Hidden

Right Where You Left Me

Max pediu demissão.

Saiu da empresa as cinco com todo o tempo de trabalho na carteira e, antes de entrar no carro, olhou para trás e encarou a loja e pensou como tudo era tão passageiro. Embora aquela não fosse sua vontade, era a melhor opção quando ele havia sido contratado por uma empresa maior e com um salário mais satisfatório. Não iria resolver todos os problemas financeiros. Mas ajudaria a fechar o mês.

Ele viu que Phoebe havia respondido a mensagem e lembrou que ambos tinham assuntos a tratar urgentemente.

Max sabia que ela ficaria insatisfeita com sua decisão, mas Sophia era muito pequena para ficar com ele, ela precisava da mãe em tempo integral pois ainda era muito pequena.

Naquele mesmo dia ele a tinha levado ao colégio, diferente de como costumava ser, alegre e muito dedicada, enquanto a arrumava ela pediu para não ir a escola, chorou por que queria ficar em seu colo, quis a pepeta logo ao entrar. Entrou em desespero ao ver ele saindo, era como se estivesse regredindo junto a todos os esforços dele para reverter seus traumas.

Lhe doía o peito, estava irresoluto. Saber que não estaria perto da menina todos os dias, como deveria e tinha vontade lhe causava náuseas.

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Oyster segurou a menina e a colocou na cadeira de alimentação para que Cherry pudesse lhe alimentar em uma posição melhor.

Diferente das outras vezes que eles puderam ficar com a garotinha, a viram com certeza mais alegre, mais feliz, porém hoje ela estava que quieta e silenciosa.

Ele sentiu que o comportamento de Sophia estava ligado diretamente com a crise familiar.

Cherry montou um prato com arroz, salada e frango como um unicórnio, e colocou na frente dela.

- Olha como o unicórnio está feliz, Ló. Você quer comer ele?

A menina negou, com um maneio da cabeça.

- Está uma delícia, foi a tia Cherry quem fez.

- Obligada.

Respondeu, encarando o prato.

Como um verdadeiro tio, o amigo dos pais dela, afastou o prato para ter a atenção da criança.

- Você está triste? Diz pro titio e pra titia.

Lorenna olhou atenciosamente para eles, e segurando a bainha do shortinho respondeu:

- Sophia tá triste po causa que tá com sodade do papai, e Tiara também tá com saudade.

O rosto de Cherry suavizou.

- Oh, minha pequenina. Imagino o quanto seja essa saudade, mas pensa que você está com a mamãe e em breve você ficará com ele de novo.

- Mas vou ficá com sodade da mamãe. Titio e titia também sente soudade?

Ele tira a menina da cadeira e a segura nos braços.

- Sim, Lorenna. Sinto saudades do meu melhor amigo, do tempo em que a gente estava juntos, nós e os seus pais, a gente era uma verdadeira família. E agora, sinto que estou perdendo os dois.

Ela colocou as mãos no rosto dele:

- Busca ele, titio. Diz que a Sophia tá cholando e que tá muito tliste. Titia...

Cherry olhou para a menina.

- Nós dois não podemos fazer isso. Só há uma pessoa capaz de trazer seu pai de volta...

Cherry juntou as mãos e entrelaçou os dedos, nervosa. Queria que Phoebe se resolvesse com Max, tudo o que pensava era no bem estar de Lorenna.

Martin, o mordomo e guardião do solar, encontrou Cherry em seu grande martírio.