I Don't Care

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- Presta atenção, anjinho. Essa moça vai te levar para seus familiares. Eu sei que você quer conhecer seus tios e avós... - Lorenna nega, enquanto soluça e chora.- Tenho certeza que sua família vai querer te amar muito, depois que colocarem os olhos em você. Eles vão. E nunca mais vão querer te deixar...e eu sei que vão sarar todos os dódóis de seu corpo e coração, com o amor deles.

Lentamente, ela iria ser entregue para a mulher que a Presidente da Liga de Heróis havia enviado para encontrá-la em Swellview.

Kid Danger tentou fazê-la parar de chorar, o que se mostrou algo impossível de se fazer.

A assessora, uma jovem mulher era alta, elegante e possuía um olhar vigoroso estendeu os braços para pegar a menina e Lorenna tentou sair de seu poder, mas desistiu e fitou a mulher estranha enquanto seu choro aumentava.

Henry fungou e virou o rosto, para não vê-la chorando. Ray apertou a mão da mulher.

- Meus sinceros agradecimento, por mim, e pela presidente.

- Disponha.

O olhar fixo do super herói na criança, fez a mulher quase se sentir uma pessoa má por não deixar ela com o homem.

Não tinha dúvidas que ele era a pessoa ideal para cuidar da menina, e não imaginava o que lhe aconteceria se ela e sua governante não pudessem convencer sua família biológica a ficar com ela.

Nunca imaginou o quanto os Thundermans podiam ser cruéis, ela foi assistente executiva e trabalhou por dez anos para eles, ao que era visível, não os conhecia direito.

Pensou em Electress completamente apavorada em somente imaginar possibilidade de ter uma neta, quando Capitão Man e as cuidadoras do orfanato estavam tristes e lamentavam ver que não iriam mais cuidar daquela criança.

A garotinha acenou para seus amigos através da janela do táxi, seus os olhos, encheram-se de lágrimas. Os lábios pendendo em um beicinho. Seu olhar já dizia tudo, atingindo Ray com força. Ela não queria ir, queria ficar com Ray e Kid, no orfanato. Comendo todo dia e brincando com as outras criancinhas.

Ela tentava a todo custo evitar olhar para a mulher a seu lado, era muito má por tê-la tirado das pessoas que ela gostava e Lorenna não gostava nenhum pouco da mulher, e era visível.

Desde de quanto Andrew foi embora, começou a ter pensamentos que não condiziam com a sua pouca idade. Começava a se perguntar se ela sempre iria perder sua casa, seus pais haviam morrido, sua tia também e agora ela foi tirada da única pessoa que a queria. Ouviu aquela moça conversar com Ray, e dizer qu iria levá-la para a casa de seus parentes, mas e se eles não a quisessem? E se eles batesse nela e dissessem coisas feias e a colocasse para pedir dinheiro na rua? E se eles também morresse? Seria culpa dela.

E isso a fazia ter vontade de chorar, mesmo que irritasse as pessoas. Ao som de seu choro intenso, a assessora depositou sua mochila sobre o banco e a pegou no colo.

Ninguém precisava lhe contar o que aquela criança estava sentindo, e não havia muito que ela pudesse dizer a uma menina tão pequena. Haviam lhe dito que ela tinha três anos, mas seu tamanho era de uma criança de dois.

- Quelo...Capitão Man..

Dizia entre soluços, levando as mãos a face.

- Eu sei, e sinto muito por ter tirado você deles. Mas vai ficar tudo bem...

No espaço limitado, a mulher afastou os cabelos da face da menina e afagou suas costas. O choro não parou, mas ela estava mais segura em estar em seu colo.

Abrindo a mochila, encontrou a chupeta e Lorenna a colocou na boca e ela a puxou contra o peito, fazendo carinho e sussurrando até que ela dormiu.

- Problemas com a maternidade?

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