Felicidades eternas

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– Estou de volta, trouxe-lhe um presente, prin... cesa? – Blaze saíra mais cedo para comprar alguns mantimentos. Apenas levantei um pouco a cabeça para encará-la segurando uma linda caixa decorada – Princesa Amy! – sua feição de extrema preocupação chegou mais perto, largando a caixa sobre a cama e abaixando-se à minha frente, pousando sua mão calorosa em um de meus ombros – O que aconteceu?! Está machucada?!

– Sim, Blaze... – ela arregalou os olhos, prestes a entrar num estado de desespero – Meus sentimentos estão machucados, meu coração está em pedaços.

A gata franziu a testa, suspirando bem desanimada em seguida. Ela apoiou seus joelhos ao piso e abraçou-me. Confortei a cabeça em seus pequenos seios macios, era uma boa sensação, apesar de as lágrimas simplesmente não quererem deixar de rolar.

– Qual deles te rejeitou? – funguei:

– O Sha-Shadow... – a escudeira iniciou um movimento confortante com a ponta de suas garras na minha pelagem próxima das orelhas, num carinho calmo que foi-me transmitindo leve paz.

– Já passou. É melhor do que alimentar esperanças falsas, ele apenas não merece alguém tão carinhosa como você. Sabe como ele é, com seu jeito frio e calculista.

– É, mas... mas não achei que fosse ser tão ruim – apertava sua armadura das costas fortemente. A respiração dela dissipava serenidade.

– Esqueça-o, é para seu próprio bem – limpou minhas lágrimas com os polegares, encarando-me bem ao fundo de minhas íris exaustas de tanta lamentação – Siga sua vida, siga sendo essa princesa linda e sorridente de sempre, faça isso por si mesma, não dependa de outrem para isso – assenti devagar – Vamos esquecer juntas e passar esse tempo fazendo coisas boas.

Atenciosamente, ajudou-me a ficar de pé. Sentamos na cama e ela pôs a adorável caixa no meu colo. Esbocei um pequeno sorriso, tendo convicção de que gostaria de ver o que havia ali dentro, já que a gata sempre acertava meus gostos.

– OH! Obrigada! – com a voz em tom meio choroso ainda, emocionei-me. Abraçando seu braço em seguida. Recebera um belo vestido vermelho comprido e rodado, era perfeito – Quero experimentá-lo agora mesmo! – levantei empolgada. Não importa o que Lancelot me diga, continuarei na tentativa de provar que sou digna para me tornar rainha!

SONIC ON

– Amy fez algo estranho? – perguntei preocupado, enquanto encarava a expressão irritadiça do cavaleiro correndo ao meu lado. Ele contou-me tudo em detalhes e considerei um pouco cruel.

– Você queria que deixasse ela me beijar?

– O que? De forma alguma, apenas... – suspirei – Pondo-me no lugar da princesa, jamais suportaria ouvir uma rejeição de você – Shadow parou, já nos encontrávamos na fronteira.

– Sua compaixão é invejável – sorri desviando o olhar – Mas sabe que é diferente, porque você é quem eu amo, não a ela – e começou a caminhar na frente – Agora seguimos – ele solta uma frase dessas e quer que eu tente ignorar?! Permaneci corado o resto do percurso.

Atravessamos a extensa vila da região e ao longe já avistávamos o palácio do norte. Definiria aquele lugar, apenas por fora, como: extremamente imenso, brilhante e certamente trilhonário. Fiquei distraído olhando para cima, até o portão de entrada era folhado a ouro com diamantes.

– Nomes – um dos guardas pediu. Informamos e abriram para passarmos. E quando isso aconteceu, eram tantos, mas tantos convidados apenas naquele enorme jardim da frente, que nem sabia para que lado ir.

– Sonic, fique perto de mim, não quero que se perca – assenti para Shadow, colando do seu lado. Por todos que vimos, fomos saudados em respeito, depois descobrira que éramos convidados de honra.

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