Capítulo 23

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Pete estava com seus quase nove meses, e não aguentava mais o peso de carregar aquela coisinha dentro de se, e ele jurou que nunca mais iria ter outro filho, se Vegas quisesse que engravidasse, para saber como era bom parecer um pinguim andando. e as noites tendo que se levantar para fazer xixi, e as mudanças de humor, sem falar nos desejos esquisitos. Pete não queria nem lembrar do dia que estava com desejo do esperma de seu alfa. Aquilo foi muito estranho, você acordar no meio da noite e querer chupar seu alfa para poder ter aquele líquido brando escorrendo por sua garganta.

E foi isso que ele fez, sem acordar seu alfa, ele apenas abaixou as calças do mesmo, e o chupou, imagina a reação de Vegas quando abriu os olhos e viu seu ômega ajoelhado na cama lhe chupando. Primeiro veio o susto, depois o prazer, de ser acordado, por uma cena tão linda.

Mas memórias a partir, Pete estava deitado em sua cama lançando tentando dormir, em meio às memórias desses últimos meses. Ele lembra de que algumas semanas atrás, nasceu o filho de seu amigo Porsche. A coisinha era tão fofa e pequeninha, era uma mistura perfeita de Kinn com Porsche, Pete não queria nem imaginar como seria essa criança quando crescer. Mas de uma coisa ele tinha certeza, seria uma coisinha muito mimada.

Seus pensamentos estavam flutuando quando sentiu algo molhado sair por entre suas pernas, molhando a cama abaixo de si.

— Não acredito que acabei de fazer xixi na cama. — Se levantando com um pouco de dificuldade, ele chama por Vegas, mas depois se lembra que o mesmo havia ido levar seu irmão na faculdade, já que Not, namorado de Macau não pode ir, já que o mesmo havia ido visitar sua mão. — Será apenas nós dois. — Acaricia a barriga, e na mesma hora sente uma pequena pontada. — Calma aí Venice, papai vai apenas trocar a calça e depois poderemos voltar para o sono da bele... — A segunda pontada foi tão grande que fez o ômega cair sentado na cama e soltar o grito baixo de dor. — Será... — Ele passa a mão no lençol e depois a leva a seu nariz, percebendo que aquele líquido não tinha cheiro de xixi. — Logo agora criança, não tinha momento melhor, seu outro pai não está em casa... Tudo bem, a gente consegue. — Se levanta lentamente da cama e anda vagarosamente até a porta, ele apenas precisava chegar na sala, assim poderia chamar pelos seguranças e pegar seu celular que havia deixado em cima da mesa de centro, onde a poucas horas atrás estava assistindo uma série.

Pete andava devagar, as dores estavam aumentando a cada segundo, mas ele poderia aguentar. O mesmo já suportou dores piores, o que era um contração. Chegando nas escadas ele desce cada degrau com cuidado, o mesmo não queria sentir uma dor do nada e acabar escorregando, Vegas não ficaria nada bem, se algo acontecesse consigo e o filhote. Enfim chega no último degrau, e foi naquele momento que outra contração deu o ar de sua graça, e ali mesmo Pete se sentou com a mão na barriga.

— Porque aquele alfa está demorando tanto? — Respira fundo e grita pelos seguranças, que aparecem na mesma hora. — Liguem para Vegas.

— Sim senhor. — Um dos seguranças pega o celular ligado para o alfa, enquanto o outro pega Pete no colo e o sai levando para o cara. Ele sabia que se seu chefe visse essa cena não acharia nada legal, mas o momento não era para isso.

— Obrigado. — Pete diz assim que é posto no banco de trás do carro.

— Irei levar o senhor para o hospital, o senhor Vegas irá encontrá-lo lá. — O segurança que ligou para Vegas diz entrando no banco do motorista.

— Apenas vá rápido, e você fica aqui. — Diz com o segurança que havia o carregado. O mesmo se senta ao lado de Pete enquanto segura sua mão. Se Vegas descobrisse iria o mata-lo, mas aquele segurança tinha mais medo de Pete. — Droga... Já estamos chegando?

— Falta dois minutos, senhor.

— Eu juro que nunca mais terei outro filho. — Aperta a mão do segurança, que não sabia como um ômega tinha tanta força, sua mão estava doendo para um inferno.

— Chegamos senhor.

— Me leve até a entrada. — Pete diz para o segurança, mas antes que o mesmo o pegue no colo, outra pessoa aparece o pegando no colo. — Demorou muito. — Choraminga no colo de seu alfa, que o carregava para dentro do hospital.

— Mas estou aqui, não estou ômega. — Cheira o pescoço do ômega.

— Sim, está alfa.

— Precisamos de ajuda. — Vegas diz assim que chega na recepção.

E a partir dali, seriam horas de parto.

E depois de longos momentos e angústias, a alegria enfim pode ser ouvida. O choro do beber havia preenchido a sala de parto, e Vegas segurava o pequeno pacote indo o mostrar para Pete, que tinha uma respiração acelerada e lágrimas nos olhos.

— Nosso Venice. — Vegas diz mostrando o bebe ainda sujo de sangue para o ômega.

— Nosso pequeno. 

If We Heve Each Other - PeteVegasOnde histórias criam vida. Descubra agora