Porsche e Pete estavam sentados nos bancos da universidade conversando, quando Pete olhou para o nada e se levantou do banco apressadamente.
— Você vai fazer o que? A pouco tempo disse que tinha que fazer um relatório, e agora sai do nada... Espera aí, não é primeira vez que você faz isso.
Já fazia quase duas semanas que Pete saia correndo dos lugares, era como se estivesse fugindo de algo.
— Não seja paranoico. — Pete se solta de Porsche.
— Você está sentindo incômodo nos olhos, não está? — Diz acusadoramente. — Eles não estão nas cores originais, essa lente fajuta da para ver de longe, quem é o alfa?
— Já disse que não sei do que está falando.
— Sou seu amigo há mais de nove anos, nós até já moramos juntos, te conheço muito bem.
— Não quero um relacionamento agora, e se para isso eu tiver que fugir dele, eu irei.
— Mas quem é?
— Isso não importa.
— Onde ele está?
— Aquele idiota não para de mim seguir, para onde eu olho ele esta lá.
— Eu quero saber quem é, vai que eu conheça.
— Agora mesmo não irei te dizer. — Pete sai andando deixando Porsche para trás.
Ele não queria um romance, ele nunca pensou em ter tal coisa em sua vida. Tinha muitas coisas para lidar, e namorar não era uma delas. Agora só tinha que dar um jeito de tirar aquele alfa chato de seu pé.
— Pete.
Pete olha para trás e quando percebe quem era, fecha os olhos e respira fundo.
— Não chegue perto.
— Temos que conversar.
— Não tenho nada para falar com você.
— Mas eu tenho. — Segura o braço de Pete. — Só... Vamos conversar.
— Eu já disse que não, não quero a merda de um alfa idiota em minha vida, não me importo quem diabos você seja... Apenas me deixe em paz.
— Não posso.
— Pode, e vai. — Se solta de Vegas.
— Meu lobo e eu precisamos de você, ômega.
— Não seja idiota, você apenas quer um buraco para entrar.
— Não sou assim.
— Todos os alfas dizem isso.
— Pete, por favor.
— Eu disse que não, você sabe o que essa palavra significa? Já sei. — Encara Vegas friamente. — Aposto que nunca foi rejeitado, sempre teve tudo, todos os ômegas a seus pés.
— Não é isso.
— Irei virar, e sair andando, e você vai fazer o mesmo, só que para a outra direção.
— Não irei desistir tão fácil.
— Vai sim. — Pete revira os olhos, mas antes de conseguir dar um passo, Vegas o pega pelo braço, e o coloca atrás de se. — O qu... Puta merda isso é sangue? — Pete coloca a mão no braço de Vegas. — De onde isso veio? — Olha em volta. — Porque entrou no meio, seu idiota?
— Não posso deixar meu ômega se machucar.
— Não sou seu.
— Vamos sair daqui. — Vegas pega Pete pela mão e o puxa até a rua onde deixou sua moto estacionada.
— Você não vai dirigir com o braço ferido.
— Nem foi tão rui... AI. — Grita após Pete apertar o ferimento.
— Sei. — Sobe na moto. — Me dê as chaves. — Estende a mão para Vegas. — Anda logo.
— Ta. — Pega as chaves no bolso e entrega a Pete.
— Sobe logo.
E assim Pete saiu em alta velocidade com Vegas sangrando, o ômega levou o alfa para seu apartamento. Pete sabia que Vegas sabia muito bem onde ele morava. Então não fazia diferença, levar ou não o alfa até sua residência.
— Irei fazer um curativo, depois você vai embora. — Diz enquanto abre a porta do seu apartamento, que ficava no quinto andar. — Desde que conhece você e seu irmão, as coisas so veem dando arrado. — Joga as chaves do apartamento na messa e segue em direção ao banheiro, voltando minutos depois com uma caixinha de primeiros socoros. — Porque tentaram me matar hoje? — Senta no sofá e bate ao lado, para que Vegas se senta-se.
— Deve ter sido minha culpa. — Abaixa a cabeça triste.
— Quem seria você e seu irmão exatamente? — Começa a limpar o ferimento, a bala tinha pegado apenas de raspão.
— Não posso contar.
— Eu quase morri, e agora o bonitinho não quer me contar nada.
— Me acha bonito? — Pergunta com um sorriso de canto. — Ai! Isso dói.
— Deixe de gracinhas.
— Você sabe que estamos ligados para a eternidade, e todas as vidas.
— Nesta vida não.
— Deixe de ser teimoso, apenas aceite.
— Não sou obrigado a viver minha vida por um alfa. — Termina de fazer o curativo. — Não irei e nem pretendo depender de você, não sou uma criatura indefesa.
— Eu nunca disse que era.
— Está dizendo isso agora. — Pete se lembrava muito bem de como seu pai tratava sua mãe, de como ele chegava em casa bêbado quebrando as coisas e agredido sua mãe, verbalmente e fisicamente. Ele não queria aquilo para si.
— Tenta me dar uma chance, se em algum momento eu não for bom o suficiente para você, me deixe.
— Como se um alfa fosse deixar um omega ir embora, por vontade própria. — As leis desta sociedade privilegiam os alfas, e os ômegas que se fodem.
— O que posso fazer para você acreditar em mim?
— Não quero nada de você, apenas vá embora, ja fiz o que tinha que fazer. — Pete se levanta e assim que abre a porta, percebe que seu amigo está no pé da mesma com a mão levantada, pronto para bater.
— Nossa, isso fo... Vegas?
— Porsche?
— Vocês se conhecem?
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If We Heve Each Other - PeteVegas
FanfictionO mundo não é perfeito, mas não é tão ruim assim Se temos um ao outro e isso é tudo que temos Eu serei seu amante e segurarei sua mão Você deveria saber que estarei lá por você Quando o mundo não for perfeito, quando o mundo não for gentil Se temos...