e uma lágrima escorreu por seu rosto.

— Deid -

— Eu preciso contar! — Deidara falou limpando uma lágrima solitária. — Os seguranças internos já não estavam mais a vista, eu tinha tomado minha água e já voltava para o quarto... Foi quando Fugaku apareceu! Ele estava junto com um segurança da casa e com o sócio do seu pai... Fugaku disse que eu era bonito, era novo... Atraente... — Deidara respirou fundo e por mais que sua voz estivesse embargada ele continuou. — Eu gritei... Pedi ajuda... Pedi socorro e tudo que eu pude fazer, mas eram três e um deles era o segundo líder da família. — Deidara falou. — Quando tudo acabou, eles me disseram que se eu contasse ninguém acreditaria em mim, também me falaram que matariam a mim e ao meu primo! — Deidara finalmente olhou nos olhos negros que agora estava concentrados em si. — Eu juntei o resquício de força que havia em mim e subi para o quarto, eu tomei muitos remédios para dor, tomei um banho e me vesti... Com uma esperança tola eu fugi! Eu nem notei como que minha fuga foi completamente facilitada por Fugaku. Mas, eu fugi Obito... Quando você me encontrou disse que a vontade era de me matar, e eu pedi a Deus que você fizesse isso.

Meu MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora