Nas mãos do destino

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— A química foi tão forte que até formou uma vida dentro de você né? — Garry me disse enquanto saíamos da pequena salinha, acabei caindo na gargalhada.

— Muito bem observado. — digo. — Vou para o camarim, me preparar.

— Quer que eu te acompanhe? — Joe ofereceu.

— Não. — ri com seu cuidado. — Faça o que tiver que fazer. — deixei ele me dar um beijo na bochecha, e segui para minhas obrigações.

O dia foi cheio e corrido, mas os diretores e Joe  fizeram de tudo para que eu não me exaurisse, nos intervalos Joe era o primeiro a levar um copo de água gelada para mim, na hora do almoço, troco o nariz para o cheiro forte do bacalhau.

— Acho que...eu vou comer outra coisa. — avisei a Joe, ele percebeu.

— Vamos no restaurante no final da rua então. — ele deixou o prato que havia pegado para servir no mesmo lugar. — Você quer comer algo específico?

— Eu tenho que ver pra querer....— ele sorriu de lado, e entrelaçou nossas mãos.

Ao sair do castelo fomos andando até o tal restaurante, encarei as imagens dos alimentos na parede.

— E aí? — ele perguntou, peguei o cardápio na mesa.

— Eu acho que comeria esse.....— apontei para a porção de batatas fritas com cubos de carne.

— Ok, sente, eu vou pedir no balcão. — obedeci.

Ele era tão doce comigo, calmo e cuidadoso, ainda mais agora que eu carregava um filho dele....nosso, um filho nosso.
O admirei lutando com o espanhol de centavos para pedir o almoço, não demorou para ele voltar me perguntando o que queira beber

— Quero....suco de laranja, bem gelado. — ele voltou, e pediu.

— Vão trazer daqui a uns quinze minutos. — ele se sentou em minha frente, esticando a mão sob a mesa, a peguei. — Tá com fome?

— Bastante. — admiti. — O que pediu para você?

— Uma torta de quatro queijos. — seu polegar acariciavam meu pulso, ele olhou para a mesa na diagonal atrás de mim.

— Acho que tem alguns fãs seus ali. — comentou com a voz mais baixa. — Estão vindo.

— Calma, Joe. — ri, nesse momento duas rapazes se aproximaram.

— Com licença. — o moreno disse, com um sotaque forte.

— Oi. — sorri aos dois.

— Você é a Celina? — o loirinho perguntou.

— Sou, vocês querem uma foto? — eles olharam para Joe.

— Claro! Sim, por favor, se não atrapalhar vocês...— me levantei.

— Pode tirar pra gente, Joe? — pedi entregando o telefone do garoto.

— Claro. — ele se levantou, fiquei no meio dos rapazes que colocaram as mãos para trás e sorriram largamente.  — Pronto, tirei umas três.

— Obrigado. — o moreno pegou o celular de volta. — O que você está fazendo aqui na Espanha?

— Estamos gravando um filme. — expliquei. — O lançamento está previsto para o final do ano que vem. — me sentei novamente.

— E você...— o loirinho apertou os olhos para Joe. — Você fez Dickensian, não fez?

— Sim. — ele sorriu tímido.

— Caramba, muito bom cara! Posso tirar uma foto com você também?

— Claro, vamos lá. — ele se levantou, o moreno posicionou o celular, sorri ao ver Joe sorrir, ele era tão fofo e lindo!

The perfect girl • Joseph QuinnOnde histórias criam vida. Descubra agora