Quando uma garota descobre que sua melhor amiga, abandonou o irmão em um hospital psiquiátrico, ela resolve ir descobrir o porquê, resolve ir visitá-lo. O que ela não sabia é que após ver os belos olhos inocentes, iria se apaixonar profundamente. E...
Quando finamente me acalmo resolvo terminar a conversa e ir embora, não quero mais ficar aqui.
— Tem certeza? - Sabina pergunta e eu assinto me levantando - Tudo bem, eu vou estar com você ok? Não esqueça.
Assinto lentamente e volto para o quarto.
— Eu quero minha pulseira de volta, é a única lembrança que eu tenho da vovó - Vicenzo se levanta e vem até mim, estremeço com medo mas tento manter a postura.
— Aqui - Tira do bolso e me entrega - Olha, eu sei que é pedir muito, mas Any, nós três sabemos que o que fizemos com você foi errado, fomos monstros com o que fizemos com você, nos tornamos pessoas terríveis, o amante de Joalin não foi a única pessoa que matamos, nós já matamos muita gente, muita mesmo - Meu queixo começa a tremer e minha visão embaça pelas lágrimas - Somos monstros por termos matado pessoas, por termos machucado você quando te... Te batemos, quando nós ignoramos quando nos contou que não poderia gerar uma criança, por tudo, Any, somos monstros por termos machucado nossos filhos, não é? - Vicenzo soluça alto e cai de joelhos em minha frente. Bernardo e Brian tem lágrimas caindo pelo rosto, Bernardo sempre foi como meu bebê, mesmo eu sendo bem mais nova que eles, ele teve depressão quando eu tinha apenas dez anos e ele tinha vinte e cinco, quando ficava triste ele se cortava, e uma vez foi parar no hospital por conta disso, mas eu sempre tentei ao máximo cuidar dele.
Agora aqui no quarto ele segura em seu pulso esquerdo com força e puxa a manga da blusa pra baixo.
— Deixa eu ver - Me afasto de Vicenzo e vou até Bernardo que nega rapidamente com a cabeça - Eu não estou brincando, Bernardo.
Pego em seu braço e levanto a manga da blusa, respiro fundo vendo os cortes em seu pulso.
— Eu tentei, Any, tentei fazer eles pararem, mas não consegui, desculpa.
— Eles? Os três estão se multilando? - Intercalo meu olhar entre Sabina e os meninos - Me respondam, por favor - Ela assente e suspira lentamente fechando os olhos logo os abrindo, eles estão vermelhos e com pequenas lágrimas escapando.
— Acabou, eu quero ir embora. Any, eu só peço que nos desculpe, eu desejo que você seja a mulher mais feliz do mundo, com o Josh e o Max - Brian faz uma careta - E com os filhos de vocês, te amamos muito, muito, muito. Apenas pedimos perdão - Saio do quarto e solto um soluço que estava preso em minha garganta, Nour me rodeia em um abraço me prendendo contra si.
— Vamos, eu vou te levar embora, você precisa se acalmar - Nego com a cabeça e me solto dela.
— Eu vou sozinha, obrigada, mas eu preciso pensar - Ela suspira assentindo, me despeço de Alex e saio do hospital.
***
Max
— A MINHA MULHER SUMIU E VOCÊ QUER QUE EU FIQUE CALMO? - Berro falando com Alex pelo telefone.
— Eu desejo que você seja corno, sabia? Any veio aqui conversar com os idiotas que bateram nela, ela saiu daqui devastada e disse que precisava pensar quando Nour se ofereceu pra levá-la embora.
— Por que ninguém me avisou? Justo hoje Any sai sem a praga do celular e do carro com o rastreador.
— Cara, você é doente. Mas enfim, ela só precisa de um tempo pra se recuperar disso tudo, se quiser deixa os meninos comigo e com Nour e vão passar o tempo que precisarem juntos, ela vai precisar.
— Vou fazer isso, obrigada, agora eu preciso desligar - Murmuro quando ouço um choro alto.
— Tudo bem, tchau.
Desligo o celular e vou o quarto de Henrique, entro e suspiro vendo meu filho espernear na cama.
— Ei, o que aconteceu?
— Eu tô com medo, papai, não deixa eu ir com eles, por favor - Implora, o pego no colo e acaricio suas costas.
— Ir com quem, filho?
— Com os homens que me tiveram e com Joalin, não deixa eu nem o Pedro ir, papai, eu tenho medo.
— Você, seu irmão e a mamãe de vocês são tudo na minha vida, não vou deixar nenhum de vocês sair dos meus braços, nunca.
— Plomete?
— Plometo - Imito sua fala e ele aponta para a chupeta, coloco em sua boca e ele suga lentamente agarrando minha camisa com força - Eu te amo, filho.
— Eu te amo, papai.
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Iih gente as coisas tão tensas por aqui né...
Faltam 9 cap (contando com o epilogo) para a fic acabar :(
Vcs preferem que eu faça a maratona de 8 cap e depois posto o epilogo, ou que eu vá postando cap's solto???
A capa nova:
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