CAP: 13

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Max

Me remexo na cama tentando encontrar o corpo pequeno de Any mas bufo não o encontrando. Abro os olhos e levo um susto com ela me olhando fixamente.

— O que foi?

— Você trabalha com sangue? Que sangue, sangue de quem, por qual motivo trabalha com sangue?

— O que?

— O neném falou que você trabalha com sangue, me fala a verdade

— Eu já disse, faço justiça

— Então tá bom, não posso te obrigar a falar a verdade - Estranho sua resposta mas assinto aliviado

— Posso mamar?

— Não até você me contar - A olho incrédulo e ela apenas sai do quarto

"Bem feito, feioso"

Vicente gargalha, depois pensam que é apenas um bebê.

"Somos o mesmo corpo".

"Mas eu sou mais legal".

Gargalha feito um maluco.

— Vamos montar a árvore de Natal?

— Só vou montar com o Vicente, não quero falar com você.

— Para, Any. Por favor, eu já disse que faço justiça.

— Me fala a verdade, Max - Suspiro a trazendo para meu colo e coloco uma perna sua de cada lado. Acaricio seu rosto perfeito e ela faz um bico emburrado.

— Eu sou igual Alex, eu mato pessoas ruins - Ela me olha surpresa e pisca algumas vezes, Any parece raciocinar o que eu disse mas seu silêncio está me deixando agoniado — Ny, fala alguma coisa.

— Eu não sei o que falar. Querendo ou não isso me assusta - Ela sai do meu colo e vai até seu quarto, a sigo e me deito na cama junto com ela.

— Vai nos deixar por causa disso?

— Não, mas você nunca matou pessoas inocentes né?

— Não, amor. Nunca matei gente inocente, apenas pessoas maldosas, tá bom? - Ela assente e eu abraço seu corpinho pequeno, beijo sua cabeça e ela sorri me olhando — O que foi?

— A gente pode montar a árvore de Natal agora? Amanhã quando meus sobrinhos chegarem eu quero que eles vejam toda a decoração.

— Nossos sobrinhos, nossos.

— Isso, desculpe.

— Tudo bem - Tento beijar seus lábios mas ela se afasta — O que foi?

— Ainda não escovei os dentes.

— Chata - Reviro os olhos a puxando para um beijo rápido e bruto. Nos separamos e dou uma risada alta vendo seu rosto vermelho.

— Para de rir, Max. Vou tomar banho.

— Posso ir junto?

— Pode - Sorrio entrando no banheiro junto com ela, tiro minha roupa e a dela, observo seu corpo perfeito sem defeito algum aos meus olhos, Any sorri envergonhada e entra na banheira já cheia — Você me olha como seu eu fosse uma pedra preciosa.

— Você é uma pedra precisosa, minha pedra preciosa - A coloco de frente o meu corpo e beijo seu ombro.

"É minha também, idiota"

Vicente é insuportável.

— Você é muito fofinho, lindo.

— Josh não cala a boca, que garoto chato - Coloco minha cabeça em seu pescoço e Any se vira me abraçando.

— Não fala assim dele, Josh é um neném.

***

Any

Tomamos um banho bem gostoso e agora estamos tomando café da manhã, Max preparou tudo e sabe cozinhar muito bem.

Me remexo no colo de Max pra poder ficar mais confortável e ele suspira olhando pra baixo.

— Tudo bem?

— Sim, tudo bem - Assinto e me sento direitinho em seu colo mas sinto uma coisa dura.

— Você tá com seu celular aqui? - Franzo a testa e olho seu celular na mesa — Ué.

— Não, amor. É, é outra coisa.

— O que? - Ele respira fundo e olha para minhas pernas, segura meu quadril e me levanta um pouco de seu colo, toco no volume entre suas pernas e aperto fazendo Max soltar um gemido alto, arregalo os olhos e coloco as mãos na boca, eu peguei no brinquedo dele — Desculpa.

— Não precisa pedir desculpas, mas acho melhor sair do meu colo um pouco - Assinto e me sento na cadeira do lado, terminamos de comer em meio as palhaçadas dele e estamos assistindo um filme agora, nunca assisti ele e tô me sentindo estranha.

— Max - Ele resmunga e me olha — Eu tô desconfortável aqui - Com um pouco de vergonha eu pego sua mão e levo até minha intimidade — Tá formigando.

— Puta merda, Any. - Ele pressiona seu dedo em um lugar que foi muito bom por cima do tecido da calça e da calcinha.

— Tá piorando - Choramingo e fecho os olhos sentindo ele mexer seus dedos lá.

Amor InusitadoOnde histórias criam vida. Descubra agora