Capítulo 18

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Já passava mais de uma hora e nenhum médico veio dar notícias, Vegas não estava mais de joelhos, agora ele andava de um lado para o outro. Fazia este mesmo movimento a mais de meia hora, não sentou e nem ao mesmo falou com ninguém, ele nem ao menos foi para casa tomar banho, tirar todo o sangue que tinha em suas roupas, mãos e um pouco no rosto, ele apenas ficou lá em seu mundo de agonia particular.

— Alguém faz ele sentar. — Porsche diz sem paciência.

— Tenta a sorte, inteligência. — Macau desdenha.

— Olha como fala comigo, seu...

— Vamos parar vocês dois. — kinn intervêm. — Parecem duas crianças.

— Não irei pedir desculpas. — Porsche vira a cara, e Macau segue o mesmo gesto.

— Vocês de...

— Familiares de Pete Phongsakorn Saengtham? — Um médico diz assim que entra na sala de espera.

— Sou o alfa dele. — Vegas para de andar de um lado para o outro, e fica de frente para o médico. — Como está meu ômega, e meu filhote?

— O senhor Pete perdeu muito sangue, mas conseguimos parar o sangramento interno e externo, seu filhote não foi afetado em nada, a adaga não atingiu nenhuma área vital. Agora ele está no quarto, e o efeito da sedação irá passar daqui uma meia hora, creio que ele ira apreciar um rosto familiar quando acordasse.

— Então eu posso ficar com ele? — Perguntou com um tom de alívio.

— Claro, mandarei uma enfermeira o levar até o quarto. — O médico sai.

— Vão para casa. — Vegas diz rudemente.

— Ta maluco? Irei ver meu amigo, antes de você o conhecer ele já estava em minha vida... Idiota.

— Hora seu...

— Não ofenda meu ômega.

— Pois mande seu ômega se pôr no lugar dele.

— Sei muito bem onde é meu lugar, e ele é com MEU amigo.

— Ele é MEU ômega.

— Grande merda.

— Dá para vocês dois pararem, estamos em um hospital. — Macau entra no meio. — Vamos todos ver o Pete, e depois a gente ver o que faz, certo?

— Ta.

— Que seja.

(...)

Pete abre os olhos com dificuldade, e os fecha na mesma hora por causa da claridade, ele amaria saber quem foi o gênio que fez um hospital ser tão branco.

Okay, que essa cor passava calma, mas quem fica calmo em um maldito hospital? O branco pode causar calmaria em qualquer lugar, menos em um hospital. O ômega tinha certeza que se fosse parar em um sanatório, ficaria mais louco do que quando entrou, imagina ter que olhar para aquelas paredes brancas o dia todo. Ele tenta abrir os olhos de novo, e enfim consegue ainda os apertando um pouco.

Olhando em volta, ele vê Vegas sentado no sofá com a cabeça jogada para trás, e Macau deitado no colo do mesmo, parecia que eles estavam ali a muito tempo, a julgar pelas roupas de Vegas que estavam com sangue seco. Pete tem certeza que o alfa não pisou em casa desde que chegaram ao hospital.

— Alfa idiota. — Pete tinha um meio sorriso entre seus lábios, enquanto olhava para aquela cena adorável. — O filhote. — Pete enfim se lembra o porque está deitado naquela cama de hospital. — VEGAS!!!!! — O ômega grita, fazendo o alfa acordar em um sobressalto, derrubando seu irmão no chão, que reclama de dor pela queda e pelo susto.

— O que ouve ômega? — Vegas anda apressadamente até a cama.

— O bebe? — Passa a mão em sua barriga, sentindo o curativo, seus olhos já estavam se enchendo de água.

— Ele está bem. — Vegas segura a mão de Pete, e beija sua testa. — Vocês dois estão bem... Que bom que acordou.

— Por quanto tempo eu dormi? — Se senta na cama com a ajuda de Vegas.

— Um dia, eu fiquei muito preocupado quando não acordou depois do efeito da anestesia passar, mas o médico disse que era normal, você teve um dia muito agitado.

— Ele quase foi expulso do hospital, quando empurrou o médico no chão. — Macau se aproxima da cama depois de se levantar do chão. — Parecia cena de filme romântico.

— Quieto Macau.

— Credo. — Levanta as mãos em defesa.

— Porque ainda está com essa roupa cheia de sangue?

— Deveria ter visto ele, coberto de sangue andando pelo hospital, parecia que tinha saído da guerra, ou feito um massacre por aí.

— MACAU!!!

— Parei.

— Vá para casa tomar banho.

— Irei ficar aqui com você.

— Estou bem.

— Mas e se algo acontecer?

— Estou em um hospital, irei ficar bem.

— Macau vai ficar aqui para lhe ajudar no que for. — Vegas se levanta da cama, e beija Pete, e depois beija sua barriga. — Cuide do papai. — Alisa a barriga lisa do ômega, em seguida sai do quarto.

— Ele será um bom pai. — Macau diz se lembrando do quanto Vegas era cuidadoso consigo, muito diferente de Gun.

— Sim, ele vai. — Sorri. 



If We Heve Each Other - PeteVegasOnde histórias criam vida. Descubra agora