Hear

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Dra. Morgan deixou os ombros caírem e os observou, desta vez foi diferente, ela não era mais a médica que zelava por seu bem estar, um porto seguro, era apenas uma mulher muito sábia.

- Vocês tem noção do que acabaram de pedir?

A pergunta pairou no ar.

- Sim.

Phoebe respondeu.

- E não estão assustados?

Eles se entreolharam.

- Não.

A jovem respondeu, mais uma vez.

- Um pouco.

Max falou por si.

- Vocês colocaram o destino da sua vida nas minhas mãos, só por um segundo. - Morgan olhou para a sua mesa, completamente organizada e retirou o estetoscópio de seus ombros cansados.- Eu disse que faria tudo por vocês. E eu lembro disso todos os dias. Mas só agora me dei conta que talvez isso seja impossível. Eu adoraria ter um de vocês como um filho meu, tenham certeza. Mas vocês realmente querem que isso tudo aconteça quando podem abdicar ao título e sair por aí e ter uma vida normal?

- Dra. Morgan, sim. Por quê a gente não quer ir embora. Aqui é o nosso lar, é onde estar as pessoas que amamos. Não podemos abrir delas, das pessoas que precisam ser salvas por nós e da nossa vida. Mesmo que não sejamos perfeitos, mesmo que não seja pra ser assim. Sobrevivemos a tudo o que passamos, vamos sobreviver a isso, vamos viver para a nossa próxima versão.

Contou Max.

Ela nunca se perdoaria por implantar aquelas palavras em seu coração.

- Pensem mais hoje. Se ainda quiserem, vou estar em casa.

■■■

No dia seguinte quando abriu os olhou, sorriu imediatamente ao ver a menina pequena a observando na quina da espaçosa cama.

Ela afastou as colchas pesadas e sentou.

- Bom dia, docinho.

- Oi, douotola Morgan.

A mulher sorriu, antes de puxá-la pata seus braços.

Sua vida já não seria a mesma.

Os dias que se seguiram foi diferente de todos. Phoebe e Max estavam residindo em Lenexa, era perigoso para eles estar em Holloway, por enquanto.

Max tinha largado o serviço por uma grande proposta em uma empresa de tecnologia e informação. Ele começaria a trabalhar na segunda, em cinco dias. Seus pais pediam que ele pudesse reconsiderar a admissão na UKC, pois seria um ótimo oportunidade para ter um futuro mais próspero na área que ele mais sentia interesse.

Porém Phoebe ainda estava dividida entre as duas decisões, deixar o estúdio para fazer faculdade era seu sonho. Em contrapartida, Sophia ficaria na escola em tempo integral, todos os dias. Seus pais prometeram pegar a neta no colégio, tirando parte de seus medos.

Mesmo assim ainda existia receio, sua primeira filha estava crescendo, prestes a fazer 4 aninhos, o tempo estava correndo. Não queria perder esse momento junto a ela, quando ela mais precisava de seus cuidados, seu apoio, seu acalento. Sentia que iria negligência-la se assim fosse.

Quando todos haviam saído, e Hank havia ido fazer as compras da semana. Barb se vestiu e se arrumou para esperar Phoebe e Hank para juntos irem até o fórum.

Barb entrou no quarto da filha mais velha e abriu as cortinas, aquele dia era especial, era o dia que eles oficializaram a maternidade de Morgan. E não apenas dela, quando Ray descobriu pela prima, Morgan não conseguiu evitar pedir a ele para participar daquele momento. O médico renomado a olhou com surpresa e disse: "Vamos adotar a Phoebe", usou "We" para dizer a eles. Ele era separado, divorciado, tinha um filho de 13 anos que vivia com seus pais em Oslo e agora ganharia uma filha.

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