Capítulo 13

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Já faz mais de quatro meses que Pete estava namorando Vegas, e as coisas tinham mudado muito neste tempo.

Vegas se mudou de vez para a Tailândia e havia comprado uma mega mansão, onde morava com seu irmão Macau, e mais de duas dúzias de seguranças.

Esse foi o primeiro plano, comandar o território da segunda família de outro país, e deu certo, já o segundo plano de Vegas, foi tentar fazer Pete morar consigo. Nunca em toda a sua vida, o alfa tinha encontrado um obstáculo tão difícil, Pete até poderia ter aquela carinha de anjo, mas por dentro era um perfeito demoniozinho pronto para tirar seu sangue. O que Vegas tinha de perigoso, sanguinário e calculista, Pete tinha de teimosia e persuasão, e essas duas coisas sempre ganhava de qualquer coisa que o alfa fizesse. Podemos dizer que Pete tinha Vegas na palma da sua mão, e o alfa sabia muito bem disso, e não fazia questão de ser diferente.

Mas depois de passar quase um mês implorando para Pete ir morar com ele, o ômega foi vencido pela insistência. Ou algo do tipo.

O fato original, foi que em um belo dia de chuva - sintam a ironia - Pete perdeu a paciência, e quase atropelo o alfa com o carro do mesmo. Mas no último segundo, se lembrou que ele amava muito Vegas. E foi assim que Pete como uma forma de se desculpar pelo quase assassinato, aceitou morar com o alfa.

— O que vai fazer hoje? — Pete pergunta quando Vegas entra na cozinha, ajeitando o relógio.

— Macau disse que quer ver o pai. — Da de ombros.

— Depois de tanto tempo, porque só agora? — Pergunta enquanto espremia laranjas para fazer suco.

— Não sei. — Abraça Pete por trás e beija a marca do ômega, fazendo o mesmo gemer com o ato. — Seu cheiro está diferente.

— Deve ser o perfume novo. — Responde nervosamente se soltando de Vegas. — Irei sair com Porsche, ele disse que queria fazer compras. — Bebe o suco que tinha acabado de fazer.

— O Kinn aprontou de novo? — Gargalha com a pergunta. Era de conhecimento de toda a família que quando Porsche ficava com raiva de seu alfa, o ômega saia para qualquer lugar que tivesse coisas caras e gastava muito, muito mesmo.

— Tipo isso.

— Vamos irmão. — Macau entra na cozinha. — Bom dia Pete.

— Bom dia.

— Vai ser hoje?

— Creio que sim. — O tom de nervosismo se faz presente de novo.

— O que vai ser hoje? — Vegas pergunta sem entender a conversa dos dois ômegas.

— Nada que você não vá saber futuramente. — Macau responde e pega seu irmão pelo braço, e o arrasta sem deixar o mesmo se despedir direito de Pete.

(...) 

— Já contou para ele? — Porsche pergunta e em seguida toma um grande gole de seu refrigerante. 

— Tá maculo? Ele nunca falou se queria ou não filhos. E se eu tivesse contado, não estaria aqui com você, lhe pedindo ajuda.

— Pensei que quem mandava no relacionamento era você. — Debocha.

— Te chamei aqui para me ajudar, e não para me dar mais dores de cabeça. — Diz um pouco irritado, ele não sabia se eram os hormônios, ou o nervosismo de contar tudo para Vegas.

— Não vai comer? — Porsche aponta para o lance intocado de Pete.

— Não estou com fome.

— Pensei que pessoas gravidas comiam por dois. — Diz pegando o lance de Pete e juntando ao seu, que já estava quase acabando.

— Estou nervoso demais para isso. — Observa Porsche que comia o lance como se estivesse a dias sem comer. — Você esta estranho.

— Nada haver. — Fala de boca cheia.

— Deixa pra lá. — Suspira cansado. — Me ajuda, eu não pede a Macau para ir ver o idiota do pai dele por nada. 

— Faz aquelas surpresas que todo casal meloso faz. 

— Tipo, comprar um sapatinho e colocar em uma caixa de presente?

— Isso, ou você pode se mudar para a Coreia do Sul, e voltar depois que a criança nascer e assim que ver Vegas, você gritaria "SURPRESA". Ai joga a criança nele, e corre.

— Como me tornei seu amigo mesmo?

— Dividimos os mesmos neurônios. 

— Seu irmão me ajudaria mais que você.

— Isso esta muito bom, não sei como você não come... E meu irmão viajou com Kim.

— O cheiro disse esta me dando vontade de vomitar.

— Frescura.

— Tente ficar gravido que você vai saber o que é frescura.

— Credo, não joga essa praga pra cá não. — Bate três vezes na mesa. — Já basta eu ter que aturar Kinn, imagina um mini Kinn... Credo, eu teria cabelos brancos antes dos trinta. 

— Como se você fosse diferente de Kinn. — Debocha. — Vocês dois parecem dois bipolares, uma hora estão se matando, na outra se comendo. 

— Depois da briga sempre tem que ter um bom sexo. 

— Me poupe dos detalhes sórdidos.

— Mas e o sapatinho ainda esta de pé?

— Em falta de outras ideias melhores, vai isso mesmo. — Pete se levanta. — Você paga a conta. 

— Idiota. — Diz de boca cheia, enquanto Pete saia do estabelecimento.

E assim Pete sai em busca de uma loja de bebes, e quando chega na mesma ele não sabia por onde começar. E naquele momento ele sentiu um sentimento diferente, algo que nunca havia sentido antes. O mesmo olhava para todos aquela sapatinhos de varias cores, sem saber o que deveria pegar, então ele respira fundo e deixa sua mão o guia. 

— Esse é perfeito. — Diz pegando um sapatinho vermelho. — Até nessas horas você não sai da minha mente. — Diz lembrando dos olhos de Vegas. Balançando a cabeça, Pete segue em direção do caixa pagando o sapatinho e pedindo para fazerem um belo embrulho, e quando tudo tinha sido ajeitado, o ômega sai da loja seguindo em direção de seu carro.

Pete sai do shopping seguindo para sua casa, mas em nenhum momento ele chegou na mesma. 



If We Heve Each Other - PeteVegasOnde histórias criam vida. Descubra agora