Capítulo 12

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Pete abre os olhos, e a primeira coisa que sente é dor. Essa dor, o faz lembrar da noite agitada que teve, e de que os dois só foram dormir quando o sol estava nascendo. Ele olha para o lado e percebe que o alfa ainda dormia, assim o ômega tenta se levantar mas todo o seu corpo dói, e a pior dor que sente é a de seu pescoço onde Vegas havia deixado sua marca, e a segunda pior dor, era na sua bunda. Ele não queria nem saber como estaria o resto de seu corpo, mas tinha uma vaga desconfiança de que o roxo e a vermelhidão estariam presente.

— Alfa de merda. — Bate no peito de Vegas fortemente, fazendo o alfa abrir os olhos assustado. — Seu desgraçado, idiota, filha da puta, agressor de ômegas indefesos, seu merdinha sem coração, pu...

— O que caralhos aconteceu? — Vegas pergunta sem entender nada.

— Você sabe muito bem o que aconteceu. — Da outro tapa no alfa. — Nunca mais irá tocar em meu precioso corpo. — Tenta se levantar da cama, mas suas penas não colaboram. — Tá vendo?

— Não faça esforço, você tem que descansar para sua marca sarar logo. — Diz preocupado.

— Não me toca. — Bate na mão do alfa, quando o mesmo tenta o ajudar a se deitar de novo na cama. — Sei muito bem me virar.

— Droga, olha ai. — Vegas pega um lenço na mesa ao lado da cama, e o leva ao pescoço do ômega.

— Culpa sua. — Pete diz, quando sente o líquido vermelho escorrer da mordida, e encharcar o lenço branco, que agora virou vermelho.

— Você bem que gostou. — Vegas tira o lenço quando percebe que o sangramento havia parado. — Gostou tanto que me marcou também. — Vegas mostra a mordida do ômega em seu pescoço.

— Isso é para os outros verem que você já tem dono.

— Depois eu que sou possessivo.

— Calado. — Bate pela terceira vez no peito do alfa, mas dessa vez o tapa veio acompanhado de um sorriso. — Tenho que tomar banho. — Tenta se levantar, e de novo Vegas o segura no lugar.

— Para onde vai? — Segura o braço de Pete.

— Aula. — Faz uma expressão de obviou.

— Mas já são quase três da tarde. 

— O QUE? — Pete pega o celular e percebe que o que Vegas disse é verdade, e para piorar, ele tinha mais de dez ligações perdidas de Porsche e vinte mensagens do mesmo. — Estou muito fodido.

— Literalmente.

— Vegas. — O quarto tapa do dia.

— Cuidado ômega. — Vegas empurra Pete na cama e sobe em cima do mesmo. — Guarde essa agressividade para a hora do sexo, agora eu quero apenas mimar o meu ômega. — Beja a marca, fazendo o ômega gemer de satisfação. — Fique aqui, irei trazer comida. — Sai de cima de Pete, deixando o mesmo corado e sem reação.

— Tenho que contar para Porsche. — Pete pega o celular e liga para seu melhor amigo, que atende no primeiro toque. — Pors...

Onde caralhos você se meteu? Já te liguei, deixei mensagem, foi no seu apartamento, mas ninguém atendeu. O idiota do Vegas também não deu o ar da graça, estamos procurando ele para dizer que o velho manipulador morreu, e...

— Porsche, vai com calma, eu acabei de acordar.

Eu estou preocupado com você, e o bonito tá é dormindo.

— Que velho morreu?

Meu sogro, pai do Kinn, e tio do Vegas.

— Sinto muito.

Eu não gostava dele mesmo.

— Tenho que contar para Vegas.

Você está com ele?

— Bem... meio que... sabe como é.

Pete, o que aquele desgraçado fez com você? Ele te sequestrou?

— Ele não fez nada. E se tivesse me sequestrado, como eu estaria falando com você no telefone?

Talvez, ele tenha deixado, para não levantar suspeitas.

— Amor, eu tentei fazer torradas, mas não saíram muito bom, mas o suco está maravilhoso e encontrei umas frutas na geladeira. — Vegas diz entrando no quarto carregando uma badeja.

VOCÊ DEU PRO VEGAS. — Porsche grita, fazendo Pete afastar um pouco o celular da orelha.

— Não grita caralho.

Quem deu para meu primo? — Pete ouve uma voz diferente da de Porsche, ele jurou ser a de Kinn, e naquele momento seu rosto ficou vermelho na hora.

O idiota do meu amigo.

— Não sou idiota.

— Quem te chamou de idiota. — Vegas pergunta de cara fechada.

— Gente, isso não importa agora. — Pete diz. — Alfa, seu tio morreu.

— Já foi tarde. — Bebe um pouco do suco, e depois come uma das frutas que trouxe para Pete.

— Que amado ele era.

— Irmão do meu pai, você quer o que. — Se deita na cama.

Ainda estou aqui. — Porsche diz do outro lado do telefone.

— Tenho que desligar. — Antes que Porsche possa dizer mais alguma coisa, Pete desliga e joga o celular de qualquer jeito na cama. — O que vai fazer? — Pergunta pegando uma uva e comendo.

— Tenho que ir ao funeral por respeito, já que agora sou o líder da segunda família além de dizer que meu pai saiu para algum lugar, e está desaparecido. — Responde sem interesse.

— E iram acreditar? — Mais uma uva.

— Quando Kinn confirmar a mentira, todos iram acreditar no que eu quiser que acreditem. — Sorrir. — Além do mais, tenho que levar meu ômega para conhecer sua nova família, e talvez eu tenha que passar um tempo neste país.

— Porque? — Se deita no peito de Vegas, esquecendo totalmente a comida.

— Como meu ômega tenho que te apoiar, sei que esta fazendo faculdade, não seria legal eu te levar para a Itália, um país desconhecido para você, e totalmente diferente de onde você nasceu.

— Meu alfa. — Foi a única coisa que Pete disse, o mesmo não sabia como dizer em palavras, o quanto Vegas era maravilhoso consigo.


If We Heve Each Other - PeteVegasOnde histórias criam vida. Descubra agora