"Nenhuma técnica psicológica funcionará se o amor não funcionar."
Augusto Cury
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Durante a noite eu não consegui sair do lado do Edward, especificamente porque ele pareceu não dormir nada bem, visto que se mexia demais e até mesmo em algumas horas parecia que estava tendo pesadelos.Em alguns momentos ele até chamou alguns nomes ou falava alguma coisa e quando eu chegava perto dele para saber o que era, eu o via dormindo, mas muito assustado. E foi assim que passei minha noite ao lado dele, temendo que ele tivesse recaídas e sempre comparava a temperatura da testa dele com a minha, para ver se ele não estava com febre.
Pensei em chamar alguma enfermeira para verificar, mas desisti de imediato em lembrar que provavelmente eles dariam mais um dia de observação para o Edward ficar no hospital, e isso era o que ele menos queria.
Então, em algumas horas eu ficava alisando o cabelo dele quando ele parecia assustado ou falava coisas sem parar (mesmo dormindo), e eu balbuciava algo como: “Se acalma…” , “É só um sonho…”, “Vai passar…”Nos momentos que ele parecia que estava dormindo de fato, era a hora que eu conseguia dormir também. Mas em algum momento qualquer eu acabei pegando no sono e só me dei conta disso quando já estava claro. Uma enfermeira balançava meu braço, me chamando, tentando me despertar.
Levantei a cabeça que estava inclinada para o lado rapidamente e passei a mão pelos fios loiros do meu cabelo, olhando ao meu redor. Edward estava sentado na cama, com uma bandeja de café da manhã sobre ele e seu médico analisando a perna que estava com o pijama de hospital suspenso até a coxa, deixando a perna livre para ser examinada.
— Nossa… — Estiquei meus braços para cima e flexionei meu pescoço de uma lado e do outro. — Eu dormi a noite nessa posição?
— Parece que sim. — Foi Edward que respondeu. — Por que não procurou um lugar melhor pra dormir?
— Ah… — Movimentei mais um pouco meus braços e pescoço. — Foi melhor eu dormir aqui. Acredite em mim.
— Eu iria te acordar mais cedo para ir deitar na outra poltrona… — A enfermeira começou dizer. — … mas o Senhor Edward não deixou, falando que iria te acordar. E me fez ajeitar esse travesseiro atrás das suas costas.
— Aahh… — respondi vagamente.
O médico falou mais algumas coisas com o Edward em relação a sua perna e perguntou se ele estava sentindo mais algumas dores. Edward negou as dores e disse que poderia andar tranquilo novamente.— Quando eu vou poder sair daqui? — Ele perguntou ao médico.
— Amanhã.
Edward deixou a enfermeira pegar a bandeja do café e voltou a se deitar.
— Por que não posso voltar pra minha casa hoje?
O doutor pareceu um pouco impaciente.
— Senhor Edward… não complique a sua situação, mas do que pode ser… o Sr. sabe muito bem como pode ficar se houver mais complicações em sua saúde.
Edward fechou os olhos e ficou quieto.
— Se precisar de alguma coisa nos chame — o médico disse, mais especificamente em minha direção e saiu seguido pelas duas enfermeiras.
Troquei mais algumas palavras rápidas com o Ed e fui até o banheiro trocar de roupa e lavar o rosto. Quando voltei para o fazer companhia novamente, ele já estava de pé apoiado no parapeito da janela de vidro grande do quarto, olhando para o que acontecia por lá.
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O garoto do lenço azul
RomanceCansada da sua vida monótona, convivendo com a sua mãe em Nova Orleans. Luara Thompson, decide mudar o rumo da sua vida, com uma decisão importante no dia do seu aniversário. Decidida a correr em busca dos seus sonhos, ela encontrará obstáculos e de...