Capítulo 02

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Muitos anos atrás a filha mais velha do líder da máfia Italiana se casou com um empresário Tailandês. Eles tiveram três filhos homens de sangue e adotaram uma menina. Esse casamento fez com que anos depois criasse uma máfia na Tailândia, e agora os dois países eram comandado por uma única família, os Theerapanyakul.

Alguns meses atrás a família Theerapanyakul foi dividida em duas, tinha a primeira família que habitava a Tailândia, e cuidava dos negócios de lá, e a segunda, ficava na Itália. Essa separação aconteceu depois de uma briga entre os irmãos, fazendo com que muitas pessoas acabaram morrendo, isso incluiu a irmã adotiva. A mesma deixou dois filhos, que foram criados pelo tio por parte de pai. Anos depois, as duas crianças, agora dois adultos, estavam residindo com a primeira família, após sem querer se apaixonar pelos primos de consideração.

Isso foi uma história bem inusitada.

Quem poderia imaginar que o pegador Kinn, líder da primeira família estaria agora casado com Porsche, um cara que nunca havia saído com um homem em toda a sua vida. E Kim, que não ligava para o que sua família fazia, e só vinha visitar a mesma, quando tinha algum interesse, agora não saia de casa, porque estava namorando o irmão mais novo de Porsche, Porchay.

Mas o que importa disso tudo, é o grande acordo entre as duas famílias

Mesmo com essa trégua, o líder da segunda família, odiava os da primeira, e queria ser líder sozinho. Não aguentava mais essa separação de poder. Seu ódio era de muitas épocas atrás, e todos os dias ele descontava a raiva em seu filho mais velho, Vegas Theerapanyakul.

— Seu merdinha. — Gun estapeia o lado diretor do rosto de Vegas. — Eu poderia te matar agora mesmo, mas infelizmente você ainda me é útil.

— Eu tentei pai.

— Não tentou o suficiente, seu primo sempre foi melhor que você, e agora ele demonstrou isso.

— Pai...

— Não me venha com desculpinhas, eu disse que era um grande negócio, mas no final... Você não soube fazer as coisas direito, sempre foi e sempre vai ser um alfa sujo e inútil. — Gun sai da sala de seu filho o deixando sozinho olhando para o nada.

Era assim quase todos os dias, tudo que Vegas fazia não era suficiente para agradar o patriarca da segunda família, e Vegas já estava farto disse, ele não aguentava mais, se não fosse por seu irmão mais novo, Macau. Ele já teria ido embora.

— Irmão. — Macau entra na sala de seu irmão e se senta na frente do mesmo. — Ele fez de novo. — Tenta tocar no local onde foi machucado, mas Vegas não o deixa.

— Não foi nada. — Sorri.

— Ele não tem o direito de fazer isso.

— Isso não importa.

— Claro que importa. — Macau se levanta, e antes de sair da sala para ir em busca de seu pai, é segurado por seu irmão mais velho.

— Deixa para lá. — Vegas se levanta e segue até a janela. — Deveríamos sair, curtir a noite.

— Vamos à boate da outra vez.

— Mas é claro.

Vegas quando tinha seus quatorze para quinze anos teve a certeza de que não gostava de garotas ômegas. Mesmo que tentasse, ele nunca sentiu nenhuma atração pelos corpos femininos, e seu pai achava isso uma abominação, ele nunca o aceitou, e ficou pior ainda quando o mesmo descobriu que não apenas Vegas mas Macau também compartilhavam dos mesmos gostos.

Até hoje, Vegas não entende seu pai. Ele defende e elogia tanto seu primo Kinn, mesmo sabendo que ele é casado com um homem, mas quando é consigo, Gun considera os gostos de Vegas uma perfeita abominação. O que Vegas poderia fazer se era um alfa que gostava de ômegas masculinos e não femininos. E Macau que tinha os mesmos gostos, era um ômega que não gostava de mulheres alfas, e sim de homens alfas.

Vegas e Macau saíram de casa, e seguiram para uma boate onde eles iam quase toda a semana. Naquele lugar eles poderiam se divertir sem a presença sombria de seu pai. Macau apenas ia para acompanhar seu irmão, ele quase nunca ficava com ninguém, mas Vegas era diferente, normalmente sempre voltava com alguém para casa, sempre ignorando o vazio de seu coração, por aquela pessoa não ser o escolhido de seu lobo. Mas depois de anos vendo como seu pai era com sua mãe, e depois com a nova esposa dele, o mesmo decidiu que não precisava de um destinado, e que provavelmente ele nem tinha tal coisa.

O que Vegas não imaginava era que seu destino não estava na Itália, e que para poder tê-lo ao seu lado ele teria que viajar muito, e aprender muitas coisas no decorrer do caminho, e que provavelmente seu pai não faria parte desse tão aproximado futuro.

Chegando na boate, cada irmão vai para um lado. Macau segue em direção ao bar e se senta pedindo uma bebida, já Vegas, vai para a pista de dança, pois um ômega de cabelos loiros e olhos azuis chamou sua atenção.

— Ele nunca aprende. — Macau balança a cabeça enquanto bebe um gole de seu champanhe.

— Solo? (Sozinho?) — Vegas pergunta enquanto segura a cintura de sua nova presa.

— Per te, si.(Para você, sim.)

Vegas puxa mais o corpo do loiro para se, fazendo a bunda do mesmo encostar em seu membro já desperto.

— Non qui. (Aqui não.) — O homem tenta se afastar de Vegas, mas o mesmo não deixa. — Andiamo al piano di sopra. (Vamos lá para cima.)

O ômega segura na mão de Vegas e o puxa em direção às escadas. Na parte de cima daquela boate tinha quartos onde muitos casais que se formavam na pista de dança usavam para se saciar, era melhor que usar o banheiro.

— Ele realmente nunca aprende. — Macau se volta para o bartender. — Altro. (Outro.) — Assim que termina de beber, ele paga e sai da boate seguindo em direção de casa. Macau sabia que seu irmão não voltaria mais, então não tinha o porquê de ficar esperando. 

If We Heve Each Other - PeteVegasOnde histórias criam vida. Descubra agora