Capítulo 16

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— Eu consigo sentir o cheiro de seu medo, ômega. — O homem gargalha. — Minha pesquisa não fala sobre isso. — Se aproxima de Pete e se abaixa em sua frente. — O que te faz ter tanto medo? — Segura o queixo do ômega apertado.

— Tire suas patas sujas de mim. — Bate na mão do alfa.

— Ai, esse ômega que eu vi nas minhas pesquisas. Eu gosto dele. — Encara o corpo de Pete. — Agora eu sei porque o filho da puta do Vegas gosta tanto de te foder... olha essas curvas, e ainda tem esse gênio. — Passa a língua entre os lábios. — Sexy.

— Você não sabe com que está se metendo.

— Você que não sabe com quem está falando. — Se levanta e encara o outro alfa na sala. — Saia.

— Sim senhor.

— Agora que estamos sozinhos. — Anda pela sala tirando o blazer preto, e o jogando no chão de qualquer jeito. — Iremos brincar um pouco. — Dobra as mangas da camisa branca. — E tenho certeza que irá gostar de cada parte de nossa brincadeira.

— Apenas tente.

— Sua língua é muito afiada, espero que ela seja de um uso melhor do que esse. — Se aproxima de Pete fazendo o ômega ir para trás. — Não faço sexo com quem não quer, não sou desses, irei esperar até que me peça por isso... E você vai.

— Muito confiante para um alfa tão nojen... — Pete não teve chance de terminar, pois um tapa foi dado em sua face, fazendo seu nariz sangrar e a marca de dedos ficarem bem marcadas.

— Irei te treinar, até que fique um ômega bem calminho.

— Tenho nojo de alfas que nem você, alfas que pensam que ômegas não são de nada.

— Tão lindo. — Outra tapa, mas dessa vez foi tão forte que Pete caiu de lado no chão tossindo sangue.

O ômega percebendo que as coisas iriam ficar muito feias, ele fica em posição fetal, com ambos os braços protegendo sua barriga, ele não iria deixar aquele alfa machucar seu bebe, nem que para isso, Pete tenha que sair com alguns ossos quebrados. E enquanto recebia os chutes, sua mente só pensava que tudo iria ficar bem, e quem em algum momento Vegas iria o achar, e lhe tirar dali. Que eles dois voltariam para casa, e seu alfa iria cuidar de se, e de seu bebe.

— O que foi? — Mais um chute. — Não está mais valente como antes? — Outro chute, que acerta com violência o braço de Pete, e um som de osso quebrando e grito é ouvido. — O que é isso? — O alfa para de chutar, e observa a posição e o jeito que Pete segurava sua barriga, e quando percebe o que poderia ser, ele sorrir. — BRILHANTE. — Se abaixa na frente do ômega que chorava de dor, sua face era apenas sangue e lágrimas. — Você está esperando um pequeno Vegas. — Gargalha com a cara de assustado de Pete.

— Não. — Diz com medo.

— Irei tirar essa coisa nojenta de você. — Segura o rosto de Pete entre suas mãos. — Do mesmo jeito que Vegas matou meu povo. — Gargalha soltando o rosto de Pete com violência, fazendo o mesmo bater a cabeça no chão.

— O que vai fazer? — Em agonia, Pete observa o alfa sair da sala gargalhando. — Espera. — Se levanta do chão com dificuldade. — O QUE VAI FAZER? VOLTA AQUI... VOLTA AQUI... Volta aqui. — Pete começa a chorar em desespero. — Vegas, Vegas... VEGAS, ME AJUDA... Alfa. — Pete cai sentado no chão e se arrasta para o conto da parede, ele nunca tinha se sentido tão em pânico como ele estava se sentindo naquele momento, ele apenas queria o seu alfa, queria está nos braços quentinhos de Vegas, e ouvir a voz do mesmo, lhe dizendo o quanto o amava. As pessoas não viam o quão Vegas era maravilhoso, mas Pete sabia, ele sabia de como seu alfa poderia ser um filhotinho de lobo em busca de carinho e amor.

Pete não sabe por quanto tempo chorou, mas em algum momento o mesmo havia caído no sono. Ele não queria dormir, não queria baixar a guarda, mas o cansaço estava lhe matando, e foi assim que o ômega dormiu encolhido no chão frio, cheio de sangue e com lágrimas secas.

Horas mais tarde o alfa entra no quarto e olha para a imagem de Pete encolhido com os braços em volta da barriga.

— Hora do show. — Joga um balde de água no ômega, do mesmo jeito da primeira vez, e diferente de antes, Pete não se assusta, ele apenas olha para o alfa sem expressão. — Irei tirar essa fase de indiferença. — Amostra uma adaga de 35cm com uma lâmina de 19cm bem fina e afiada, a ponta dela chegava a brilhar de tão afiada que era. — Muitas pessoas grávidas, quando não querem as crianças, e quando não tem dinheiro ou querem fazer algo sigiloso, e não sabem para onde ir ou que fazer... Elas usam objetos afiados para matar a coisa que está dentro de si. — Gira a adaga entre seus dedos. — Creio que essa coisinha aqui, irá fazer um belo trabalho. — Anda lentamente até o ômega.

— Não se aproxime... FIQUE LONGE. — A cada passo Pete se encolhe mais.

— Não vai lutar ômega? Cadê sua indiferença? Sua força?... O ÔMEGA QUE LUTA CONTRA ALFAS?

Pete olha em volta e percebe que ele teria que lutar contra aquilo, Vegas não iria chegar tão cedo. Mas também eles estavam no meio do nada. Então, com dificuldade, Pete se levanta e enxuga suas lágrimas.

— Não irei deixar matar meu bebe.

— É esse ômega que eu quero.

O alfa parte para cima de Pete, e os dois começam uma briga violenta, onde o alfa tentava acertar a barriga de Pete com a adaga, e o ômega se defendia com toda a força que ainda lhe restava. Ele teria que aguentar até Vegas chegar.

Lá no fundo ele sentia que seu alfa estava chegando perto.


If We Heve Each Other - PeteVegasOnde histórias criam vida. Descubra agora