Já faz mais de quatro meses que Pete estava namorando Vegas, e as coisas tinham mudado muito neste tempo.
Vegas se mudou de vez para a Tailândia e havia comprado uma mega mansão, onde morava com seu irmão Macau, e mais de duas dúzias de seguranças.
Esse foi o primeiro plano, comandar o território da segunda família de outro país, e deu certo, já o segundo plano de Vegas, foi tentar fazer Pete morar consigo. Nunca em toda a sua vida, o alfa tinha encontrado um obstáculo tão difícil, Pete até poderia ter aquela carinha de anjo, mas por dentro era um perfeito demoniozinho pronto para tirar seu sangue. O que Vegas tinha de perigoso, sanguinário e calculista, Pete tinha de teimosia e persuasão, e essas duas coisas sempre ganhava de qualquer coisa que o alfa fizesse. Podemos dizer que Pete tinha Vegas na palma da sua mão, e o alfa sabia muito bem disso, e não fazia questão de ser diferente.
Mas depois de passar quase um mês implorando para Pete ir morar com ele, o ômega foi vencido pela insistência. Ou algo do tipo.
O fato original, foi que em um belo dia de chuva - sintam a ironia - Pete perdeu a paciência, e quase atropelo o alfa com o carro do mesmo. Mas no último segundo, se lembrou que ele amava muito Vegas. E foi assim que Pete como uma forma de se desculpar pelo quase assassinato, aceitou morar com o alfa.
— O que vai fazer hoje? — Pete pergunta quando Vegas entra na cozinha, ajeitando o relógio.
— Macau disse que quer ver o pai. — Da de ombros.
— Depois de tanto tempo, porque só agora? — Pergunta enquanto espremia laranjas para fazer suco.
— Não sei. — Abraça Pete por trás e beija a marca do ômega, fazendo o mesmo gemer com o ato. — Seu cheiro está diferente.
— Deve ser o perfume novo. — Responde nervosamente se soltando de Vegas. — Irei sair com Porsche, ele disse que queria fazer compras. — Bebe o suco que tinha acabado de fazer.
— O Kinn aprontou de novo? — Gargalha com a pergunta. Era de conhecimento de toda a família que quando Porsche ficava com raiva de seu alfa, o ômega saia para qualquer lugar que tivesse coisas caras e gastava muito, muito mesmo.
— Tipo isso.
— Vamos irmão. — Macau entra na cozinha. — Bom dia Pete.
— Bom dia.
— Vai ser hoje?
— Creio que sim. — O tom de nervosismo se faz presente de novo.
— O que vai ser hoje? — Vegas pergunta sem entender a conversa dos dois ômegas.
— Nada que você não vá saber futuramente. — Macau responde e pega seu irmão pelo braço, e o arrasta sem deixar o mesmo se despedir direito de Pete.
(...)
— Já contou para ele? — Porsche pergunta e em seguida toma um grande gole de seu refrigerante.
— Tá maculo? Ele nunca falou se queria ou não filhos. E se eu tivesse contado, não estaria aqui com você, lhe pedindo ajuda.
— Pensei que quem mandava no relacionamento era você. — Debocha.
— Te chamei aqui para me ajudar, e não para me dar mais dores de cabeça. — Diz um pouco irritado, ele não sabia se eram os hormônios, ou o nervosismo de contar tudo para Vegas.
— Não vai comer? — Porsche aponta para o lance intocado de Pete.
— Não estou com fome.
— Pensei que pessoas gravidas comiam por dois. — Diz pegando o lance de Pete e juntando ao seu, que já estava quase acabando.
— Estou nervoso demais para isso. — Observa Porsche que comia o lance como se estivesse a dias sem comer. — Você esta estranho.
— Nada haver. — Fala de boca cheia.
— Deixa pra lá. — Suspira cansado. — Me ajuda, eu não pede a Macau para ir ver o idiota do pai dele por nada.
— Faz aquelas surpresas que todo casal meloso faz.
— Tipo, comprar um sapatinho e colocar em uma caixa de presente?
— Isso, ou você pode se mudar para a Coreia do Sul, e voltar depois que a criança nascer e assim que ver Vegas, você gritaria "SURPRESA". Ai joga a criança nele, e corre.
— Como me tornei seu amigo mesmo?
— Dividimos os mesmos neurônios.
— Seu irmão me ajudaria mais que você.
— Isso esta muito bom, não sei como você não come... E meu irmão viajou com Kim.
— O cheiro disse esta me dando vontade de vomitar.
— Frescura.
— Tente ficar gravido que você vai saber o que é frescura.
— Credo, não joga essa praga pra cá não. — Bate três vezes na mesa. — Já basta eu ter que aturar Kinn, imagina um mini Kinn... Credo, eu teria cabelos brancos antes dos trinta.
— Como se você fosse diferente de Kinn. — Debocha. — Vocês dois parecem dois bipolares, uma hora estão se matando, na outra se comendo.
— Depois da briga sempre tem que ter um bom sexo.
— Me poupe dos detalhes sórdidos.
— Mas e o sapatinho ainda esta de pé?
— Em falta de outras ideias melhores, vai isso mesmo. — Pete se levanta. — Você paga a conta.
— Idiota. — Diz de boca cheia, enquanto Pete saia do estabelecimento.
E assim Pete sai em busca de uma loja de bebes, e quando chega na mesma ele não sabia por onde começar. E naquele momento ele sentiu um sentimento diferente, algo que nunca havia sentido antes. O mesmo olhava para todos aquela sapatinhos de varias cores, sem saber o que deveria pegar, então ele respira fundo e deixa sua mão o guia.
— Esse é perfeito. — Diz pegando um sapatinho vermelho. — Até nessas horas você não sai da minha mente. — Diz lembrando dos olhos de Vegas. Balançando a cabeça, Pete segue em direção do caixa pagando o sapatinho e pedindo para fazerem um belo embrulho, e quando tudo tinha sido ajeitado, o ômega sai da loja seguindo em direção de seu carro.
Pete sai do shopping seguindo para sua casa, mas em nenhum momento ele chegou na mesma.
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If We Heve Each Other - PeteVegas
FanfictionO mundo não é perfeito, mas não é tão ruim assim Se temos um ao outro e isso é tudo que temos Eu serei seu amante e segurarei sua mão Você deveria saber que estarei lá por você Quando o mundo não for perfeito, quando o mundo não for gentil Se temos...