Summerday

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Os dias seguintes foram a mesma rotina, os gêmeos iam para o serviço todo o dia, Hank levava os filhos mais jovens para o colégio.

Barb sempre parecia está cansada, o mundo para ela girava em torno do bem estar de Sophia.

A culpa a perseguia, então ela tentava compensar a neta com sua atenção constante. Uma super proteção que Hank não havia visto com nenhum dos cinco filhos, além de Max. Mas ele estava tendo seu tempo de respiração regular, com a mãe com os olhos sobre a pequenina.

Parecia bom, mas ele sabia que não era saudável para as duas. A mulher havia abrido mão de todas as atividades, da liderança dos pais no colégio de Chloe. Do clube de literatura e das reuniões no Centro Comunitário.

Sophia era uma criança que passava o dia inteiro reclusa, sem contato com o mundo externo. Na cabeça de Electress, o contato com o mundo externo lhe causaria mal.

Queda, resfriado, incidentes. A menção a deixava louca, Phoebe havia tentado levá-la novamente para o estúdio, porém a mãe negou. Billy e Nora tentaram lhe levar para passear, o pedido também foi negado. O único contato que a menina tinha era Dr. Vick, a psicóloga. Duas vezes na semana. Estava evoluindo e começava a expressar o que estava sentindo com mais facilidade.

A neta precisava disso, precisava correr, pular, ver mais coisas e conviver com outras crianças. Lhe faria bem.

Hank pensou que talvez fosse a hora de contratar uma babá para ajudar Barb com a casa e com as crianças, ou quem sabe, colocar Sophia em um colégio. As duas sairiam ganhando.

No final de semana, estavam todos exaustos. Dentro de casa, eles tentavam compensar as coisas não feitas na semana.

Na tarde de domingo, o sol brilhando no alto de um céu azul sem nenhuma nuvem sequer.

Eles estavam a mesa, comendo quando Max chegou a cozinha para comer. Ele sentou a mesa, ao lado de Sophia. Que tinha uma grande expressão de irritação. Ela era seu espelho quando ficava irritada.

Hank comia devagar e conversava com Nora e Chloe.

Barb tentou comer e seguir o conselho da médica de deixá-la em seu canto em momentos de birra, ela não podia achar que poderia conseguir o que quisesse com aquele comportamento.

Mas ela se aborrecia em deixá-la assim, triste. Podia pensar que ela não ligava para ela.

A menina cruzou os braços e fitou o prato a sua frente, sem acordo.

- Lorenna, você não vai comer?

Ela negou com um maneio da cabeça.

- Não quelo, titia. Não quelo isso.

Barb ignorou o que disse e encheu sua colherzinha para lhe dar na boca.

A menina mexeu a cabeça, em recusa.

- Quelo salsicha...

- Salsicha não é almoço, Lorenna. Coma o que a titia está lhe dando.

Advertiu Hank.

- Vamos, solzinho. É carne guisada, com batata e salada.

Sophia olhou para o prato e para a tia.

- Quelo danone...titia...

Barb ofereceu a colher novamente.

A menina contorceu a expressão e choramingou.

- Não quelo. Tia... - Barb devolveu a colher ao prato.- Quelo danone. Depois eu como a comidinha toda...hoje só.

Hank olhou para a esposa, que voltou o olhar.

- Só hoje?

A menina acenou, afirmativamente. E estendeu os braços para a tia.

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