Capítulo 21

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Pete iria completar seu quarto mês de gestação, e hoje seria o dia que descobririam o sexo do bebê. E naquele momento estava ele e seu alfa no consultório.

— Está se alimentando bem? — O médico pergunta, enquanto tinha alguns exames em suas mãos.

— Sim doutor.

— E as mudanças de humor?

— Normal.

— Só se for para você. — Vegas contradiz, e na mesma hora recebe uma olhar fuzilante de seu ômega.

— Você que me estressa.

— Claro amor.

— Está debochando Vegas?

— Lógico que não meu amor. — Responde docemente, com um sorriso nos lábios.

— Bom mesmo. — Pete se volta para médico que encarava os dois, com humor. — Meu humor está ótimo doutor, nada fora do normal.

— Certo. — O médico solta os papéis e anota algo em sua ficha. — Vamos ver como está esse pequeno. — O médico se levanta. — Você pode se deitar aqui.

Vegas ajuda Pete a subir na cama, enquanto o médico ajeita as coisas que iria usar.

— Isso é um pouco gelado. — Avisa antes de colocar o gel na barriga de Pete, e em seguida passa o aparelho enquanto olha para a tela.

— E então?

— Olha bem aqui. — O médico aponta para um certo ponto da tela.

— Olha Vegas como nosso bebe é lindo. — Uma lágrima escorre pelo olho esquerdo de Pete.

— Se um borrão for bonito, então sim, nosso bebe é maravilhoso.

— Idiota. — Pete diz sem tirar os olhos da tela. — Já da para saber o que é?

— Vamos ten... Olha aqui... É um menino.

— Vamos ter um menino Vegas. — Pete olha para o alfa enquanto aperta a mão do mesmo.

— Sim meu amor.

— Não é querendo interromper, mas vocês querem escutar o coração.

— Podemos? — Pete pergunta emocionado.

— Claro que podem... Vamos ver... Aqui.

Na mesma hora um batimento cardíaco se é ouvido pela sala, fazendo Vegas arregalar os olhos, e Pete chorar de emoção, ele não sabia se era por causa dos hormônios malucos, ou ele realmente está super emocionado fazendo com que lágrimas escorreram de seus olhos, molhando todo o seu rosto.

— Hum... Bem, irei receitar mais algumas vitaminas, e se por um acaso tiver algum desejo maluco, que envolva algo que não seja comestível, por favor não coma, e nada de se esforçar muito, e...

— Eu tenho uma pergunta. — Vegas esqueci totalmente a emoção de ouvir o coração de seu filho.

— Não se atreva Vegas. — Pete diz ajeitando sua blusa, após seu alfa limpar o gel de sua barriga. Ele sabia muito bem o que aquele pervertido quer saber.

— Podemos fazer sexo normalmente. — Ignora o olhar fuzilante de Pete.

— Claro que pode. — O médico diz rindo enquanto anota algo nos papeis. — Muitas pais sempre me fazem essa mesma pergunta, não tem perigo nenhum fazer sexo durante a gestação, é até recomendável, mas com cuidado é claro, nada muito... Estremo.

— Certo doutor.

O médico entrega a receita das novas vitaminas, e o casal se despede do mesmo, saindo do consultório e indo direto para o carro.

— Idiota. — Pete bate no ombro do alfa assim que entra no carro.

— O que eu fiz agora? — Encara o ômega sem entender o porquê da agressão gratuita.

— Como você faz uma pergunta daquela?

— Com a boca?

— Vegas. — Pete aponta o dedo em ameaça. — Só por causa dessa afronta eu quero comer algo bem gostoso. — Cruza os braços. — Quero sorvete com bolo de chocolate quente e uma lata de feijão preto.

— ... — Vegas encara o ômega sem acreditar no que foi falado.

— O que é? Perdeu o QI na minha cara.

— Nada. — Se vira pra frente, ligando o carro.

— E vamos logo com isso, que Veneza está com fome.

— Veneza?

— Seu filho.

— E em que momento a gente decidiu um nome.

— EU, decidi o nome agora.

— Nem perguntou minha opinião.

— O bebe está dentro de mim, e eu que terei que carregá-lo por longos e árduos nove meses, então tenho total direito de escolher o nome, algo contra isso alfa?

— Nadinha. — Vegas aprendeu da pior maneira possível que não deveria contrariar um ômega grávido, principalmente quando estava com fome.

— Agora vamos logo com isso.

— Já estamos chegando meu amor. — Vegas dirige por alguns quilômetros até que para em um pequeno mercado para comprar o feijão e o sorvete. — Fique no carro, volto logo.

— Seja rápido. — Pete pega seu celular e começa mandar mensagem para Porsche e Macau, contando como foi no medico, ele fica tanto tempo conversando que nem percebe que Vegas não havia voltado ainda. Mas foi depois de um longa conversa pelo celular, que ele notou já ter se passado mais de cinco minutos. — Onde ele se meteu? — Olha pela janela do carro e ver uma movimentação estranha dentro do mercadinho. — Logo hoje. — Pete sai de dentro do carro e segue para a entrada do mercadinho, quando chega na porta, ele consegue ver o que estava atrasando seu alfa, naquele momento estava acontecendo um assalto, e claro que seu alfa estava desarmado. Voltando para o carro, Pete pega a arma que estava no porta luvas e volta para o mercadinho entrando no mesmo.

— Pete não. — Vegas diz de onde estava, que era a uns cinco metros de se.

— Calado alfa. — Olha para o assaltante. — Sabia que hoje não é seu dia. — Aponta a arma para o assaltante que também apontou a arma para se. — Se eu fosse você não apontaria uma arma para um ômega grávido e com fome, meu alfa apenas queria comprar minha comida, e você não está colaborando.

— Abaixe a arma vadia.

— Não chame meu ômega de vadia. — Vegas tenta se aproximar do bandido mas Pete o manda parar.

— Eu cuido disso. — Pete aproveita que o assaltante se entreteu com Vegas, e atira duas vezes, uma bala para cada joelho, e na mesma hora o assaltante cai no chão soltando a arma, e gritando de dor. — Idiota. — Diz revirando os olhos e passando a mão livre em sua pequena barriga por cima da blusa.

— Você está bem?

— Com fome, pague as coisas e vamos embora. — Entrega a arma para Vegas, e sai da lojinha, deixando o assaltante chorando de dor e sangrando, o frentista olhando para toda aquela cena em choque, eu um Vegas jogando o dinheiro de qualquer jeito e saindo atrás de seu ômega, com as compras em mãos.

If We Heve Each Other - PeteVegasOnde histórias criam vida. Descubra agora