Capítulo 38

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"A sabedoria não está em não falhar ou sofrer, mas usar nossas falhas para amadurecer e nosso sofrimento para compreender a dor dos outros."

Augusto Cury

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Eu não sabia o que responder. Não sabia como reagir e principalmente não sabia o que pensar daquilo tudo.


—Assim? Tão rápido? C-Como aconteceu? — perguntei tentando ainda raciocinar.


—Ai, branquela. Tudo foi extremamente estranho no começo e rápido demais, mas não é assustador.
— Ela sorriu levemente e comeu um biscoito.


—Você foi atrás dele, Kate?


—Haha. — ela bufou. — Claro que não. Uma mulher como eu! Extremamente linda e bem humorada iria atrás de algum homem?  — Ela jogou o cabelo pra trás dos ombros e acomodou um pouco mais os peitos na blusa.


—Ah! Claro! Como poderia isso acontecer. — imitei o jeito que ela falou. — Então… vocês estão namorando?


—Quase. Eu ainda não dei o meu sim. Mas, eu sinceramente considero que estamos.


—Você começou gostar dele em tão pouco tempo? — perguntei ainda pasma com tudo aquilo.


—Ah! O tempo não define muitas às coisas. E isso é o que ele também pensa. Eu sei que foi rápido demais, mas quando fomos perceber, nós já estamos envolvidos emocionalmente. Não foi o toque que nos aproximou a primeira vez, mas as conversas, o temperamento, as atitudes. — Ela tomou minha xícara das minhas mãos e foi até a máquina a encher com mais café. — Sabe, branquela… eu percebi que tenho muito o que aprender com ele, e ele é tão… tão calmo, tão atencioso, tão… tão ele. E eu sou… tão eu… e ele respeita todo o meu jeito e eu o respeito também. O tempo não pode definir sempre as coisas, principalmente quando falamos sobre o coração.


Bebi todo o café novamente e engoli todas às palavras da minha amiga como um verdadeiro ensino do que eu deveria fazer daqui a diante.


—Ele te ensinou muitas coisas mesmo. — Sorri e ela concordou. A Larissa se aproximou de nós um pouco ofegante como se tivesse algo muito importante para nos dizer.


—Meninas! — Ela apoiou as mãos no balcão e ficou do meu lado de frente para Kate. — Vocês não vão acreditar! — ajeitou o óculos no rosto e voltou falar. — Eu encontrei o amor da minha vida!! 

Minha amiga sorriu me fazendo fazer o mesmo. Eu não estava entendendo nada, mas sorri, somente pelo jeito que Kate achou aquilo engraçado.

—OOH! — Kate continuou sorrindo e a Larissa bufou impaciente.


—É verdade! Tem um homem – gatinho – lindo – elegante – hermoso. — a última palavra ela pronunciou em espanhol. — Do lado de fora, olhando o relógio do pulso a cada dois minutos e olhando para o nada. E meu Deus! Como ele é lindo!


—Você disse isso sobre um dos clientes que veio ontem aqui, também disse isso sobre os homens que viu na semana passada, aliás, quantos amores você tem? — Kate continuou sorrindo, zombando do que comentário da Larissa. Me surpreendeu ao saber que ela gostava tanto assim de paquerar os homens.

O garoto do lenço azulOnde histórias criam vida. Descubra agora