Vulnerável

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A semana que passou foi corrida e divertida, acabei ficando mais próximas do pessoal das filmagens e os diretores nos deram a notícia que daqui a um mês iríamos para a Espanha gravar as cenas de guerra e do início do filme no castelo Ponferrada. Quase todos os dias eu dormia com Joe na minha cobertura ou na dele, não estava aguentando ficar longe dele.

— Acha que eu estou bonito? — ele saiu do banheiro vestido com uma camisa preta e uma jaqueta de couro, as calças eram jeans  escuras e os sapatos da mesma cor, o cabelo penteado e a barba recém feita.

— Quer ficar bonito pro meu pai? — provoquei, já rindo.

— Tá com ciúmes? — ele devolveu.

— Tá lindo. — respondi. — E eu? Estou bonita?

— Huumm.....— dei uma voltinha e fiquei com as mãos na cintura esperando a resposta.

Escolhi uma calça preta cargo, um colã azul escuro frente única e uma jaqueta de couro, meus cabelos estavam soltos e volumosos, a maquiagem preta e brilhante destacava meus olhos verdes escuros, e o gloss transparente para finalizar, no pescoço e nas orelhas eu usava um conjunto de pérolas pequenas, e nos pés uma bota de salto alto

— É lógico, mulherão! — ele me agarrou pela cintura, e me lascou um beijo nos lábios. — Ah, que melado. —
gargalhei vendo ele morder os lábios para tirar.

— O gloss! — peguei e passei novamente.

— Tem um gostinho bom....— ele esfregou a língua, fiz biquinho, e ele me agarrou para outro beijo.
Deu a hora de sair, Joe foi dirigindo ao endereço do estádio onde seria o show, direcionei ele para o estacionamento dos vips, geralmente eram de parentes ou convidados dos artistas.

— Oi! Eu sou a filha do Jhon, Celina, ele me disse que avisaria que eu viria. — digo quase passando por cima de Joe para falar com o segurança.

— E esse aí?

— Meu convidado, oras. — ele liberou a passagem, e outro segurança nos levou até o camarim, faltava uma hora para o show começar.

Bati na porta, e quem abriu foi meu próprio pai.

— Filhota! Que bom que veio, estava duvidando da sua presença! — o abracei, aproveitando aquele momento, porque sabia que provavelmente demoraria para ele me abraçar outra vez.

— Um certo rapaz me implorou, sabe.... — o soltei, papai olhou Joe de cima abaixo e o abraçou, ri ao imaginar como ele comentaria sobre esse momento mais tarde.

— Muito prazer, Joe. — eles apertaram as mãos.

— O prazer é todo meu, nossa eu tô muito emocionado. — papai riu para mim.

— Entrem, vamos comer. — ele chamou, lá dentro cumprimentei os outros integrantes. — Então, vocês são namorados?

— Não. — respondi.

— Somos só amigos. — Joe sustentou, dei as costas, pegando uma uva que estava disposta na mesa. — Estamos gravando o filme juntos, senhor.

— Sei, Celina me falou. Gostei de você, Joe, de verdade. — papai bateu nas costas dele — Jake comentou que você tem saído com algum garoto, se não é ele, já deu um pé na bunda do coitado? Você enjoa fácil, né? É exigente que nem eu.

— Jake é um bocudo fofoqueiro. — me virei.  — Sair com alguém não é namorar, e eu não enjôo, os caras que não dão conta. — ele estalou a língua.

— Quantos anos você tem Joe?

— Vinte e nove.

— Ótimo, homem mais velho é melhor, Celina, você está no caminho certo. Logo teremos um casório.

The perfect girl • Joseph QuinnOnde histórias criam vida. Descubra agora