Capítulo 04

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— Onde você estava? — Vegas pergunta assim que Macau pisa o pé na mansão da Primeira família. — Sabe que horas são?

— Desculpas.

— E que marcas são essas? — Exclama enquanto toca as marcas de dedos no braço de Macau.

— Fui atacado.

— Atacado? Quem o atacou?

— Fala baixo. — Macau olha em volta. — Foi o papai que mandou. — Sussurra.

— Como assim, o papai mandou?

— Os caras que disseram.

— Aquele louco. — Vegas massageia as têmporas. — Como conseguiu fugir?

— Um omega me ajudou, tirando o Porsche, eu nunca tinha visto outro ômega fazer o que ele fez.

— Depois quero saber tudo sobre ele.

— Não.

— Como assim "não"?

— Ele foi muito legal comigo, estamos juntos até agora, não irei dizer nada sobre ele.

— Irmão.

— Não. — Macau se solta de seu irmão, e sobe as escadas para o segundo andar.

— Tenho que dar um jeito de parar aquele velho. — Vegas não podia matar seu pai do nada, ele tinha que formular um bom plano para se livrar dele, e depois pegar o posto de líder da segundo família, talvez assim as coisas se acalmassem.

— O que está fazendo a essa hora aqui? — Porsche pergunta enquanto leva o cigarro à boca e depois solta a fumaça lentamente.

— No momento nada, mas já que você está aqui.

— Tá vendo essa marca em meu pescoço? — Aponta para a marca que seu alfa havia deixado.

— Não é isso se idiota. — Vegas revira os olhos. — Tenho um plano, e para isso dar certo preciso de sua ajuda.

— Se não for nada para prejudicar Kinn ou meu irmão.

— Claro que não. — Revira os olhos de novo.

— Você está precisando de um ômega.

(...)

No outro dia Macau acorda e a primeira coisa que faz é mandar mensagem para Pete, por algum motivo assim que colocou os olhos naquele ômega, ele sentiu algo diferente, algo que não conseguia explicar. Não era um sentimento de amantes, era algo mais fraternal.

Macau balança a cabeça, jogando aqueles pensamentos para longe, e em seguida manda mensagem para Pete que responde na mesma hora.

— Irmão. — Macau sai de seu quarto e chama por Vegas, o achando na varanda de seu quarto. — Irei sair.

— Para onde? — Pergunta jogando o cigarro fora.

— Com um amigo.

— Não irei deixá-lo sair sozinho, papai pode querer fazer algo com você de novo. Nunca pensei que diria isso, mas o lugar mais seguro é ao lado de Kinn. — Depois da renúncia do pai de Kinn, o mesmo tomou o total controle da primeiro familia, mas agora tinha Gun, o pai de Vegas, líder da segunda família, que não queria mais ser o segundo, ele queria ser o primeiro e único.

— Não estarei sozinho.

— Irei com você. — Entra dentro do quarto e começa a se arrumar, já que ele ainda estava de pijama. — Nosso pai ficara o dia todo em reunião com Kinn, provavelmente irá usar esse tempo para fazer alguma coisa e sair impune, colocando a culpa em outra pessoa.

— Apenas não assuste meu novo amigo. — Macau sai de dentro do quarto de seu irmão, voltando para o seu.

Após alguns segundos, os irmãos, já estavam arrumados, e assim que chega na garagem, eles veem o irmão mais novo da primeira família, Kim, e seu namorado, irmão mais novo de Porsche saírem de carro.

— Só assim para Kim vir para casa. — Vegas entra em seu carro e Macau o segue. — O endereço. — Sai de dentro da mansão enquanto Macau coloca o endereço no GPS. — O que ele tem de tão especial?

— Ele sozinho acabou com todos aqueles alfas, eu consigo lutar com um por vez, mas ele tinha os movimentos maravilhosos.

— Temos que treinar você melhor.

— Eu quero ele como meu segurança.

— Não é assim que funciona.

— Como não.

— Ele pode ser um espião do pai.

— Claro que não. Porque ele me salv... Você tem razão. — Macou pensou que Pete poderia ter o salvado para ganhar sua confiança.

— Por isso estou indo com você, tenho que descobrir o que ele quer.

Após dirigir por alguns minutos, os irmãos chegam no endereço do encontro.

— Olha, ele está ali. — Macau aponta para uma pessoa de costas sentada em um banco. — Pete. — Macau grita e corre em direção do outro ômega.

— Não corra Macau, você pode cair e se machucar.

— Não irei cair. — Macau abraça Pete. — Eu vim com meu irmão mais velho... Pete esse é Vegas, meu irmão. Irmão, esse é Pete, meu salvador.

— É um pra...

Os dois se olharam nos olhos, e na mesma hora sentiram um sentimento de ligação, e os olhos mudaram de cor, ficando em um vermelho sangue. Eles não piscavam, nem ao menos se mexiam, apenas ficaram lá se olhando e se deixando levar por aquele sentimento de preenchimento. Era como se todo o mundo parece apenas para agracia-los com aquele momento tão esplendoroso.

— Isso... — Pete pisca enquanto balança a cabeça. — Não pode... Não pode... não, não... Isso. — Olha uma última vez para Vegas que ainda estava catatonico, e corre.

— Pete. — Macau o chama. — O que aconteceu aqui? Irmão seus olhos... O Pete... Não acredito. — Olha de Vegas para Pete que desaparecia entre as pessoas, em um misto de surpresa e alegria.

— Meu ômega. — Vegas enfim sai de seu transe. — Achei meu ômega.

— Em teoria, você acabou de perder ele. — Aponta em direção para onde Pete acabara de correr.

— Você entendeu. — Vegas fareja o ar para tentar captar o máximo possível do cheiro de seu ômega. — Porque ele fugiu?

— Talvez tenha entrado em pânico, eu nem acredito que ele é seu ômega. Bem que aquele sentimento de família não era estranho.

— Você se sentiu familiar com ele?

— Sim, era como se ele fosse casa.

— Tenho que tê-lo em meus braços.

— Der tempo a ele. — Macau segura o braço de seu irmão e o arrasta para o carro.

Enquanto os irmão estão voltando para casa, Pete está correndo sem rumo pelas ruas. Ele estava em pânico total.

Nunca imaginou encontrar seu alfa, ele nem ao menos queria um. Então o pânico estava por todo o seu corpo, sem saber para onde ir, e nem o que fazer.

— Não posso vê-lo de novo. 

If We Heve Each Other - PeteVegasOnde histórias criam vida. Descubra agora