• Capítulo 30 •

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• Luana •

Me olho no espelho dentro o armário enquanto penteio meu cabelo, o que é um puta trabalho cansativo pelo tamanho dele. Ainda mais quando tá molhado, que fica pesado e já é grande... uó!

Agora é bem de manhãzinha e eu estou me arrumando ir para a escola. Apensar de eu estudar de noite, esse colégio de merda marca as provas se todos os horários pra de manhã, sei lá porque. Mas aqui tô eu tendo que me arrumar pra ir me foder.

Fecho o armário e ando até a minha cama, onde na ponta dela está a minha mochila. Termino de arrumar as coisas ali dentro e a coloco no chão, mordendo o lábio inferior enquanto olho para o Henrique dormindo.

Faz uma semana da nossa primeira grande briga que eu realmente pensei que tinha perdido ele. Nunca senti tanto medo e arrependimento como no momento que ele foi embora, e nunca me senti tão culpada depois que ele voltou.

Eu gosto do Falcão, gosto muito dele, de um jeito assustador, mas eu nunca fui ligada a sentimentos, sempre tentei ser o menos apegada possível. E a única vez que eu baixei a guarda, me fodi, só não quero que aconteça de novo.

Eu sei que Wellinton e Henrique são pessoas diferentes, mas por um momento eu acreditei que WJ me amava. Talvez ele tenha me amado de verdade, talvez eu tenha o amado de verdade, mas não era certo. Não era certo o jeito como lidávamos com os problemas, me fazia mal, muito mal.

A verdade é que WJ, apesar de me falar pouco, teve uma infância tão fodida quanto a minha. Eu acredito que muito pior que a minha pelas cicatrizes que já vi no seu corpo. Mas me dei conta que isso não dá o direito dele me usar como saco de pancadas. Da mesma forma que não me da o direito de descontar minhas desconfianças no Henrique.

Suspiro e subo na cama engatilhando, até conseguir me deitar atrás dele, no lugar que eu estava antes. Já estou vestida com a camisa do uniforme e um short jeans porque amanheceu fazendo quase trinta graus no Rio de Janeiro hoje, mas estou sem tênis ainda, só de meia.

Falcão resmunga alguma coisa e abre um olho pra me ver por cima do ombro, sorrindo de lado antes de se virar e me abraçar. Sorrio e jogo a minha perna por cima dele, me agarrando nele igual um macaquinho bebê.

Tem sido assim todos os dias praticamente. Ele vem dormir comigo  sempre que pode e eu amo isso. Amo quando ele me abraça e fica me beijando até eu dormir. Amo quando fica dizendo coisas fofas que me fazem quase chorar e amo quando ele no meio da noite acorda um puta gás e quer transar, que eu juro, nem sei da onde vem! Eu amo... eu gosto dele.

Falcão: Vai com esse short? - resmunga com a voz abafada por estar com a cara no meu pescoço, passando suas mãos pela minha bunda.

Luana: Vou, acha que tá muito curto?

Agora que eu deitei, ele subiu um pouco, então com certeza a poupa da minha bunda da aparecendo, mas quando eu to em pé ou sentada, não fica tão curto... Juro que eu tentei pegar o menos relevador que eu tenho, mas a maioria não cabe mais em mim, fica muito apertado na bunda, nas coxas e na barriga. Uma pena, perdi uns seis shorts assim.

Falcão: É... - prolonga muito a palavra, coçando os olhos - Pô, Luana, vou ficar quieto, não quero brigar essa hora da manhã.

Luana: Mas eu não to brigando, amor, só quero saber se tá muito curto. - sorrio e beijo seu rosto.

Ele suspira e se senta na cama, enquanto eu continuo deitada de barriga para baixo.

Falcão: Curto tá, né. - me olha e volta a olhar pra minha bunda - Se alguém pegar um ângulo legal, da pra ver tudo, pô.

Luana: Um ângulo legal? - arqueio uma sobrancelha quando ele se deita de novo do meu lado, me puxando para ficar em cima dele.

Apoia minhas mãos no peito dele pra me sentar e jogo meu cabelo úmido pra trás do ombro, sorrindo quando Falcão o puxa de volta e fica enrolando as pontas nos dedos.

Falcão: Cê entendeu o que eu quis dizer.

Balanço a cabeça. Eu entendi sim, sei que aquele colégio tem vários taradinhos e mesmo Falcão não sendo tão ciumento, decido não comentar que vários desses tarados já pegaram na minha bunda quando eu fiquei com eles.

Olho para Henrique, que está de olho fechado, quase dormindo de novo, enquanto continua mexendo no meu cabelo e sorrio de lado, descendo meu olhar para o seu peito. Ele não tem tantas tatuagens para cobrir o corpo, mas tem uma enorme no peito de asas de anjo, que vão de ombro a ombro.

Suspiro e me inclino pra ele, beijando sei queixo, depois seu maxilar e desço para o seu pescoço, onde eu fico muito tempo. Sinto Falcão de mexer em baixo de mim e suas mãos irem para as minhas coxas, subindo até entrarem de baixo do meu short e ele apertar a minha bunda.

Falcão: Cê ta cheirosa. - murmura cheirando meu cabelo e eu sorrio, dando um último beijo no seu pescoço antes de levantar a cabeça.

Luana: Eu sempre tô cheirosa. - digo convencida e ele só balança a cabeça, distraído olhando pra minha boca, mordendo a sua.

Sorrio mais, dando um selinho nele e roço meu nariz no seu, ignorando como eu pareço um idiota completamente apaixonada. Só não me sinto tão idiota porque Falcão está de olhos fechados, sorrindo do mesmo jeito.

Falcão: Cê tá atrasada? - abre os olhos me encarando e eu nego com a cabeça - Tem quanto tempo até cê sair?

Luana: Uns 15min eu acho. Porque?

Falcão não me responde, mas lambe o lábio inferior, dando aquele sorriso que me deixa molinha e inverte as posições, me colocando deitada na cama e ele por cima de mim. Solto um gritinho surpresa e rio, vendo ele me mandar ficar quietinha por causa do horário.

Minha vó dorme no quarto do lado, então estamos tendo que fazer sempre sexo o mais silencioso possível. Falcão fica todo nervoso se eu faço qualquer mínimo barulho, achando que a velha vai acordar do nada e vim bater nele de vassoura.

Mesmo ele não admitindo, sei que Henrique se esforça pra ter a aprovação da minha tia e da minha vó. Ele agrada, faz favor, é todo educado... Ontem mesmo eu não me aguentei e acabei rindo quando ele tava bajulando a minha vó. Depois veio ele me xingar dizendo que eu tava fazendo na fama dele. Pelo amor, né, uó de dramático!

Falcão: Vai tem que ser rapidinho pra tu não se atrasar. - murmura, deixando beijos no meu rosto, todo carinhoso. Mas eu não quero carinho... só se for de pica, aí eu quero muito!

Luana: Tá, me come logo, Henrique. - digo já sem paciência, fazendo meu namorado rir. Prendo minhas pernas na sua cintura e o puxo para mais perto, já sentindo seu pau duro dentro da bermuda de tecido fino.

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Não revisado

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