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Max se inclinou para colocá-la no berço de colchas de tema de doces e que cheirava a amaciante, mas ela choramingou segurando desajeitadamente seu pescoço. Ele se ergueu e a apoiou no colo, e sentou na cama de Phoebe, a deitando em seus braços. Sophia apoiou a mãozinha no peito dele e fechou os olhinhos mais uma vez.

Max a fitou e admirou seu rostinho gracioso, e pensou em como era pequena e vulnerável, vulnerável ao mundo em que vivia, vulnerável a todas as coisas que iriam acontecer por sua vida, que mesmo sem nem ter começado direito, já passava por tantos altos e baixos.

Ela o trazia uma sensação diferente, e igual ao que sentia quando estava com a irmã. Todas as vezes que ela o tocava, não havia mais mundo ao redor, existia apenas paz, e ele tinha vontade de se afundar naquele toque, para sempre.

Mal percebeu quando seus lábios tocaram a testa delicada, que tinha uma mancha avermelhada pela queda.

- Max...?

Lhe chamou, com sua voz angelical.

- Está acordada?

- Seu colação tá vivo. Tá batendo sem palar.

- Sério?

- Aham.

Max a fitou com carinho, e ela estava com o ouvidinho sobre o seu peito esquerdo e ficou alguns instantes com os olhinhos fechados.

Phoebe passou pela porta correndo e ele fez sinal de silêncio, ela se aproximou se se abaixou para olhar para a criança.

Sophia abriu os olhinhos e sorriu para ela.

- Está acordada, está com dor, solzinho?

- Tava escutando o colação do Max. Tá fazendo "tum, tum".

Disse com dificuldade, por causa da chupeta. Os gêmeos riram.

Phoebe tocou a testinha dela e se acalmou ao ver que não era sério. Sentou ao lado do irmão, na cama e cuidadosamente deitou o queixo em seu ombro, para vê-la cochilar.

Max a fitou de perto e Phoebe sorriu para ele, ela cuidadosamente tirou as sapatilhas dos pezinhos da menina, e disse:

- Max versão 2019.

Sussurrou Phoebe, deitando a cabeça no ombro dele. Max levantou e a colocou no berço.

Sophia não acordou dessa vez, virou para o lado.

- Acho que ela está molhada.

Contou Max.

- Vou trocar ela.

Phoebe cuidadosamente levantou o vestidinho e com ajuda do irmão, tirou a fralda molhada e a vestiu com outra.

- Devia descer e almoçar com a Alyssa.

Orienta a irmã, desabotoando o vestidinho da prima.

- Já vou.

Respondeu o jovem, arrumando a manga da camisa polo. A cicatriz em seu pulso ficou evidente por alguns segundos e Phoebe cuidadosamente estendeu a mão e segurou o braço dele.

Max não a impediu, ela afastou a manga e tocou os dedos longos e delicados na cicatriz. Como se o ato fosse fazê-la desaparecer da pele branca de Max.

- Quero falar com você. Mas depois, ok?

- Sim.

Ele se virou e saiu do quarto.

Phoebe arrumou o dorssel do berço, e olhou para a porta. Ela estava dormindo com ela a seu pedido, era o quarto mais próximo dos pais, e era mais seguro tê-la sempre perto da família.