𝘁𝗿𝗂𝗻𝗍𝗮 𝖾 𝘂𝗆

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Kael

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Kael

Cocaína, heroína, metanfetamina, metadona e todas as outras merdas fortes que estão sendo requeridas no mercado foram mandadas para mim.

Admiro os carregamentos empilhados no galpão fora dos limites da cidade. Faz três dias desde a minha viagem para Bolingbrook quando negociei com Carl.

Pelo menos um terço disso vai para o seu estado e o destino do resto ainda será discutido com JC.

Dou as costas para as substâncias e faço sinal para que os capangas saíam do galpão atrás de mim.

Dois homens trancam as portas enquanto eu assisto de braços cruzados, elesvão embora primeiro e eu contemplo a estrutura por mais tempo do que seria necessário.

É apenas um paralelepípedo de metal vermelho com barras prateadas cortando seu comprimento, uma em cada porta. Mas eu o acho magnífico.

Preciso acabar com isso.

Vou até minha moto, ponho o capacete e subo nela depressa. Dou partida e acelero, acelero, acelero...inclinando o corpo como se pudesse voar.

A pista se estende sob as rodas que deslizam por ela como um tapete.

Faço a curva na CA-1N e depois viro a direita na Newport Coast Dr, quando meu celular toca no bolso. Resmungo de raiva.

- Que merda.

Deve ser o JC ligando, ultrapasso um carro, depois outro e sigo acelerando pela estrada, fazendo as curvas com velocidade alta.

. . .

- Seu pedaço de bosta, quase me fez bater antes de chegar aqui.

- É muito bom ouvir sua voz, amigo. E está tudo bem, obrigado por se preocupar. - diz ele aterrissando no sofá velho.

Ainda não sei como essa coisa não se desfez no meio sala.

- Dramático como me lembro, parece que pouca coisa mudou. - passo por ele indo em direção a mesa de madeira procurar papeís que indiquem os últimos fornecedores.

- Nesse sentido, sim, porque eu não sou duas-caras. Mas, ouvi dizer que vamos mudar de ramo, é verdade? - pergunta curioso, inclinando a cabeça para me encarar.

Antes que eu possa responder, outra voz toma a palavra a minha frente.

- Um passarinho me contou...que você anda mentindo pra mim.

Ela surge das sombras, caminhando lentamente em minha direção, estuda meu rosto enquanto balança a faca como um brinquedo.

A mulher de pele negra com o cabelo encaracolado tingido de vermelho se aproxíma de mim, as mechas batem abaixo dos ombros e o cabo da lâmina afiada pende de seu punho fechado. Com os olhos semicerrados, ela parece pronta para me fuzilar.

Sem Tempo Para MorrerOnde histórias criam vida. Descubra agora