Missing

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A impossibilidade de conhecer um bebê que se amou muito pode ser um evento extremamente complicado para a mãe, pai e a família. Quando ocorre a perda de um bebê, surge um período de dor e sofrimento que a família tentará ultrapassar.

Habitualmente não se acredita no sucedido, sentindo-se perdido, só e apático nos primeiros dez dias. Após isso, a descrença em relação ao sucedido desaparece, cedendo lugar à consciência da morte ocorrida.

A família foi aos poucos voltando a sua vida normal, o futuro deixou de aparecer com matrizes tão pessimistas, pois a perda foi aceita. As férias acabaram, para todos foi um borrão entre lamentos e abraços.

Phoebe não chegou a parar de trabalhar, ao contrário, trabalhou com mais intensidade do que nunca. Ela enviou uma carta para Universidade do Kansas, e caso fosse aceita, começaria a estudar em breve.

Os pais decidiram que havia chegado a hora da pequena Sophia frequentar a pré-escola, faltando apenas quatro meses para completar 4 anos. Com a ajuda de sua psicóloga, ela entendeu tudo da melhor maneira, Kate disse que a morte não lhe assustava como assustaria a outras crianças. Ela tinha uma ideia da morte como uma " Boas vindas " a um plano maior que podia imaginar. Lhe era natural.

A expressão da morte para Nora era algo natural também, por que ter medo dela? Entretanto, acreditava que Archie estava bem, livre de todo o sofrimento daquele mundo tão ruim. Onde seria vítima fácil de sua mãe individualista.

Billy tentou agir o mais natural possível, como se fosse completamente habitual, dava forças as irmãs e a Sophia.

Os pais haviam matriculado todas as crianças em coisas que pudessem lhe tirar do ar sorumbático da casa. Lorenna fazia balé e aprendia a tocar piano com a mesma professora que treinou todas outras crianças.

Chloe foi para na ginástica artística, Nora em aulas de violão e Billy em aulas de russo.

Mas Max, não, eles tinham dado todo o espaço do mundo para que ele pudesse sentir seu luto em paz. Os sintomas depressivos acentuam-se com três semanas, havendo a ausência de interesse pelas atividades vitais e a alteração dos padrões normais de comportamento. Falta de apetite, insônia, náuseas e sensação geral de desconforto o atormentavam dia e noite.

Seus pais nunca o viram tão doente como estava, apático e mais magro, o ponto havia chegado. Ele precisava de ajuda, Phoebe, Nora e Sophia o convenceram a frequentar a mesma psicóloga que tratava de menina.

Mas ele só saiu de casa quando Sophia pegou sua mão e disse:

- Vai ser legal. Eu vou te levar até lá, tá bom? Não plecisa ficá assustado. Vamos, se você for um menino corajoso, ela vai te dar um pilulito.

Ele esboçou um sorriso e ela o levou até o carro, Phoebe pediu para ir com ele na primeira sessão, e os pais concordaram prontamente. Achavam que Phoebe o entendia como ninguém e ele cedeu a seu desejo.

Para sua total surpresa, Dra. Kate era uma pessoa amável e muito delicada, tinha uma expressão bondosa e adorava ouvir as pessoas com atenção.

Quando os viu entrar, a psicóloga esboçou um sorriso.

- Olha, quem veio trazer o Max.

- Eu tlouxe ele, doutora Kate. Viu? Ele tava com medo de injeção mas eu disse que você era uma médica boazinha, como a doutola Morgan e o Dr. Ray.

Ela olhou para o primo brevemente e o levou para perto da mulher, que cumprimento os três com um aperto de mão e um sorriso.

Phoebe simpatizou com ela no mesmo instante, e Max logo iria.

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