"Todos podemos controlar a dor exceto aquele que a sente."
— William Shakespeare.
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Duas coisas eu tinha certeza que eram difíceis na minha vida. A primeira era de poder realizar meus sonhos, e a segunda era de tentar controlar a Kate do seu ataque histérico de risos. Era pior que uma orquestra desafinada (se isso era possível acontecer). Ela não conseguia nem respirar direito pelo tanto que estava rindo.— Ah! Meu Deus, branquela! Isso é hilário. — Kate tentou pronunciar colocando a mão na barriga tentando recuperar o fôlego.
— Não tem nada de engraçado nisso, Kate! — protestei.
Assim que eu li a mensagem do garoto desconhecido (que nem era tão desconhecido assim), Kate perguntou o motivo pelo meu sorriso e irritação. Mostrei a ela a mensagem e os nossos olhos percorreram por todo o restaurante com curiosidade. Como ele sabia que eu estava com blusa amarela? Como ele me encontrou?
Depois de não encontrar nenhum sinal do jovem, ou algo que me levasse a ele, minha amiga e eu pagamos por nossa comida e saímos do restaurante. Foi aí que ela começou a gargalhar e não parou mais.
— Claro que foi engraçado, branquela, não sei se dou risada de como você ficou, ou em saber que esse seu admirador estava te observando. Mas a pergunta certa é: Como ele desapareceu assim tão de repente? — Kate conseguiu perguntar ao parar de rir.
— Não sei. — Me encostei na parede do lado de fora do restaurante, dando espaço para as pessoas que passavam pela calçada.
— Pelo visto nenhum sinal dele, pelas descrições que você me disse de como ele era — Kate falou atentamente. — Será que foi realmente ele?
— Não sei exatamente, mas ele é o único que poderia me enviar essa mensagem com assinatura “o garoto do lenço azul”. — Revirei os olhos ao pronunciar a última frase.
— Faz sentido.
— Eu também não entendi nada disso, o pior de tudo, é que isso significa que eu estou sendo vigiada, Kate! — falei preocupada.
— Calma, respira, Luara. Não é bem assim, branquela. Essa foi a primeira vez, talvez foi apenas coincidência.
— Pode ser, mas e aquele homem que foi entregar o celular? E ainda foi onde eu moro! Ah! Meu Deus, ainda tenho minhas desconfianças... E muitas preocupações agora.
— Isso tudo deve ter uma explicação lógica, veja bem, o celular foi porque esse garoto tinha quebrado o seu... E não se esqueça que você ainda está com o lenço dele!
— Ainda tem essa... — suspirei.
— Mas… não vamos deixar isso estragar nosso dia, você estava tão feliz hoje.
— Não, não. Isso não vai acabar com a minha felicidade, o dia hoje foi ótimo! — falei decidida e exibi um sorriso por fim.
— Muito bem, eu não quero te ver triste.
Quando já estávamos cansadas, e não conseguíamos fazer mais nada, nem caminhar, tão pouco comer, Kate chamou um táxi para nos levar de volta para casa.
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O garoto do lenço azul
RomanceCansada da sua vida monótona, convivendo com a sua mãe em Nova Orleans. Luara Thompson, decide mudar o rumo da sua vida, com uma decisão importante no dia do seu aniversário. Decidida a correr em busca dos seus sonhos, ela encontrará obstáculos e de...