Juntos nessa

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— Acha que conto para os irmãos Kenedy? — perguntei a Joe durante o jantar, ele decidiu ficar para se certificar de que eu comeria bem, ainda bem que o enjôo não veio.

— Acho que sim. — respondeu. — Assim vamos gravar as cenas sem aqueles vestidos grossos e pomposos antes da sua barriga começar a aparecer, já que eles a esconderá de qualquer forma.

— Bem pensado. — sorri, ele devolveu, sempre tão charmoso. — Eles devem ficar bravos...

— Te demitir não vão. — ri. — Sabe de quantos meses está?

— Não, acho que vou fazer um exame em algum laboratório, assim vai mostrar mais detalhes....eu vi na internet que os enjoos começam com um ou dois meses.
— Entendi. — ele me olhou mais um pouco. — Você não acha melhor ficarmos juntos? Tipo...na mesma casa? Assim eu posso cuidar de você, talvez até....dar um passo maior. — parecia meio tenso ao sugerir .

— O que seria esse passo maior?

— Vamos firmar um namoro. Eu estou apaixonado por você, Celina.  — ele disse, sério. — E eu quis deixar tudo acontecer no seu tempo, mas agora, é diferente...eu quis te namorar desde a primeira semana que passamos juntos.

— Eu também estou apaixonada por você, Joe.— além de estava grávida dele, isso já é motivo para morar junto, né? Joe sorriu quando declarei recíproca.— Mas temos que tomar cuidado com a mídia. Eu não quero que descubram sobre a gravidez ou a gente. Quero...manter o máximo privado possível, pelo menos até não ter como esconder a barriga.

— Ok, concordo com você.  — ele esticou a mão, a peguei, ele acariciou e sorriu. — Eu estou feliz, apesar das circunstâncias.

— É mesmo? — sorri.

— Sim, gosto de crianças. — meu coração acelerou, minha vida estava prestes a mudar daqui a poucos meses. — Já contou para alguém?

— Liguei para o Jake antes de ligar para você. — admiti, ele riu.

— Liga pro seu irmão para avisar que ele vai ser tio antes de avisar o pai? — ri cobrindo a boca, realmente não fazia sentido.

— Eu estava em choque, só consegui pensar nele! E depois que ele me mandou te avisar o mais rápido possível, eu te liguei! — ele esticou para beijar minha mão. — Estou com medo de contar para meu pai.

— Eu também. — rimos.

— Mas pelo menos ele vai ficar feliz, eu acho. — tentei ver pelo lado bom. — Quando a turnê terminar o bebê já vai ter nascido, vou esperar ele me ligar.

— Você quer uma menina ou um menino? — ele apoiou a cabeça na mão, seus olhos brilhavam.

— Nunca nem imaginei ser mãe, muito menos minhas preferências. — pensei um pouco. — Acho que uma menina, e você?

— Uma menina. — concordamos. — Mas se vier um menino também vai ser legal.

— Eu acho também, é nossa criança de qualquer jeito. — eu não vou mentir, estava feliz.

Depois do choque e o medo ter passado, e ter recebido apoio de Joe, eu vi o lado bom, dinheiro jamais faltaria, eu gosto de crianças e farei de tudo para ser uma boa mãe, e acho que Joe também será um bom pai.

— Vamos dormir? Já está tarde. — olhei o relógio assim que ele disse, era verdade.

— Só vou ligar para o Jake, rapidinho. Ele ficou preocupado. — Joe assentiu, peguei o celular e disquei. — Oi.

“ Oi, e aí? Como foi? Como você tá?"

— Bem. — sorri. — Tudo bem, o choque já passou e Joe...gostou da notícia. — trocamos olhares, ele sorria com os lábios inferiores presos pelos dentes.

The perfect girl • Joseph QuinnOnde histórias criam vida. Descubra agora