Capítulo 24

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Pete estava dormindo em seu quarto no hospital, e na cadeira a sua frente estava Vegas que ressonava baixinho. Depois do alfa mostrar o pequeno pacotinho para seu ômega o mesmo acabou desmaiando, de início Vegas ficou muito assustado, e isso fez com que ele quase matou o médico, mas depois de ser segurado por um dos enfermeiros, o médico teve tempo que aquele desmaio era normal, pois Pete apenas havia apagado por pura exaustão. Depois disse, o ômega foi transferido para o quarto, e assim Vegas pode avisar a família que seu herdeiro havia nascido com saúde, e que Pete estava muito bem.

A porta do quarto se abre e na mesma hora Vegas abre seus olhos, para saber que havia entrado, e relaxa quando percebe ser uma enfermeira.

— Senhor, o médico quer sua presença. — Fala com nervosismo.

— Porque? — Vegas pergunta com desconfiança.

— Ele disse que não seria bom conversar com seu ômega no mesmo quarto.

— Aconteceu alguma coisa com meu filhote?

— O senhor terá que falar com o médico, por favor, me siga. — A enfermeira sai na frente, e é seguida por Vegas. Eles andam por alguns metros, até que a enfermeira pára em frente a uma sala. — Pode entrar, ele está lhe esperando.

— Senhor Vegas. — O médico cumprimenta, assim que o alfa abre a porta.

— O que ouve?

— Sente-se primeiro.

— Me conte logo que aconteceu. — O alfa diz, sem se sentar.

— O nosso hospital, já está dando um jeito nas coisas...

— O que o senhor está falando?

— O seu filho senhor Vegas...

— O que aconteceu com o meu filho? — Bate na mesa.

— O senhor tem que manter a calma.

— Talk soon, damn. (Fala logo, porra.)

— Ele foi sequestrado, já olhamos as câmeras de segurança, e vimos que um dos nossos tirou a criança e entregou para um desconhecido, infelizmente a pessoa estava com o rosto coberto...

Vegas não escutava mais o que o médico falava, ele apenas pensava em como iria falar aquilo para seu ômega, falar que o filhote deles tinha desaparecido.

— Senhor Vegas, senhor Vegas... Senhor, o que está fazendo? Segurança. — O médico começa a gritar, quando Vegas vai para cima de se. — Se-senhor...

— Eu quero meu filho de volta. — Diz entre dentes.

— Já estamos fazendo o possível.

— Quero as imagens.

— Não podemos...

— As imagens. — Joga o médico na parece. — NOW. (Agora.)

— Tenho que seguir o protocolo. — Fala baixo.

— O protocolo é me entregar as imagens, antes que eu te mate por ter deixado alguém roubar meu herdeiro... Esse é o protocolo, eu tenho certeza que não quer mexer com um membro da família Theerapanyakul.

— N-não senhor.

— Imagens, não irei pedir de novo.

O médico leva Vegas até a sala de segurança e o mostra todas as imagens.

— Ali. — Vegas aponta para um emfermeira que estava com seus filhote nos braços andando calmamente pelos corredores do hospital, e a mesma para quando chega no elevador, e ali dentro a mesma entrega o bebe para o homem que está de máscara, mas pela forma corporal Vegas sabe muito bem quem é. — Eu mato aquele desgraçado de merda. — Derruba as coisas que tinham a sua frente.

— O senhor tem que manter a calma. — O médico tenta acalmar o alfa.

— Sai da minha frente seu filha da puta. — Joga o médico no chão e sai de dentro da sala. — Irei trazer nosso filhote de volta, eu prometo Pete. — Prospere enquanto corre pelos corredores do hospital, seus pensamentos eram desordenados, o alfa só pensava em trazer seu herdeiro de volta antes que seu ômega acordasse, o mesmo nem queria imaginar como Pete iria ficar se descobrisse que seu bebe foi roubado, o mesmo bebe que ainda nem teve a chance de estar nos braços de seu pai ômega.

Chegando no estacionamento, ele sobe em sua moto, mas antes de sair, Kinn aparece na sua frente junto de Porsche com um pacote em seus braços.

— Para onde vai?

— Roubaram o Venice. — Diz em um rosnado. — Estou indo matar o filha da puta.

— Quem fez isso?

— O desgraçado do seu ex.

— Mas porque Taiwan faria isso?

— Não tenho tempo para perguntas idiotas, sai da frente da minha moto, ou eu passo por cima.

— Você não vai sozinho. — Kinn se vira para Porsche. — Ira ficar bem?

— Quem acha que sou. — Sorri de canto. — Vai pegar nosso sobrinho de volta, irei ficar com meu amigo.

— Irei deixar uns seguranças aqui.

— Vamos logo com isso, não tenho o dia todo para esse açúcar.

Kinn sobe na moto e os dois saem juntos, e atrás dos mesmos dois carros com seguranças o seguem.  

(...)

Pete se mexe na cama soltando um gemido de dor, ele abre e fecha os olhos lentamente enquanto sua face emite uma expressão de dor.

— Alfa? — Chama baixinho. — Alfa. — De novo mais ninguém responde. — VEGAS!!!

— Não grite. — Porsche diz entrando no quarto com um bebe nos braços.

— Onde está meu alfa? — Tenta se sentar na cama mas desiste depois de sentir uma pontada.

— Não se esforce, acabou de acordar de uma longa cirurgia. — Coloca o bebe no sofá e o rodeia de almofadadas. — Ele teve que sair com Kinn. — Se aproxima da cama de Pete.

— Porque? — Pergunta desconfiado, Vegas nunca sairia do seu lado. Aquele alfa poderia ser um maluco psicopata, mas nunca que ele deixaria Pete sozinho em um hospital.

— Coisa de mafia. — Desconversa.

— Quero ver meu filhote.

— O médico disse que não poderá vê-lo agora.

— Porque? — Pete já estava ficando desconfiado.

— Ele ainda está dormindo... Você tem que descansar, durma mais um pouco.

— Porsche, onde está meu alfa, e meu filhote?

— ...

— Não irei perguntar de novo.

— Pete, você tem que manter a calma.

— Não me mande ficar calmo, quando você não me fala onde está meu alfa e meu filhote. — Se senta na cama ignorando a dor que sentiu. — Agora me responda.

— Roubaram seu filho, e Vegas foi atrás com Kinn.

Pete não falou nada, ele apenas olhou para Porsche. Nem ao menos uma lágrima ele soltou, só ficou lá sem dizer nada sentando naquele quarto branco de hospital. É como dizem, a pior dor, é a dor do silêncio sepulcral.

If We Heve Each Other - PeteVegasOnde histórias criam vida. Descubra agora